domingo, 28 de fevereiro de 2010

Porque hoje é Domingo (92)


Capela - Imagem da net

«O reino dos céus , continuou Jesus,«é também como um homem que foi fazer uma viagem. Chamou os empregados e encarregou-os de lhe tomarem conta da riqueza. A um entregou quinhentas moedas, a outro duzentas e a outro cem; a cada um segundo as suas capacidades. Depois disto, saiu. Aquele que recebeu as quinhentas moedas foi logo negociar com elas e veio a ganhar outras quinhentas. O que recebeu duzentas moedas fez o mesmo e veio a ganhar outras duzentas, Mas o que recebeu as cem moedas fez um buraco na terra e escondeu lá o dinheiro.
Passado muito tempo, voltou o senhor daqueles servos e fez contas com eles. Apresentou-se o que tinha recebido as quinhentas moedas que entregou mais quinhentas e disse: "O senhor entregou-me quinhentas moedas. Aqui estão mais quinhentas que eu consegui ganhar." Disse-lhe o seu senhor: "Muito bem! És um servo bom e fiel. Já que foste fiel nas coisas pequenas, eu te confiarei as grandes. Vem tomar parte na felicidade do teu senhor!" Apresentou-se também o que tinha recebido as duzentas moedas e disse: "O senhor entregou-me duzentas moedas.. Aqui estão mais duzentas que eu consegui ganhar." "Muito bem!, disse-lhe o seu senhor. "És um empregado bom e fiel. Já que foste fiel nas coisas pequenas, eu te confiarei as grandes. Vem tomar parte na felicidade do teu senhor." Depois apareceu aquele que tinha recebido as cem moedas e disse: "Eu sabia que o senhor é um homem duro que ceifa onde não semeou e junta onde não espalhou. Por isso, tive medo e fui esconder as cem moedas num buraco. Aqui está o que é seu." O senhor dissse-lhe: "És um mau trabalhador e preguiçoso. Sabias que ceifo onde não semeei e junto onde não espalhei. Então devias ter posto o meu dinheiro a render para que ao regressar recebesse o que era meu com os respéctivos juros." Depois deu estas ordens: "Tirem-lhe as cem moedas e dêem-nas ao que recebeu as quinhentas."
Pois, a todo aquele que tem, mais se lhe há-de dar e terá de sobra, mas aquele que não tem, até o pouco lhe será tirado. Quanto a esse servo inútil, ponham-no lá fora, na escuridão. Ali haverá choro e ranger de dentes."
(Ev.S.Mateus cap. 25:14 a 30)

sábado, 27 de fevereiro de 2010

É tempo das Camélias


Raínha das Camélias

Há duas ou três semanas, passeando por uns campos, nos Almornos, uma aldeia não muito longe daqui, uma senhora ofereceu-me uma belíssima camélia em tons rosa claro, que colheu de uma linda cameleira que tinha no seu jardim.
Fiquei encantada!
Coloquei-a numa pequena jarra de louça onde ficou até cair do raminho.
Mesmo morta ainda era bela.
De tal maneira, que a deixei sobre uma superfície, dias e dias seguidos.
Custava-me muito deitá-la fora.
Só ontem o fiz.
E com muita pena.
Como sabem, nesta altura do ano, a maior parte das plantas dos jardins estão a "dormir".
Dentro em breve acordarão para colorir, perfumar e alegrar todos os jardins por aí.
Mas sabem, agora é o tempo das camélias.Elas florescem a partir de Janeiro, mesmo com o frio e pouco sol.
Tenho andado a pensar nelas...e não é que de tanto pensar veio-me á memória uma conhecidíssima canção da minha adolescência, que era cantada por a Maria de Lourdes Rezende. Lembram-se dela? Era uma simpatia, e tinha uma bela voz que nos encantava.Essa canção era muito popular e a certa altura falava da camélia.
Pois não é que "fui á procura dela e a encontrei!?
Só a letra...
Vou aqui publicá-la! Vejam se se recordam:

"Chamam-te feia
não te importes todavia
não se discute o gosto de ninguém;
água fria mata a sede a muita gente
e ninguém sabe o gosto que ela tem.
Deixa falar, mentir e maldizer
que basta um meigo olhar
para tudo desfazer.
Repara ainda na camélia delicada
tem formosura mas não cheira a nada.
Vem por fim tirar afronta
dessa tonta cabecita
e dizer à boca cheia
mas que feia... tão bonita!
"

Eu e o Jorge lembramo-nos perfeitamente da música, e sabemo-la de memória...
Creio que durante uns tempos andarei a cantá-la por aí.
É bom matar saudades...

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

O Herói de Tabua - Ilha da Madeira


Tabua - antes da tragédia.

