quarta-feira, 30 de junho de 2010

O lugar da Família no plano de Deus


Imagem da net.

Achei muito interessante e muito actual este texto sobre a família, da autoria do meu estimado irmão e amigo, Pastor Samuel Kimputo, da Igreja Baptista de Sete Rios, em Lisboa, pelo que decidi partilhá-lo com os amigos que gentilmente passam por aqui.
É um pouco longo, mas creio que vale a pena lê-lo até ao fim.

“Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao
Senhor, escolhei hoje a quem sirvais;...
eu e a minha casa serviremos ao Senhor”(Josué 24: 15)

«A família constitui o núcleo de toda a estrutura da Sociedade Humana. Sempre esteve nos planos de Deus e sempre estará. Prova disso é o modo como o Criador começou a história da raça humana.
O sentimento de pertença está bem alicerçado no âmago da personalidade humana. Esta é a razão por que o Ser Humano se sente em desequilíbrio, quando os seus relacionamentos interpessoais entram em colapso.
A família é, como a própria história humana prova, a base sobre a qual o ser humano sustenta a sua identidade e absorve os valores fundamentais, pessoais e relacionais, que o irão marcar e influenciar ao longo da sua vida.
Famílias sólidas e com um elevado grau de equilíbrio nos relacionamentos interpessoais, tendem a proporcionar aos membros do seu agregado, recursos determinantes para a formação da sua personalidade e da sua formação cívica.
Famílias desequilibradas, com relacionamentos humanos frágeis, onde a insegurança e a desconfiança imperam, tendem a produzir cidadãos problemáticos, com imensas dificuldades em estabelecer e preservar relações humanas sólidas.
Satanás, o inimigo impiedoso da raça humana, conhece, como ninguém, o poder e a importância de uma estrutura familiar sólida. Mais ainda, conhece a força de uma família onde Deus é reconhecido como o centro e o valor supremo da existência da mesma. Esta é a razão pela qual tudo procura fazer, empenhando-se com todas as suas forças, na tentativa (e com muito sucesso nos dias que correm) de enfraquecer o núcleo familiar, usando agentes humanos que por meio da política, da filosofia, das ideologias vanguardistas e da pretensa psicologia naturalista, procuram relativizar o papel e o lugar da família na sociedade.
A delinquência juvenil, a indisciplina escolar, a inversão de valores, o desrespeito pelo próximo, o crescente (e alarmante) número de divórcios que ocorrem, os cada vez mais frequentes distúrbios psiquiátricos e comportamentais são, em grande medida, resultantes de desequilíbrios existentes no contexto familiar.
Portanto, é urgente que a Sociedade, de um modo geral (e cada um de nós em particular), ganhe consciência e envide todos os esforços na recolocação da família no seu devido lugar - o do núcleo estrutural da Sociedade Humana.
Como povo de Deus, cuja cosmovisão e perspectiva de vida se alicerçam nas Escrituras, devemos esforçar-nos na manutenção da coesão das nossas famílias.
Contudo, convém dizer que, embora tudo deva ser feito para a preservação da coesão familiar, destacando o seu papel fundamental no equilíbrio psicológico e social das pessoas, o elemento preponderante é, sem dúvida, a visão familiar centralizada em Deus, onde tudo é feito não somente para promover a unidade e o valor da família, mas, e sobretudo, para manifestar a glória de Deus.
Josué, o grande líder que substituiu Moisés na introdução do povo de Israel na terra prometida, desafiou os seus contemporâneos a fazer uma escolha.
Depois de os ter exortado a abandonar a idolatria herdada dos seus progenitores, Josué desafia-os; pede ao povo que faça uma escolha.
O que torna a exortação e o desafio de Josué particularmente exemplares é que ele já tinha feito uma escolha sábia. E o interessante é que esta escolha foi feita no contexto familiar. “Eu e a minha casa”, disse Josué. Ele sabia que o que dá maior significado à vida familiar é a presença (desejada e invocada) daquele que é o arquitecto por excelência da próprio núcleo familiar.
Uma família, por mais bem estruturada que seja, se Deus não estiver no centro do seu viver e das suas prioridades, carecerá de força e de bênção.
“Eu e a minha casa (família) serviremos ao Senhor”. Que confissão sábia! Que convicção inabalável! Queira Deus dar-nos uma visão tão sábia sobre a fé e sobre a família como esta de Josué.

Boletim nº 102
25 Abril 2010
Igreja Baptista se Sete Rios
Lisboa

terça-feira, 29 de junho de 2010

Pedrinhas e conchinhas...


Se quiser, clique em cima para ver melhor.

Pedrinhas e conchinhas da beira-mar, apanhadas por mim e por a minha irmã Teresa, cobrem a terra e embelezam assim o lugar onde o corpo da minha mãe repousa.
Uma pedra seria demasiado pesada...
As pedrinhas e as conchinhas são muito mais leves e graciosas, e afinal, a mãe sempre gostou muito delas.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Caiu agora uma folha


Olaia - Imagem da net.

Caiu agora uma folha
De uma olaia da Avenida!
Ela tomba e ninguém olha
A morte daquela vida.