Tabua, é uma freguesia do concelho da Ribeira Brava, na Ilha da Madeira.
Fica situada na foz de uma Ribeira.
A Ribeira que lhe dá o nome, Ribeira de Tabua, que vem lá do alto, do Pico das Pedras, junto ao Paul da Serra, a cerca de 1510 metros e vai descendo até entrar no mar cá em baixo, fazendo um percurso de sete kilómetros.
É cerca das margens dessa ribeira, de um lado e doutro que os residentes construiram as suas casas.
Mas, também há quem tenha construido lá em cima na montanha, como é o caso do Sr.Ricardo, um homem de quem queremos aqui falar e ao mesmo tempo homenagear.
Quando a enorme tempestade de chuva fortíssima e vento se instalou, o sr. Ricardo apercebeu-se do perigo e gravidade da situação e telefonou aos vizinhos cá de baixo para deixarem tudo e fugirem o mais rápido possível pois uma tragédia estava eminente.
A Ribeira em pouco tempo, com toda a água, lama, e pedregulhos enormes, transbordou, e numa fúria imensa, avassaladora, galgou por o lugar abaixo, destruindo tudo á sua passagem.
Porém, dos cerca de 1105 moradores, todos se salvaram.Nem uma vida se perdeu.
Graças á iniciativa do sr. Ricardo.
Todos tiveram tempo para fugir.
Hoje, ele é considerado por todos os seus vizinhos como o HERÓI DE TABUA.
Por a minha parte, quero agradecer-lhe de todo o coração.
Muito OBRIGADA Sr.Ricardo, muito OBRIGADA mesmo.
Que Deus o abençoe.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Construamos pontes


Ponte rústica na Ribeira das Jardas - Foto de Viviana
Clique em cima para ampliar e ver melhor

«Construamos “pontes” alicerçadas nos pilares da amizade, da compreensão, do perdão, da aceitação, que assegurem a união entre todos; continuemos a ir ao encontro das “ amendoeiras em flor”, na certeza de que nem tudo na vida é mau e que, com a nossa colaboração, poderá desabrochar muita felicidade; levantemos barreiras junto dos “ precipícios”, que são o egoísmo, a violência, a injustiça..., para não morreremos ou nos ferirmos no nosso caminhar pelas muitas e diversas estradas da vida.

Só assim, renascerá a esperança e viveremos na alegria, apesar de todas as tragédias.

(Eugénio Fonseca)

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

"Perdi 129 Euros que eram para ajudar o meu pai."


O pequeno Victor de nove anos

«O Victor, um miúdo de nove anos, estava a vigiar alguns sacos de roupa que os seus pais tinham conseguido recuperar da sua casa, que estava deitada na ribeira da Serra d'Água, na consequência do temporal de sábado. Estava sentado com os olhos postos no cenário aterrador, para a sua idade, que era ontem, a casa onde antes se sentia seguro.
Apresentámo-nos e perguntámos se estava em casa, quando se deu o mau tempo. Felizmente, estava na casa dos avós, na Ribeira Brava, com a sua irmã Tânia, de 17 anos. Os pais tinham de ficar na vila porque iam fazer a revisão ao carro. «Estás assustado?», questionámos. Víctor baixou a cabeça e murmurou afirmativamente. «Perdi muitas coisas valiosas», continuava.
O quê, por exemplo? Para além do portátil “Magalhães e da Playstation, perdeu «brinquedos, os livros da escola e o dinheiro que eu estava a poupar. Já tinha 129 euros», lamentava a criança. Quisémos saber como tinha tanto dinheiro e o que queria fazer com as poupanças. Victor contou-nos que estava a poupar desde Novembro, e que tinha guardado dinheiro dado pelos avós, tios e pelos pais. «Perdi 129 euros que tinha, que estava a poupar para ajudar o meu pai que ganha pouco», disse-nos com uma imensa tristeza no olhar.»
(Jornal da Madeira)

Ao vê-lo a confidenciar isto ao reporter da televisão, e ao olhar aquele rosto infantil, tão cheio de pureza e generosidade, sorri. Comovi-me. As crianças, tantas vezes, dão grandes lições de vida aos adultos.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

CONVITE


Giesta da serra

«Vamos, ressuscitados, colher flores!
Flores de giesta e tojo, oiro sem preço...
Vamos áquele cabeço
Engrinaldar a esperança!
Temos a primavera na lembrança;
Vamos! Depressa!
A vida recomeça!
A seiva acorda, nada está perdido!»

(Miguel Torga)
S. Martinho de Anta, 2 de Abril de 1961

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Portugueses estão de luto...


Os Portugueses estão de luto





Antes era assim, no dia da Festa da Flor

Os portugueses estão de luto pela tragédia que ocorreu na Ilha da Madeira neste último sábado.
Chuvas torrenciais como não se via há mais de cem anos, cairam sobre a ilha, durante cerca de 12 horas, provocando torrentes de lama que desceram da serra sobre a cidade, e que no seu caminho arrastaram tudo que encontraram provocando destruição, morte e dor.
Contam-se 42 mortos e 120 feridos.
O País está triste e consternado.
É tempo de reflexão e solidariedade.
É tempo de interceder junto de Deus pelo povo da madeira.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Porque hoje é Domingo (91)


Imagem da net

»Chegaram á cidade de Cafarnaum. Quando já estavam em casa, Jesus perguntou aos discípulos: "O que é que vinham a discutir pelo caminho?" Eles calaram-se porque pelo caminho tinham discutido sobre quem seria o mais importante. Jesus então sentou-se, chamou os Doze e disse-lhes: "Se alguém quer ser o primeiro tem de ser o último e o servo de todos."
Em seguida pegou num menino e colocou-o no meio deles. Depois tomou-o nos braços e disse aos discípulos: "Todo aquele que receber uma criança em meu nome,
é a mim que recebe. E quem me receber, não recebe só a mim, mas também áquele que me enviou."
(Evangelho de S. Marcos cap. 9:33 e 34)

Outra vez o Dr. Fernando Nobre


Dr. Fernando Nobre

Informação:

Quando decidi publicar este texto acerca da participação do Dr. Fernando Nobre no III Congresso Mundial de Economistas, que decorreu no Funchal - Madeira - em 22 e 23 de Outubro de 2009, ainda não se sabia da decisão do Dr. Fernando Nobre, de candidatar-se ao cargo de Presidente da República de Portugal, nas próximas eleições.
Trata-se portanto de pura coincidência.

III Congresso Mundial de Economistas

"O Presidente da AMI, (Assistência Médica Internacional) Dr. Fernando Nobre, criticou hoje a posição das Associações patronais que se têm manifestado contra aumentos no salário mínimo nacional. Na sua intervenção no III Congresso Mundial de Economistas, Nobre considerou "completamente intolerável" que exista quem viva "com pensões de menos de trezentos ou menos, Euros por mês", e questionou toda a plateia se "acham que algum de nós viveria com 450 Euros por mês?
Numa intervenção que arrancou aplausos aos vários economistas presentes, Fernando Nobre disse que não poderia tolerar "que exista quem viva com 450 Euros por mẽs, apontando que se sente envergonhado " com as nossas reformas."

"Os números dizem dezoito por cento de pobres"... Não me venham com isso. Não entra nestes números quem recebe subsídios de inserção, complementos de reforma e outros. Garanto que em Portugal temos uma pobreza estruturada acima dos quarenta por cento. "É outra coisa que envergonha.." disse ainda.
"Quando oiço o patronato dizer que o salário mínimo não pode subir...algum de noś viveria com 450 Euros por mês? Há que redestribuir, diminuir as diferenças. Há cem jovens licenciados a sair do país por mês, enfrentamos uma nova onda emigratória que é tabú falar. Muitos jovens perderam a esperança e estão á procura de novos horizontes, e com razão," salientou Fernando Nobre.
O Presidente da AMI, visivelmente emocionado com o apelo que tenta lançar aos economistas presentes no Funchal, pediu mesmo que "pensem mais do que dois minutos em tudo isto". Para Fernando Nobre não é justo que alguém chegue á sua empresa e duplique o seu próprio salário ao mesmo tempo que faz uma redução de pessoal.
Nada mais vai ficar na mesma", criticou, garantindo que a sociedade "não vai aceitar que tudo fique na mesma".
No final da sua intervenção, Fernando Nobre apontou baterias a uma pequena parte da plateia, composta por jovens estudantes, citando para isso Sofhia de Mello Breyner. "Nada é mais triste que um ser humano mais acomodado", citou, virando-se depois para os jovens e desafiando-os: Não se deixem acomodar. Sejam críticos, exigentes. "A vossa geração será a primeira com menos do que os vossos pais."
Fernando Nobre ainda atacou "todos aqueles que acumulam reformas que podem chegar aos vinte mil Euros, enquanto outros vivem com pensões de 130, 150, ou 200 Euros...Não é um estado viável! Sejamos maia humanos, inteligentes e sensíveis."

Esta noite, ás 20 horas, o Dr.Fernando Nobre anunciou a sua candidatura a Presidente da República de Portugal.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Presidente da Junta de Freguesia dá consultas grátis á População


Dr.Benjamim Rodrigues -Médico e Presidente da Junta

Médico honra compromisso eleitoral, deslocando-se à terra dos pais para atender a população local

« Uma vez por semana, Benjamim Rodrigues troca o “fato” de presidente da Junta pela bata de médico, profissão que exerce há vários anos, para atender aos problemas de saúde da população local. O autarca cumpre assim uma das promessas eleitorais do seu executivo: colocar os serviços de saúde mais próximos da população, e, ao mesmo tempo, oferece qualidade de vida a uma freguesia que é constituída, maioritariamente, por idosos. A iniciativa surgiu após ter saído vencedor das últimas eleições autárquicas como candidato do Partido Socialista (PS). O anterior executivo, Partido Social Democrata (PSD), tinha já estabelecido um protocolo com entidades oficiais e outras juntas de freguesia para o encaminhamento da população local para a extensão de saúde de Izeda e comprometia-se a colocar transporte à disposição dos utentes. “Tal nunca veio a acontecer e nunca se deu solução. As pessoas tinham de se deslocar de táxi à extensão de saúde de Izeda e nem sempre podiam ser atendidas”, contou, no entanto, o actual autarca. Benjamim Rodrigues fazia, já na altura, parte da Assembleia Municipal local, mas como elemento da oposição. Durante a campanha autárquica, confrontado com as acusações de que seria o responsável pela perda do serviço médico na aldeia, comprometeu-se a iniciar novamente as consultas na localidade, terra natal dos seus progenitores. “Para provar que me empenhei para que as pessoas tivessem assistência, eu próprio providenciei a instalação de um consultório com periodicidade semanal, de acordo com a disponibilidade do médico”, explicou. Com consultório montado no edifício da Junta local e com a ajuda de um enfermeiro, o médico ouve, todas as semanas, os problemas dos utentes que ali se deslocam. No local são feitos exames à glicemia, às tensões arteriais, entre outros. Sempre que é necessário, o médico prescreve receitas e, quando possível, alguma medicação é cedida sem qualquer custo para os utentes. Uma vez por semana vai também à aldeia uma clínica privada de análises. Cuidados de saúde que têm resultado numa melhoria da qualidade de vida dos moradores de Talhas. Segundo Benjamim Rodrigues, com esta iniciativa já se conseguiu fazer a triagem de pessoas gravemente doentes para o Centro Hospitalar do Nordeste. “Já houve situações em que as pessoas tinham infecções graves, como pneumonias, e andavam completamente negligenciados. Foram encaminhados para o hospital, onde ficaram internados”, contou ao Mensageiro. Noutras situações, conseguiu-se diminuir o tempo de espera, evitar a ida de pessoas para filas de espera para a prescrição de medicamentos e conseguiu-se, ainda, “vigiar” de perto a medicação dos pacientes.