No entanto, mesmo caindo
Com suavíssima leveza,
É qualquer coisa de findo
À face da natureza.

Tua vida, a minha vida,
A nossa vida, afinal,
É aquela folha caída,
Num dia de vendaval.

Extraído de Obra Poética de Alfredo Brochado,

domingo, 27 de junho de 2010

Porque hoje é Domingo (108)


Igreja Baptista das Boas Novas.

Mas trazemos este tesouro como que em vazilhas de barro,para que se veja que esse poder extraordinário pertence a Deus e não a mim. Sofremos em tudo dificuldades, mas não ficamos angustiados. Sentimos insegurança, mas não nos deixamos vencer. Perseguem-nos, mas não nos sentimos abandonados. Deitam-nos por terra, mas não nos destroem. Trazemos contínuamente no nosso próprio corpo o sofrimento mortal de Jesus, para que também a sua vida se manifeste em nós. Enquanto vivemos, estamos entregues á morte, por causa de Jesus, de modo que também a sua vida se manifeste no nosso corpo mortal.
(II Ep. de S. Paulo aos Coríntios cap. 4: 7 a 11)

sábado, 26 de junho de 2010

Graças a Deus! Obrigada amigos!


Imagem da net.

Trago óptimas notícias!
As bébés Laura e Madalena têm alta! Irão amanhã para casa conhecer o conforto do seu lar.

Apetece-me rir de felicidade! Saltar de alegria! E cantar de gratidão:

Obrigada Jesus, obrigada Jesus, obrigada meu bom Senhor!
Obrigada Jesus, obrigada Jesus, obrigada meu bom Salvador!

Conhecem este corinho? Não?
Então inventem uma música e cantem comigo.

Agradeço muito a todos os queridos amigos que se interessaram por este caso, e que juntamente comigo, intercederam junto de Deus por estas bébézinhas recém - nascidas. Muito obrigada.
Nunca esqueçamos:
Deus é fiel e responde ás nossas orações.
Soli Deo Glori

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Casamentos / divórcios


Imagem da net.

"Cerca de 300.000 casamentos entre pessoas de nacionalidades diferentes foram celebrados em 2007, no espaço da União Europeia, tendo sido pronunciados quase 140.000 divórcios."
(Lusa / Sol)
05/06/2010

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Hoje é dia de agradecer - A Deus, e aos amigos


Quando no dia oito de Outubro de dois mil e sete, decidi criar este humilde cantinho, eu pensava que, apenas os filhos, alguns familiares e alguns amigos, passariam por este espaço. Porém, para minha surpresa, a pouco e pouco vieram chegando muitos mais, de tal maneira que hoje, dia 23 de Junho de dois mil e dez, pelas vinte e três horas e trinta minutos, chegou o visitante número cem mil.
De salientar que o maior número de visitantes vêm do Brasil, depois de Portugal, depois dos Estados Unidos da América, depois da Europa e depois das mais diversas partes do mundo.
Á distancia, é curioso lembrar que o título do primeiro post que aqui publiquei, era: Deus cuida dos seus filhos. Ele sem dúvida tem cuidado de mim! E por sua mercê, permitiu que eu e este blogue, chegássemos até aqui.
Hoje, apetece-me dizer: EBENEZER! (até aqui me ajudou o Senhor)
Deus é há muito tempo (desde criança) a minha melhor porção, o meu tesouro, o melhor que eu tenho! É ele que dá significado á minha vida e me enche de alegria e de esperança! Não saberia, nem quereria viver sem Ele. A Ele devo tudo quanto sou e quanto tenho! A Ele eu quero glorificar através deste humilde Blogue.
Hoje é dia de agradecer-lhe.
Também é dia de agradecer aos queridos amigos que durante este tempo por aqui têm passado. Muitos vêm desde o inicio. De todo o coração, OBRIGADA.
A pouco e pouco foram sendo criados laços de afecto muito fortes e muito significativos e importantes para mim. Conheci pessoas lindas, excepcionais, maravilhosas.Deus sabe quanto eu as prezo.
Tenho sido muito abençoada e muito enriquecida, com a vossa amizade e o vosso carinho. E também com o conteúdo dos vossos blogues.
Que Deus vos abençoe e recompense.
Andarei por aqui, enquanto Deus me mostrar que devo andar.
Ah! Se quiserem podem levar o selinho.

Nota informativa:
As bébés por quem temos orado estão melhorzinhas.Encontram-se nos Cuidados Intermédios.
A Madalena está com oxigénio.A Laura respira sem ajuda.
Demos graças a Deus pelo seu cuidado, e roguemos que as continue a proteger e a abençoar.
Obrigada, de coração.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Passar um sonho pelo rosto


Imagem da net.

"[...]Devia era, logo de manhã, passar um sonho pelo rosto. É isso que impede o tempo e atrasa a ruga.[...]"

Mia Couto, in "Mar me quer"

Maestrina Joana Carneiro distinguida nos EUA


Maestrina Joana Carneiro.

"Portuguesa recebe Prémio Helen M. Thompson pelo seu "talento excepcional".