A Florinha Amarela


No meio do manto das folhas secas que o vento do último Outono levou pelos ares, e depositou aqui, a Florinha Amarela, impaciente por nascer, meteu a cabecinha e espreitou curiosa se a tão ansiada Primavera já tinha chegado.
As suas irmãs ainda dormem o sono de inverno.
Muito provávelmente, só aparecerão lá para os primeiros dias de Março, quando a chuva já tiver abalado e os dias forem mais quentinhos e luminosos.
Mas, tal como em tudo que faz parte deste viver terreno, há sempre alguém mais apressado e impaciente, que decide afoitar-se e partir antes dos outros.
O resultado é imprevisível.
Nunca se sabe se se vai conseguir ser bem sucedido ou não.
Mas, pensando bem...porque é que se não há-de tentar?
Um dia destes voltarei ao local para saber se a Florinha Amarela, conseguiu sobreviver ao frio, ao vento e á chuva.
Depois dirvos-ei.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

As Telas do Grande Pintor


A argila nos seus diversos tons


A água pronta a beber


Aqui sobressai o verde


A água abriu sulcos profundos para passar

A água, que o Senhor - dono dos céus, dos mares e das fontes - tem espargido com o seu enorme regador, sobre estas bandas onde vivo, tem sido tanta e tão persistente, que, caíndo sobre o cabeço, veio escorrendo, abrindo caminho por aí a baixo, ansiosa por se misturar com a água da Ribeira, lá no vale, e depois de misturada, deslizar sobre o leito deliciando-se com a paisagem do caminho, pressurosa para entrar no mar, ali em Caxias.
Á sua passagem, enquanto cantava uma bela canção, foi lavando a terra, lavando a argila, que é abundante por ali, e de tanto passar e lavar, "pintou" belíssimas telas , que creio que o melhor pintor teria dificuldade em fazer tão bem.

Coada e filtrada pela argila, mesmo depois da chuva parar, uma água muito límpida e transparente, ali ficou, pronta a matar a sede a algum pastor que por ali passe com o seu rebanho, ou mesmo ás aves do céu que fazem daquele lugar o seu habitat de eleição.
É maravilhoso como há tanta coisa bonita e interessante para ver quando se sai por aí!

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Um caso de AMOR exemplar



O meu amigo Paulo, do blogue "O Abrigo dos Sábios", publicou há dias o seguinte post:

"A todas as mulheres,
mas especialmente aquela que amo
e com a qual partilho a vida..."

«Mulher, não és só obra de Deus;
os homens vão-te criando eternamente
com a formosura dos seus corações,
e os seus anseios
vestiram de glória a tua juventude.

Por ti o poeta vai tecendo
a sua imaginária tela de oiro:
o pintor dá às tuas formas,
dia após dia,
nova imortalidade.

Para te adornar, para te vestir,
para tornar-te mais preciosa,
o mar traz as suas pérolas,
a terra o seu oiro,
sua flor os jardins do Verão.

Mulher, és meio mulher,
meio sonho.»

(Rabindranath Tagore)

Este post mereceu o seguinte comentário de um "Anónimo", que por baixo assinava - Ana-

"Tu também és para mim "Homem inspirador"... Já não sei onde o meu "eu" começa ou onde acaba de tal forma sou eu em ti e tu em mim. Estás presente em todo o meu ser, pintas os meus sonhos com as mais belas cores...Devo-te um jardim maravilhoso de paz,doçura e tranquilidade...Tens sido um companheiro fantástico...Todo feito de mel....Ana"

O post e o comentário tocaram-me profundamente.
É que, num mundo onde há tanto desamor, tanta violência doméstica, tanta mulher mal-amada, tanto casamento falhado, tanta falta de delicadeza entre os casais...este sentir, revelado neste post, é um glorioso Hino ao Amor.
Ao verdadeiro, belo, e sublime AMOR.

Obrigada, Paulo e Ana!
Desejo muito que o bom Deus, a quem os dois muito amam e procuram servir, abençoe abundantemente o vosso AMOR.
Que vos faça prosperar, e enriqueça ainda mais... com "meninos e meninas"...ou seja: Filhos, netos e bisnetos.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Se tem fobia das aranhas, DESCULPE.


A imagem é minha. Clique em cima para ver melhor

Passeávamos por ali.
A noite estava prestes a descer sobre a terra, e os candeeiros de iluminação pública estavam quase, quase a acender-se.
O Gil, sempre á procura de uma boa fotografia, de repente, exclama:"Olhem ali!"
Todos olhámos e vimos duas aranhas simétricamente alinhadas, ao lado, e por baixo do candeeiro, imóveis e atentas na sua teia, preparando-se para uma boa caçada de mosquitos que abundam por ali junto á ribeira, e que logo, logo que a luz se acendesse voariam na direcção da luz, atraídos por ela.
O jantar das aranhas estava garantido.
Ficámos parados por baixo do candeeiro, e naturalmente, cada um pensou e reflectiu sobre a cena que observávamos.
A minha primeira reacção foi de admiração pela esperteza das aranhas; depois reagi com muita pena dos mosquitos; a seguir pensei que na sabedoria do Deus- Criador, tudo estava perfeito.
Ah! intrigou-me o facto, de em vez de uma, como habitualmente acontece, estarem duas aranhas na teia. Seria um casal? Ou duas amigas?Ou dois amigos?
Fiquei curiosa.
Alguém me sabe explicar o fenómeno?
Eu agradecia.
É que não gosto mesmo nada de ficar com dúvidas.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Porque hoje é Domingo (90)


Imagem da net

«Peço-vos, portanto, eu que estou preso por causa do amor do Senhor, que vivam de maneira digna da chamada que receberam.Sejam modestos, humildes e pacientes manifestando assim que se amam uns aos outros. Esforcem-se por conservar a unidade que vem do Espírito, vivendo em paz uns com os outros.
Há um só corpo e um só Espírito, do mesmo modo que a esperança para a qual foram chamados é uma só. Existe um único Senhor, uma só fé e um só baptismo.
Há um só Deus, Pai de todos, que está acima de todos e que actua através de todos e em todos.
Não entristeçam o Espírito Santo de Deus. Ele é o sinal com que Deus vos marcou para o dia da libertação.
Qualquer espécie de ressentimento, ira, irritação, indignação ou injúria deve desaparecer do vosso meio, bem como toda a espécie de maldade .
Sejam delicados e prestáveis e perdoem-se uns aos outros, como Deus vos perdoou em Cristo.»
(Ep. de S. Paulo aos Efésios cap.4:1 a 6; 29 a 32)

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Porquê?


Alexander McQueen em 2008 após um desfile


O estilista com a sua mãe Joyce Mcqueen

A noticia foi conhecida ontem.
Em Londres, o famoso e conhecido estilista Alexander McQueen, decidiu acabar com a vida, ao que consta enforcando-se.

Alexander McQueen não saía de casa desde a morte de sua mãe.

"
O estilista inglês Alexander McQueen, que foi encontrado morto na última quinta-feira no seu apartamento, em Londres, não saía de casa desde a morte de sua mãe, há 10 dias. O funeral da sua mãe seria hoje. Um amigo do estilista disse: "Ele não conseguiu enfrentar a morte da mãe, simplesmente foi para a cama. O seu desfile na Semana de Moda de Paris estava próximo e sua equipa durante toda a semana insistiu para ele se levantar e começar a trabalhar".

Confesso que este acontecimento me perturbou.
Intriga-me o que levou este homem de quarenta anos, famoso e rico, a tomar esta triste e desesperada decisão.
O amor pela mãe? A dependência da mãe?
Dá que pensar.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Uma "serra" no sapato.


A serra de berbequim


O sapato e a serra

Há uma pessoa muito querida e muito próxima, que já me disse várias vezes que eu levo a vida muito a sério.E eu acho que essa pessoa tem uma certa razão.
Embora não haja dia nenhum, se não me engano, que eu não ria muito e dê umas boas gargalhadas. Como hoje por exemplo, eu e o Gil rimos, rimos, até ás lágrimas! e tudo por causa de coisas engraçadas que eu disse.
E um dos motivos deste riso foi o que eu vos vou contar a seguir.
De manhã cedo, preparei-me e fui com a minha irmã Teresinha, como faço todas as semanas, ao cemitério de Montelavar cuidar das Flores e da campa da nossa mãe, e depois á aldeia.
É certo que quando calcei os sapatos senti uma picadita no pé, mas não liguei importância e lá fui, pensando tratar-se de uma pedrita.
De vez em quando lá voltava a picadita mas tudo bem, nada demais.
Andei por lá a manhã inteira e quando voltei e entrei em casa, ao descalçar-me, qualquer coisa caiu do sapato para o chão; pareceu-me o ruído de uma moeda, e quando me abaixei para ver o que era, imaginem! Era, não uma pedrinha como eu supunha, não uma moeda como parecia, mas, era uma pequena serra de berbequim com cerca de quinze centímetros, e que tinha em ambas as extremidades um pequeno prego ou pico.
Quer dizer: Eu andei toda a manhã com uma serra de um berbequim dentro do sapato sem dar por ela!
Só mesmo eu!
É caso para dizer:
UMA SERRA NO SAPATO.
É algo diferente do que o povo diz:
UMA PEDRA NO SAPATO.
E esta hein!

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

A Doçura do Viver


Brincando com o Arco - Imagem da net

«Por vezes penso à minha mocidade!
E como penso... como penso!...
Vivia com felicidade
Tudo eram rosas perfumadas
Não tinha problemas de dinheiro,
Claro que não, não tinha idade para o ter.
Quem não o tinha eram os meus pais
E esses sim, viviam preocupados.
Eu, era só brincar com os outros garotos
Levavas duas palmadas pois que chegava a casa
Com os calções sujos e pior, rotos.
Mas não tinha preocupações
Ia à escola, fazia os meus deveres
Levei alguns empurrões...
Mas era feliz. Naquele tempo
Não havia Televisão, nem jogos interactivos
Não passávamos o tempo a olhar para o ecrã.
Hoje, com tudo o que o progresso nos trouxe
Não a vejo feliz a actual mocidade
Não vejo nela o brilho nos olhos, de felicidade
Vejo uma mocidade mais violenta
De ter tudo e mais ainda é sedenta.
No meu tempo de rapazote
Contentava-me com o que podia ter
E tinha muito. e sem parecer
Tinha a minha vida contida
Na doçura do viver»

(A. da Fonseca)

Encontrei casualmente este belo poema na na net, e achei-o muito interessante.
Eu sei do que é que o autor está a falar, pois "eu já de lá venho também".
Era mesmo assim, tal qual ele diz.
E creio, como ele, que hoje, é mesmo assim, tal qual ele diz.