«Joana Carneiro, directora musical da Berkeley Simphony, nos Estados Unidos, recebeu o prémio Helen M. Thompson, pelo seu “talento excepcional”.

Em comunicado, a Liga das Orquestras Americanas, que atribuiu esta distinção, refere que o prémio “reconhece o empenho de Joana Carneiro em alargar a comunidade base da Berkeley Simphony e a tradição da orquestra, ao apresentar trabalhos de compositores do nosso tempo”.

Contactada pela Lusa, Joana Carneiro mostrou-se comovida com a distinção e empenhada em continuar o trabalho que tem desenvolvido: “É um prémio que me comove muito porque foi atribuído ao fim de muito pouco tempo à frente de uma orquestra americana e é um grande incentivo para nós continuarmos e continuarmos a sonhar muito alto em Berkeley.”

Questionada sobre se pretende regressar a Portugal, a maestrina portuguesa, de 33 anos, disse que, tendo em conta a actividade a que se dedica, isso é “impossível”, mas disse estar muito ligada à música portuguesa, através da Orquestra da Gulbenkian. “Penso que a minha actividade artística está dividida de uma forma ideal neste momento: tenho a minha orquestra na Califórnia, onde passo entre oito a dez semanas por ano, trabalho com a Orquestra Gulbenkian, onde sou maestrina assistente, e viajo pelo mundo. Neste momento, penso que é o equilíbrio perfeito na minha vida artística”, afirmou.

No comunicado da Liga das Orquestras Americanas, a instituição sublinha que “em apenas uma época, o talento excepcional de Joana Carneiro inspirou os músicos da Berkeley Simphony e aumentou a qualidade do seu desempenho".

“A resposta do público à liderança de Joana Carneiro pode ser medida pela taxa recorde de inscrições na orquestra na sua primeira temporada”, acrescenta o documento.

A maestrina portuguesa tornou-se directora musical da Berkeley Simphony no início da temporada de 2009-2010.

O prémio Helen M. Thompson foi criado em 1981 para celebrar a vida e a obra de Helen M. Thompson, que promoveu a orquestra sinfónica nos Estados Unidos.»
(Rádio Renascença)

A Maestrina Joana Carneiro é uma dos nove filhos (quando namorados planeavam ter quinze) do Ex-Ministro da Educação - Roberto Carneiro. e da Deputada pelo Partido Socialista Maria do Rosário Carneiro.
Congratulo-me, pela distinção alcançada, sendo tão jovem ainda...e desejo, muito sinceramente, que a Maestrina possa realizar-se plenamente na área específica que escolheu, que é muito digna e muito bela.

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Nota Informativa sobre as bébés Laura e Madalena:

Desejo transmitir as últimas informações que acabei de obter sobre estas meninas:
A Laura continua a não precisar de respiração assistida. Brevemente, poderá sair dos Cuidados Intensivos para o Berçário, onde irá aprender a comer e onde se espera vá aumentando de peso.
A Madalena tem tido uma melhoria mais lenta, e só hoje lhe foi retirada a respiração assistida- da qual poderá voltar a necessitar. Está como que a fazer uma experiência, para ver como reage. Os médicos são cautelosos nas informações que vão dando aos pais. De salientar que só hoje, pela primeira vez, a mãe viu a Madalena com os olhinhos abertos.
Agradeço muito as preces e o interesse demonstrado por tantos amigos, mas peço que por favor continuemos a interceder pela sua total recuperação, pois a situação ainda inspira cuidados, principalmente a da Madalena.
Muito obrigada.

domingo, 20 de junho de 2010

Demos as Boas-Vindas ao Verão


Imagem da net.

Foi-se embora a Primavera
Antes de vir o S. João
E hoje o povo já venera
A chegada do Verão.

Há festas por todo o lado
Desde o sul até ao norte,
P'ras visitar, bem animado,
Não é preciso passaporte.

Basta um pouco de coragem
Para andar na brincadeira
E começar a vadiagem
Á volta de uma fogueira.

O calor começa a apertar
No meio de tanta algazarra
E toda a gente vai cantar
Ao desafio com a cigarra.

Para refrescar temos a praia
Onde a moça joga o seu rol,
De bikini em vez de saia
Todo o dia a torrar-se ao sol.

E á noite ela continua
Sem preconceitos da vida
Saltitando de rua em rua,
A passear quase despida.

Amealha-se um dinheirão
Com aquilo que se poupa.
Abençoado seja o Verão
Que nem é preciso roupa.

(Rama Lyon)

Nota: Trouxe este poema do blogue do meu amigo Rama Lyon - http://ramalyon.blogspot.com/

«O verão é uma das quatro estações do ano. Neste período, as temperaturas permanecem elevadas e os dias são longos. Geralmente, o verão é também o período do ano reservado às férias.

O Verão do hemisfério norte é chamado de "Verão boreal", e o do hemisfério sul é chamado de "Verão austral". O "Verão boreal" tem início com o solstício de Verão do Hemisfério Norte, que acontece cerca de 21 de junho, e o início de Outono nesse mesmo hemisfério, por volta de 23 de Setembro. O "Verão austral" tem início com o solstício de Verão do Hemisfério Sul, que acontece cerca de 21 de Dezembro, e finda com o equinócio de Outono, por volta de 20 de Março nesse mesmo hemisfério.
Nos tempos primitivos, era comum dividir o ano em cinco estações, sendo o verão dividido em duas partes: o verão propriamente dito, de tempo quente e chuvoso (geralmente começava no fim da Primavera), e o estio de tempo quente e seco palavra da qual deriva o termo "estiagem". Atualmente usa-se o termo "estio" para um período de seca e também como um sinonimo para verão.

O plural de verão, etimologicamente, é verãos

Origem: Vikipédiaama Lyon

sábado, 19 de junho de 2010

Porque hoje é Domingo (107)


Capela no Funchal - Foi destruída pelas últimas inundações.

"Acrescentou ainda (Jesus): «Havia um rico que se vestia com fatos caríssimos e todos os dias fazia grandes festas. Havia também um pobre, chamado Lázaro, coberto de chagas, que costumava ir para a porta do rico, para ver se ao menos comia as migalhas que caíam da sua mesa. Até os cães vinham lamber-lhe as chagas.
O pobre morreu e foi levado pelos anjos de Deus para junto de Abraão. O rico também morreu e foi enterrado. No lugar de sofrimento, onde se encontrava, levantou os olhos e viu lá ao longe Abraão e Lázaro com ele. Disse então em voz alta: " Pai Abraão! Tem compaixão de mim e manda Lázaro molhar na água a ponta do dedo e vir refrescar-me a língua, porque sofro horrivelmente neste fogo!" Mas Abraão dissse-lhe: "Lembra-te meu filho, de que em toda a tua vida só tiveste coisas boas, enquanto Lázaro só teve males. Agora ele é consolado e tu atormentado. Além disso há um grande abismo entre nós, de modo que nem os de cá podem passar para lá, nem os daí para aqui." E o rico exclamou: " Peço-te Pai Abraão, que mandes Lázaro a casa do meu pai. Tenho cinco irmãos e se Lázaro lá fosse avisá-los já não vinham para este lugar de sofrimento." Respondeu-lhe Abraão: " Para isso têm Moisés e os profetas. Que lhes prestem atenção." Mas o rico retorquiu: "Não, Pai Abraão. É que se alguém, dos que já morreram, fossse lá falar-lhe, eles arrependiam-se dos pecados." Mas Abraão respondeu: " Se não fazem caso de Moisés e dos profetas, também não acreditarão num morto que volte á vida."
(Ev.de S. Lucas cap.16: 19 a 31)

Nota informativa:

A menina Laura - a mais pequenina - já respira por ela própria não necessitando mais de respiração assistida. A menina Madalena, mais crescidinha e última a nascer, que foi internada primeiro que a irmã, continua com respiração assistida e o seu estado tem evoluído menos. Irá fazer na próxima segunda-feira, uma T.A.C. aos pulmõezinhos para ver o que se passa.
Continuamos confiantes que dentro de algum tempo as situações se resolverão, querendo Deus. Vamos continuar a elevar a Deus as nossas preces, certos de que Ele, pela sua compaixão e misericórdia, restaurará a saúde das meninas.
Muito obrigada.

Junho


Dedaleira ou Digitalis. Imagem da net.

"Um céu sem nuvens, um mundo de urzes,
dedaleiras de púrpura e giestas amarelas
- nós, os dois, abraçados no meio de tudo isso,
recolhendo o mel, pisando perfumes.
Multidões de gafanhotos saltam aos nossos pés,
multidões de cotovias nos seus vôos matinais,
agradecendo a Deus uma vida tão bela."

(Jean Ingelow)
No livro - A Alegria de Viver com a Natureza - Diário de Edith Holden

Nota informativa:

Informo os estimados amigos, que as meninas Laura e Madalena, por quem pedi que orassem, estão gradualmente a melhorar. Já saíram, ontem, da incubadora mas ainda continuam com respiração assistida.Fizeram ontem rigorosos exames médicos que mostraram que o cérebro não foi afetacdo pela falta de oxigénio.
A mãe teve ontem alta da Maternidade, mas terá que descansar, só podendo ir para junto das meninas, na próxima segunda - feira, por ordem médica.
O pai esteve ontem com as meninas.
Agradeço, de coração, as preces e peço o favor de continuarem a interceder junto do Deus de amor, por estas bébés tão pequeninas.
Obrigada.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Cascata de Multnomah


Cascata de Multnomah. Imagem da net.

Sabendo da minha admiração pela natureza, o meu filho João, não há muito tempo, teve a gentileza de me oferecer um livro muio interessante com 960 páginas -1001 Imagens Naturais - que deveria ver antes de morrer - do autor Michael Bright.
É um livro para ser lido e apreciado devagar, dada a extraordinária informação e imagens que nos apresenta.
Hoje, ao folheá-lo, os meus olhos detiveram-se sobre uma imagem impressionante: A Cascata de Multnomah, (Multnomah Falls) no Oregon, Estados Unidos da América.
As quedas caem em duas grandes etapas, divididas numa parte superior de 165 metros, e uma menor de vinte e um metros, com uma diferença de três metros na elevação entre as duas etapas, de modo que a altura total é de 189 metros.
A Cascata de Multnomah é a mais alta queda de água do Oregon.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Jesus - os meninos - as meninas


Imagem da net.