Que bonito! Povo defende ninho de cegonhas brancas


Ninho de cegonhas brancas em Olhão - Algarve - imagem da net

Na edição de hoje do Diário de Notícias, vinha uma história muito interessante,
sobre um casal de cegonhas brancas que moram na chaminé de uma antiga fábrica em Santa Marta de Portuzelo - - Vila Nova de Gaia. Como entendo tratar-se de uma atitude tão bonita e tão digna por parte do povo, decidi publicá-la aqui como exemplo a seguir.

"Duas cegonhas estão no centro das atenções da freguesia de Santa Marta de Portuzelo, em Viana do Castelo, depois de uma nova tentativa do proprietário de uma serração de expulsar o casal do topo da chaminé, onde construíram um ninho. “O problema é que já têm crias e o proprietário, por maldade, gosta de atear fogo em baixo para as mandar embora”, apontou um dos vizinhos da fábrica.

Encerrada há mais de 30 anos, a chaminé daquela antiga fábrica foi vista a fumegar no sábado, alegadamente para afugentar as cegonhas, o que levou à revolta da população contra a atitude do proprietário. "A população mobilizou-se para travar esta acção e queremos ajudar estas cegonhas. Ainda para mais sendo uma espécie protegida como é o caso", explicou o autarca de Santa Marta de Portuzelo, Hermenegildo Costa. Este caso já não é novo, em 2009, o proprietário realizou tentativa idêntica e apenas a intervenção dos populares impediu consequências. “O pessoal está atento, para tratar delas. É uma romaria para ver as cegonhas”, disse à Geice Agostinho, que mora paredes meias com a fábrica e que no sábado também pediu a intervenção da GNR. Segundo Hermenegildo Costa, sendo a cegonha "uma espécie protegida" é necessário encontrar uma "solução alternativa no caso de existir algum eventual incomodo ou prejuízo pelo facto de o ninho estar naquela chaminé", de uma unidade "completamente desactivada". "Há organismos próprios a quem se deve recorrer para resolver a situação. Como já aconteceu noutros pontos do Pais, a Junta está disponível para apoiar um processo de transferência do ninho para outro local da freguesia, acompanhado por técnicos, e se for caso disso", acrescentou o presidente.Por Santa Marta de Portuzelo há alguns anos, este casal de cegonhas brancas confeccionou no topo da chaminé o seu próprio ninho, iniciando a reprodução, sendo que as crias ainda não voam. "As pessoas sentem-se muito próximas destas cegonhas e estão atentas ao desenrolar da construção do ninho. Criaram-se laços afectuosos e qualquer coisa negativa que possa acontecer a população está atenta", adverte o autarca."

Os meus parabéns a estas pessoas e também o meu muito obrigada.

Eu já tinha um carinho especial por Santa Marta de Portuzelo (muito por causa do seu maravilhoso folclore) porém agora este carinho aumentou

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Afinal elas não morreram! Só mudaram de casa.



É verdade!
Afinal, elas - as galinhas de água, da Ribeira das Jardas - não foram mortas pelas máquinas!
Conseguiram escapar, e mudaram-se para uma nova casa, na mesma "rua," um pouco mais abaixo do lugar onde moravam. Num silvado um pouco para lá da ponte.
Hoje, tivemos a alegria de as ver quando menos esperávamos...
Que bom!
Estou contente.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Woody Allen - entrevistado por Mário Augusto


Woody Allen

Entrevistado por Mário Augusto, Woody Allen disse esta frase:

"É muito bom viver com um governo do qual não tenhamos que nos envergonhar"

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Porque hoje é Domingo (89)


Louvando a Deus com cânticos

«Por isso, tenham o espírito preparado para a acção. Estejam atentos e ponham a esperança na graça que lhes será concedida quando Jesus se manifestar. Como filhos obedientes a Deus, não sigam aqueles vícios de outrora quando viviam na ignorãncia. Pelo contrário sejam santos em tudo aquilo que fazem, assim como Deus, que vos chamou, é santo. Pois a escritura diz: Sejam santos. porque eu sou santo.
Se invocam como Pai aquele que julga cada um conforme as suas obras sem fazer distinção de pessoas, então tenham-lhe respeito enquanto vivem neste mundo. Saibam que foram resgatados daquela vida inútil que tinham herdado dos antepassados. E não foi pelo preço de coisas que desaparecem, como a prata e o ouro, mas pelo sangue precioso de Cristo, como de um cordeiro sem mancha nem defeito. Ele tinha sido destinado para isso, ainda antes da criação do mundo, e manifestou-se nestes últimos tempos para vosso bem. Por meio dele creêm em Deus, que o ressuscitou dos mortos, e o glorificou. E assim a vossa fé e esperança estão postas em Deus.
Aceitando a verdade, ficam purificados, para amarem sinceramente os irmãos na fé. Tenham pois amor uns aos outros de todo o coração, uma vez que nasceram de novo, não de semente corruptível, mas incorruptível, por meio da palavra de Deus, que vive para sempre. É assim que diz a escritura:
Todo o homem é como a erva
e toda a sua glória como a flor da erva.
A erva seca e a flor cai,
mas a palavra do Senhor permanece para sempre.
É esta a palavra que entre vós foi evangelizada.