"Ama os meninos, ama as meninas,
Ama os meninos, Jesus o Salvador!"

"Algumas pessoas apresentavam crianças a Jesus para as abençoar, mas os discípulos repreendiam essas pessoas. Reparando nisso, Jesus indignou-se e disse aos discípulos:" «Deixem as crianças vir ter comigo! Não as estorvem, pois o reino de Deus é dos que são como elas. Lembrem-se disto: quem não for como uma criança, para aceitar o reino de Deus, não entrará nele.»

Depois tomou as crianças nos braços e abençoou-as pondo as mãos sobre elas.
(Ev.de S. Marcos cap 10 : 13 a 16)

Amigos

As bébés recém-nascidas, Laura e Madalena, estão também, nos ternos e amorosos braços de Jesus, e Ele está a abençoá-las.

Continuam internadas nos Cuidados Intensivos da Maternidade Dr. Alfredo da Costa, em Lisboa. Por lapso informámos que se encontravam internadas no Hospital Dª. Estefânia; pelo facto pedimos desculpa.
Falei hoje, via telefone, com a Enfermeira da Unidade, que me garantiu que as meninas estão no melhor serviço do país, e que estão a ser muito bem cuidadas.
Por uma questão de segurança não me deu quaisquer outras informações.
Soube entretanto, pela minha nora, que é colega de trabalho da mãe das crianças, que a mais pequenina que foi internada ontem, melhorou bastante e reagiu bem ao tratamento, de ontem para hoje.
A outra que já se encontrava internada está em estado estacionário.

Temos esperança que elas irão recuperar, e dentro de algum tempo poderão ir conhecer o conforto da sua casa.

A mãe continua internada no Hospital das Caldas da Raínha.
Está desejosa de ter alta médica para ir para junto das filhas.

Agradeço muito a todos os amigos que estão a orar por a Laura e a Madalena, e a todos aqueles que têm manifestado o seu carinho e o seu apoio.
Deus recompensará com bençãos a cada um, eu sei.
Por favor, não vamos baixar a guarda, pois precisamos de continuar a rogar a misericórdia e a compaixão de Deus para estas pequeninas.
Oremos também pelos médicos, enfermeiras e outro pessoal técnico, para que Deus lhes dê sabedoria no cuidar; e ainda pelos medicamentos e tratamentos, para que produzam os efeitos desejados.
Também pelos pais...que choram...choram.

Obrigada.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Laura e Madalena - informação


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De todo o coração agradeço, a todos os amigos que em vários cantos do mundo, estão a orar e a interceder pela saúde das bébés - Laura e Madalena.
Acabei de saber as últimas informações:
Nasceram no Hospital das Caldas da Raínha, onde não há muitas condições para casos de bébés prematuros. Primeiro foi uma delas enviada para o Hospital de D.ª Estefânia em Lisboa, e mais tarde a outra, porque se cansava muito a mamar.
Há a esperança de que recuperem a capacidade respiratória, estando na incubadora para serem ajudadas a respirar.
Os pais estão confiantes.
Por favor continuemos a colocar estas meninas nas mãos do Deus de amor, para que Ele com toda a sua compaixão e misericórdia, as livre do mal e lhe restaure a saúde.
Oremos também pelos pais que estão a viver momentos bem difíceis.

Obrigada.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Pedido urgente de oração


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Peço, encarecidamente, a todos os estimados amigos que passarem por este cantinho, que confiam no Amor de Deus e no poder da oração, o favor de orarem por duas meninas gémeas, nascidas ontem... a Laura e a Madalena, com 36 semanas de gestação, que estão em perigo de vida por dificuldades respiratórias.
São filhas, muito amadas, de um jovem casal que lutou durante anos, para poderem ser pais.
Na Sagrada Escritura, o Apóstolo Tiago recomenda-nos:

«Está alguém em sofrimento? Ore.»
E diz ainda:
«Orem uns por os outros para serem curados»
E ainda:
«A oração actua poderosamente quando é feita por uma pessoa justa»

Também o Apóstolo Paulo nos diz:

«Orai sem cessar.»

Eu estarei de joelhos, intercedendo, hoje e nos dias seguintes, ás 21 horas.
Se o desejar, e o puder fazer, junte - se a mim nesta intercessão, por estas meninas.
Obrigada e que Deus o abençoe.

A Bíblia é um tesouro onde se descobrem sempre coisas novas


Mesmo antes de saber ler, já o meu pai me lia e explicava as Sagradas Escrituras.
Aos sete anos, quando fui para a escola (antes era aos sete que se entrava) recebi das mãos do meu pai, a minha primeira Bíblia. Lembro-me bem dela: Pequena, de capa azul escura, letra miudinha e folhas muito finas. Usei-a durante muitos anos, creio que até cerca dos vinte anos, altura em que eu própria comprei, com dinheiro que fui juntanto, uma Bíblia de capa de couro preto, de boa qualidade, e que tinha apenso o Hinário, ou seja, o Cantor Cristão, que incluía 578 hinos com as respectivas músicas, e dos quais, de tanto os cantar - a vida toda - os memorizei e canto-os hoje de cór.
Essa Bíblia está muito velhinha, pois tem quase cinquenta anos. Tem algumas folhas rasgadas, obra dos meus meninos, que quando eram pequenos, nos bancos da Igreja, se entretinham a folheá-la. Está "gorda," quer dizer, muito volumosa de tanto ser manuseada.Tenho-a na mesinha de cabeceira e é o meu livro de leitura antes de adormecer. Leio, ou canto, primeiro, um dos hinos, e depois faço a leitura da Palavra com a qual procuro adormecer no meu pensamento.
Tenho outras duas Bíblias. Uma, A Bíblia de Estudo da Mulher, que me foi oferecida por um casal de amigos guineenses, meus afilhados de casamento.
A outra, uma Biblia de capa branca muito bonita, é um exemplar de "A Bíblia para todos," Edição Literária, um trabalho da Sociedade Bíblica Portuguesa, e que me foi oferecida pelo meu filho João Marcos.
Não me canso de ler a Palavra de Deus.
Ela é uma fonte inesgotável de benção que enriquece e alegra a minha vida.
É o manual por onde procuro pautar os meus passos, na minha caminhada para a eternidade.
Considero-me uma pessoa cheia de sorte.Uma mulher abençoada por Deus.
Sinto-me profundamente agradecida para com o Senhor, por Ele ter permitido que a minha vida fosse esta! Sabendo eu que há tanta, tanta gente, que por circunstâncias várias, não conhece, ou não tem acesso, ou não valoriza, a Palavra de Deus, que faz toda a diferença na nossa vida.
Esta Palavra é preciosa e ao mesmo tempo surpreendente! Pois lendo-a desde criança, estou sempre a encontrar coisas totalmente novas para mim, como é o caso deste texto magnífico que "descobri" estes dias:

«Ainda que os montes sejam abalados e tremam as colinas,
o meu amor por ti nunca mais será abalado,
e a minha aliança de paz nunca mais vacilará.
Quem o diz é o Senhor, que te ama.
Infeliz Jerusalém, sacudida pela tempestade,
sem ninguém para te confortar!
Eu mesmo te vou reconstruir de pedras trabalhadas,
colocar as tuas fundações sobre safiras,
estabelecer-te ameias de rubis
e portas de esmeralda;
as tuas muralhas serão de pedras preciosas.
Todos sos teus habitantes serão discípulos do Senhor,
e viverão em paz total.»
(Livro do profeta Isaías cap.54: 10 a 13)
A Bíblia para todos

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Um poema de Ruy Barbosa


Ruy Barbosa

A poesia de Ruy Barbosa, transcrita a seguir, poderia ser escrita hoje, sem mudar uma palavra...

SINTO VERGONHA DE MIM

Sinto vergonha de mim
por ter sido educador de parte deste povo,
por ter batalhado sempre pela justiça,
por compactuar com a honestidade,
por primar pela verdade
e por ver este povo já chamado varonil
enveredar pelo caminho da desonra.

Sinto vergonha de mim
por ter feito parte de uma era
que lutou pela democracia,
pela liberdade de ser
e ter que entregar aos meus filhos,
simples e abominavelmente,
a derrota das virtudes pelos vícios,
a ausência da sensatez
no julgamento da verdade,
a negligência com a família,
célula-Mater da sociedade,
a demasiada preocupação
com o 'eu' feliz a qualquer custo,
buscando a tal 'felicidade'
em caminhos eivados de desrespeito
para com o seu próximo.

Tenho vergonha de mim
pela passividade em ouvir,
sem despejar meu verbo,
a tantas desculpas ditadas
pelo orgulho e vaidade,
a tanta falta de humildade
para reconhecer um erro cometido,
a tantos 'floreios' para justificar
actos criminosos,
a tanta relutância
em esquecer a antiga posição
de sempre 'contestar',
voltar atrás
e mudar o futuro.

Tenho vergonha de mim
pois faço parte de um povo que não reconheço,
enveredando por caminhos
que não quero percorrer...

Tenho vergonha da minha impotência,
da minha falta de garra,
das minhas desilusões
e do meu cansaço.

Não tenho para onde ir
pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir o meu Hino

e jamais usei a minha Bandeira
para enxugar o meu suor
ou enrolar o meu corpo
na pecaminosa manifestação de nacionalidade.

Ao lado da vergonha de mim,
tenho tanta pena de ti,
povo deste mundo!

'De tanto ver triunfar as nulidades,
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem-se os poderes
nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude,
A rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto'.

Rui Barbosa

Rui Barbosa, advogado, jornalista, jurista, político, diplomata, ensaísta e orador, nasceu em Salvador, BA, em 5 de novembro de 1849, e faleceu em Petrópolis, RJ, em 1º de março de 1923.

sábado, 12 de junho de 2010

Porque hoje é Domingo (106)


O amado irmão Moisés Valador.