(I Epístola de S. Pedro cap.1:13 a 25)

Salvamentos pelos filhos


Uma pobre minhoca prestes a morrer

Ontem, durante a nossa caminhada pelo campo, teve lugar um salvamento.
Eu caminhava um pouco á frente, de máquina fotográfica na mão, entretida a tirar algumas fotografias num local tão cheio de coisas bonitas, quando o meu filho Zé, de 28 anos, me chamou, para observar uma minhoca que se encontrava mesmo no meio do caminho, imóvel, e sem possibilidade de se deslocar, pois tinha-se aventurado a sair do meio das ervas molhadas pela chuva, e tinha ido perigosamente por o caminho de terra batida, onde a areia se agarrara ao seu corpo, qual croquete, ficando condenada a não conseguir dali sair, e muito provávelmente, vir a ser esmagada por um qualquer pé de alguém distraído que ali passasse, ou então, servir de pequeno almoço a alguma ave das muitas que ali há.
O Zé olhava para ela preocupado, e perguntou-me: "onde é que a ponho?" Eu respondi: No meio dessas ervas molhadas aí ao lado, onde ela poderá livrar-se da areia e prosseguir o seu caminho.
Entretanto, eu abaixei-me para apanhar um pauzito para ele a levantar e tirar dali; mas, ele já ia agarrá-la com a mão, sem qualquer problema. Como a mim me faz muita impressão tocá-las, lá lhe passei o pauzito e ele com todo o cuidado colocou-a no meio das flores amarelas(azedinhas).
Achei bonito o cuidado dele com a minhoca, que me fez lembrar um outro caso, quando ele tinha cerca de dois anos e ia ás cavalitas do Pedro. o irmão mais velho, que tinha na altura 17 anos, e que ao caminharmos por um caminho na aldeia, onde no meio crescia uma erva muito verdinha, e onde dos lados estava marcado o chão pela passagem das rodas dos tractores, vimos então uma caracoleta de pauzinhos ao sol, a sair perigosamente do meio da erva verde aproximando-se do local de passagem das rodas dos tractores. Todos parámos para "apresentar" a caracoleta ao "menino," e quando já ía-mos a caminhar novamente, chegando quase perto do moínho de vento lá no alto, reparámos que o Pedro com o menino ás cavalitas estava a voltar para trás. Imaginem o que ele foi fazer! Foi, nem mais nem menos "salvar" a caracoleta da possível morte pelas rodas de algum tractor, pegando nela e colocando-a a salvo atrás do muro, junto a uma videira.
Fiquei muito contente de ver o meu Pedro, um lindo rapaz de 17 anos, a salvar uma caracoleta.
Quando ontem vi o Zé fazer o mesmo á minhoca, lembrei-me logo do salvamento a que o Zé assistiu aos dois anos, e pensei se aquela atitude do irmão quando ele era pequenino, teria alguma coisa a ver com a sua actuação agora, aos 28 anos!
Como mãe, fiquei feliz, porque pelo menos isso eu consegui passar para eles! Além de muitas e muitas outras coisas, claro.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Um poema de Rosa Lobato Faria


Faleceu ontem em Lisboa, a atriz e escritora Rosa Lobato Faria. Tinha setenta e sete anos.
Talvez a palavra que melhor a caracterizasse, seja a palavra - delicadeza.
Em sua memória, e como preito da minha singela homenagem, publico aqui um dos seus poemas.

O tempo

“O tempo tem aspectos misteriosos:
Um ano passa a toda a velocidade,
E um minuto, se estamos ansiosos
Parece, às vezes, uma eternidade.

Um dia ou é veloz ou pachorrento
-depende do que está a contecer-
O tempo de estudar, pode ser lento.
O tempo de brincar, passa a correr.

E aquela terrível arrelia
Que até te fez chorar, por ser tão má,
deixa passar o tempo. Por magia,
Quando olhamos para trás, já lá não está. “

(Rosa Lobato Faria)

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Uma surpresa preocupante


Galinha de água - Gallinula Chloropus - Imagem de Gonçalo Elias


Aspecto da margem antes da limpeza - Imagem da net.


Filhote - Imagem da net


A zona sem vegetação era a zona do habitat das galinhas de água




Um aspecto da Ribeira -


O arco da velha ponte

O que resta da ponte centenária

Hoje, o nosso passeio matinal levou-nos até á Ribeira das Jardas. Trata-se na verdade de uma Ribeira, mas para nós, é o rio. Dizemos por exemplo: Vamos ao rio.
Chovia mas mesmo assim fomos.
É sempre um prazer enorme ir até ao "rio".
Porém, logo ao chegarmos, tivemos uma surpresa. Andaram a desassorear o rio e a limpar as margens. Eu sei que era necessário fazer isso, pois com toda a chuva que este inverno tem caído o rio poderá transbordar. E, recordo-me que já há muito tempo que o rio não era limpo nem cuidado.
A minha primeira reacção foi de contentamento, por as autoridades responsáveis se terem preocupado e fazer aquele trabalho.
Mas, de repente, chegando a um lugar onde as galinhas de água tinham o seu habitat, onde eu ficava que tempos a espreitar para as ver sair do meio dos caniços das margens, com os filhotes pequenos para se alimentarem, chegando aí...reparei que ninguém as tinha tido em conta e ao limparem as margens, tiraram absolutamente toda a vegetação onde se escondiam, onde tinham os seus ninhos e o a sua habitação.
Não restou uma ervinha verde que fosse...
E agora? o que lhes aconteceu?
Possívelmente foram mortas com as máquinas...
Ai que raiva!
Sempre a mesma coisa! Nunca se fazem as coisas como deve ser.
Ora, toda a gente sabia, inclusivé os serviços camarários de Sintra, que há uma fauna e uma flora muito importante naquela ribeira, que deve ser tida em conta e respeitada.
Ninguém pensou nisso.
E é assim, com atitudes como estas, que se põe a perder muito do nosso património e herança, como povo e como país.
Amanhã mesmo, conto apresentar uma reclamação junto da Câmara Municipal de Sintra. Sim, porque como cidadãos, não podemos permitir atitudes como esta.
Todos, e cada um de nós, tem o dever e a obrigação de vigiar e zelar por as coisas belas e importantes que existem na nossa comunidade.