«Quando orarem não façam como as pessoas fingidas que gostam de orar de pé nas sinagogas e ás esquinas das ruas para toda a gente as ver. Garanto-vos que estas pessoas já receberam a sua recompensa. Tu porém, quando quiseres fazer oração, entra no reu quarto, fecha a porta e ora a teu Pai que está presente sem ser visto. E o teu Pai, que vê o que se passa em segredo, há-de recompensar-te.

Quando orarem não usem muitas palavras, como fazem os pagãos, que pensam que é por muito falarem que serão mais facilmente ouvidos. Não sejam como eles pois o vosso Pai sabe muito bem do que vocês precisam, antes de lho pedirem. Portanto, devem orar assim:

"Pai nosso que estás nos céus,
santificado seja o teu nome;
venha o teu reino;
seja feita a tua vontade,
assim na terra como no Céu.
Dá-nos hoje o pão de que precisamos.
Perdoa-nos as nossas ofensas,
como nós perdoamos aos que nos ofenderem.
E não nos deixes cair em tentação,
mas livra-nos do maligno"
De facto se perdoarem aos outros as suas ofensas, o vosso Pai celestial também vos perdoará. Mas se não perdoarem aos outros, o vosso Pai também não vos perdoará.»

(Ev.de S. Mateus cap.6: 5 a 15)

Morreu o Poeta António Manuel Couto Viana


O poeta e escritor António Manuel Couto Viana.

O poeta e escritor António Manuel Couto Viana, faleceu no passado dia oito de Junho no Hospital de Santa Maria em Lisboa.
O escritor que residia há cerca de dez anos na Casa do Artista, em Lisboa, foi internado naquele hospital nos últimos dias, devido a problemas num pé, que se agravaram, vindo a falecer, afirmou fonte da família.
Nasceu em 1923 em Viana do Castelo.
Foi poeta, contista, dramaturgo, ensaista, memoralista, e autor de livros para crianças, contando a sua obra com mais de uma centena de títulos, muitos dos quais premiados.
A sua estreia literária deu-se em 1948 com o livro de poemas O Avestruz Lírico,
mas já escrevia desde 1943, pelo menos em jornais locais de Viana, Braga, Valença e Lisboa.
Dirigiu com David Mourão Ferreira e Luis de Macedo as folhas de Poesia Távola Redonda, e em 1956/57, a revista de cultura Graal. Para além disso fez ainda parte do conselho de redacção da revista Tempo Presente, entre 1959 e 1961.
Interessou-se pelo teatro desde cedo, tendo colaborado como actor, cenógrafo,
encenador e empresário em várias companhias. Fez parte da Direcção do Teatro de Ensaio, na Companhia Nacional de Teatro, foi director do Teatro do Gerifalto e encenou óperas para o Círculo Portuense de Ópera e Companhia Portuguesa de Ópera.
A sua obra está traduzida em francês, inglês, castelhano, chinês, alemão e russo.
Recebeu condecorações de Portugal e de Espanha.
(In - Livros & Leituras)

Aqui presto a minha sincera homenagem ao poeta e escritor, aproveitando para publicar um poema seu.

O Farol da Guia

Pedi ao Farol da Guia,
Pra que a nau não naufragasse
Na noite que fôr o dia,
Que fosse luz e a guiasse.

E pedi mais:
Que baloiçasse no ar
Os sinais
Do tufão que vai chegar,
Pra que ao abrigo do cais
A nau achasse lugar.

E o primeiro farol
De aviso à navegação
No mundo onde nasce o Sol,
Não me disse sim nem não.

Mas a âncora ancorada,
Como fanal de bonança,
Entre os muros da esplanada,
Disse, sem me dizer nada:
- Tem esperança!

António Manuel Couto Viana

(1923 - 2010)

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Palavra de criança


Imagem da net.

Hoje, como acontece há longo tempo em todos os "dez de Junho," (Dia de Portugal) participámos em familia no Encontro Inter-Igrejas da Associação de Igrejas Baptistas Portuguesas.
Sentada ao meu lado no banco enquanto decorria o programa, a Margarida, minha neta mais nova, de quatro anos, entretinha-se a brincar com um pequeno estojo - um espelho e uma escova - e a certa altura virando-se para mim disse-me: "Olha".
Eu olhei e perguntei-lhe: É da mãe? Ela disse: " Não. É da avó Fátima." (a avó Fátima é a outra avó, mãe da minha nora)
Eu disse-lhe então: A avó Fátima é uma senhora muito linda! (e é mesmo) Prontamente, fixando-me com aqueles belos e expressivos olhos, a Margarida disse: "Tu também."
Enternecida, sorrindo, beijei-lhe carinhosamente a linda cabecinha

Hoje é Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas espalhadas pelo mundo


Imagem da net.

Esta é a ditosa Pátria minha amada...