Convido os meus simpáticos leitores a gastarem um pouco do seu precioso tempo, lendo esta belíssima descrição do que é a Ribeira das Jardas, que encontrei casualmente, num blogue de alguém que é grande amigo e apreciador daquela Ribeira e da zona envolvente.

A RIBEIRA DAS JARDAS UM NOME E UM SÍTIO ÚNICOS...

«Ao longo do seu percurso a ribeira que nasce na serra da Piedade freguesia de Almargem do Bispo, toma diversos nomes: Ribeira de Vale de Lobos depois ao passar por Meleças e Rinchoa Ribeira das Jardas, após Agualva-Cacém Ribeira do Papel. Quando finalmente, entra no Rio Tejo em Caxias, leva o nome de Ribeira de Barcarena.

É sobre o lanço da JARDA o nosso apontamento de hoje. Trata-se dum local edílico com todas as condições para ser uma ímpar área de recreio e convívio, mas não está ainda devidamente aproveitado. Com a despoluição da ribeira têm aparecido diversas espécies próprias das zonas húmidas como as galinholas. Já observamos uma destas aves na ribeira junto ao pontão de madeira no caminho da Rinchoa para Mira Sintra. As águas límpidas estão bordejadas por inúmeras árvores de porte significativo e folha perene o que dá um aspecto verdejante em qualquer estação do ano ; este arvoredo é uma reminiscência do que teria sido um bosque em galeria bastante frondoso.

A Jarda foi sempre uma ribeira de muita vegetação,daí o seu nome . Dando o devido desconto as fantasiosas intrepertações sobre o significado de Jarda, a nossa hipotese é a seguinte:

Jarda é uma unidade de comprimento inglesa e americana e cuja medida padrão era uma vara. Jarda no alemão antigo (visigótico) queria dizer VARA, BASTÃO.

Como a nossa Ribeira tinha arvores, de cujos ramos se podiam obter varas cajados bordões e outro tipo de objectos para os quais as varas têm utilidade, recebeu por isso o nome jarda, ou como diriamos hoje, RIBEIRA DAS VARAS. Sem esforço podemos concordar ser um belo e distinto nome. Como a vara sempre esteve associada ao poder e ao seu exercício a ribeira da jarda tem o dom de nos fascinar com o som cantante e verde das águas do seu leito...

Resta fazer um voto para que a requalificação do Polis do Cacém chegue também até ao Caminho de Fitares porque a Ribeira das Varas merece ser apreciada não só pelos que moramos em Sintra mas todos os habitantes da Area Metropolitana de Lisboa. Aqui deve construir-se um verdadeiro passeio ribeirinho, no rio Tejo o passeio só pode ser "marginal" pois o Tejo não é uma Ribeira.»

Ribeira há uma e única no interior duma zona densamente povoada...Esta!

Julio Cortez Fernandes

http://tudodenovoaocidente.blogs.sapo.pt/8057.html

O belo Ciclamen da Raquel


Cyclamen Persicum - Foto da Viviana

Por trás do vidro da janela do décimo andar, o belo Ciclamen da Raquel, minha linda e jovem sobrinha, recém casada, não pára de se rir para o sol que o aquece e ilumina, e o faz produzir umas atrás das outras, maravilhosas flores de um tom de rosa belíssimo.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Anoitece em Mira-Sintra...


Clique em cima da foto para ver melhor.


Quando a noite vem chegando, depois de um belo dia de sol e céu azul, e com a lua a estrear-se na fase de cheia, é esta a imagem que eu vejo da janela da minha cozinha.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Peço as vossas orações


Imagem da net

Peço a todos os que têm a gentileza e a amabilidade de visitarem este cantinho, que por favor, intercedam junto do bom Deus por a Cristina, uma jovem mulher, mãe de duas crianças, que se debate meste momento com uma grave e perigosa doença. Há quatro anos foi-lhe amputado um seio por cancro; entretanto tudo pareceu correr bem, mas a doença voltou ainda com mais força, agora no outro seio.
Vai iniciar hoje o tratamento com quimioterapia.
A Cristina é uma lutadora, uma mulher cheia de coragem e esperança.
Nestes últimos quatro anos ela juntou-se de alma e coração, aos que, através de grupos e instituições lutam contra o flagelo do cancro da mama.
Oremos e intercedamos junto de Deus por esta mulher-mãe.
"A oração da fé salvará o enfermo e o Senhor o levantará."
Que o possamos fazer com muito empenho e muito amor.
Obrigada.