As armas e os barões assinalados,

Que da ocidental praia lusitana,

Por mares nunca dantes navegados,

Passaram ainda além da Taprobana,

E em perigos e guerras esforçados

Mais do que prometia a força humana,

E entre gente remota edificaram

Novo Reino, que tanto sublimaram;



E também as memórias gloriosas

Daqueles reis que foram dilatando

A Fé, o Império, e as terras viciosas

De África e de Ásia andaram devastando;

E aqueles que por obras valorosas

Se vão da lei da Morte libertando

-Cantando espalharei por toda a parte,

Se a tanto me ajudar o engenho e arte.


Canto primeiro – Os Lusíadas


(Luis de Camões )


"E ao imenso e possível oceano ensinam estas Quinas, que aqui vês, que o mar com fim será grego ou romano: O mar sem fim é português.
"
(Fernando Pessoa)

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Uma árvore que produz dois tipos de frutos?


Ameixas e Salsaparrilha.Clique em cima para ver melhor.


Salsaparrilha ou Smilax aspera. Imagem da net.

Quando olhamos para esta árvore, que é uma ameixoeira (a de cima; a de baixo é um loureiro) ficamos espantados pois parece-nos que ela, além das ameixas que se podem ver, produz outros frutos, vermelhos, que á primeira vista parecem cerejas.
Engraçado, não?
Mas não é bem assim...
Os pequenos frutos vermelhos pertencem a uma trepadeira - a Salsaparrilha - ou Smilax aspera, de seu nome latino, que um belo dia trepou pelo tronco da ameixoeira, e foi subindo, subindo, até chegar lá a cima.
Tirei esta fotografia há dias, aqui em Mira-Sintra, num caminho por onde habitualmente vou andar.
Já agora, uma curiosidade:
A Salparrilha pode trepar em árvores com quarenta metros de altura.

Recordo-me que desde pequena ouvia falar em Salsaparrilha; lembro-me até, vagamente, de me contarem uma história infantil em que a personagem principal era a Salsaparrilha.
Eu sempre pensei que a Salsaparrilha fosse uma ervinha parecida com a salsa.
Só hoje, é que, ao fazer uma longa pesquiza na net para descobtrir o nome da plantinha trepadeira, fiquei a conhecer a tal salsaparrilha de que ouvia falar desde a infância.
E é engraçado que eu sempre achei aquela trepadeira com bagas vermelhas, muito atractiva e muito lindinha! Cheguei a colher raminhos para ter em casa. Sempre que a via eu pensava: Como será o nome dela? Não fazia a mínima ideia.
É mesmo caso para dizer: "Vivendo e aprendendo."

terça-feira, 8 de junho de 2010

O Vira de Sintra de Manuel Dias Pereira


"O senhor Manuel da Música" e eu, há uns anos atrás.

O senhor Manuel Dias Pereira, mais conhecido na aldeia de Maceira (a minha aldeia) por "senhor Manuel da Música," é um homem admirável que ama verdadeiramente Maceira e a sua gente, e que, por sua vez, é acarinhado e muito, muito estimado por toda a gente da terra.
Ele é, há mais de cinquenta anos, o grande impulsionador e orientador da parte musical e coral da Sociedade Recreativa "Os Alegres de Maceira." Ainda agora, com 95 anos, ele dá a sua extraordinária colaboração e apoio, a sua imensa alegria e entusiasmo aquela Sociedade. Ainda neste ultimo Natal, no tradicional almoço que se realiza há mais cinquenta anos, sem interrupção... um dos momentos altos foi quando o senhor Manuel da Música subiu ao palco para cantar a solo Hino de Maceira. Foi comovente e muito belo.
É beirão, residente há muito anos na zona de Mafra. Tem vários livros publicados, sendo um deles - Viver a Cantar - uma colectânea de Canções do Grupo coral de Maceira. É deste livro que publico hoje aqui o "Vira de Sintra."
Tenho um carinho muito especial por este grande homem, e um enorme prazer em conversar com ele e, sobretudo, em ouvi-lo. É uma fonte de sabedoria.
Agradeço a Deus por a sua preciosa e laboriosa vida e por ser a pessoa linda que é.
Desejo muito que o senhor Manuel da Música continue connosco ainda por muitos anos, com saúde - a dele parece de ferro - e com muita alegria.
De todo o coração quero dizer-lhe:
Muito, muito obrigada, meu bom e estimado amigo, por tudo quanto fez e está a fazer por Maceira e por o seu povo.
Bem haja.

O Vira de Sintra


A pauta do Vira de Sintra.
Clique em cima para ampliar
.

No Vira de Sintra aprendi
As freguesias do concelho,
Terras lindas que eu percorri
De um concelho que é tão velho;

Foi por Queluz que comecei
E o seu palácio eu fui ver,
O vira de Sintra cantei
E depois a Belas fui ter!

Refrão

Este vira de Sintra,
É um vira ideal,
É um vira saloio
E é de Portugal;
É vira que se dança,
E nos faz vibrar,
É vira que nós temos
Prazer em cantar! (Bis)

Depois de ir a Agualva-Cacém
Segui para Rio de Mouro,
Nestas terras também cantei
Pois são joias do meu tesouro;

Fui a Mem-Martins -Algueirão,
A São Pedro e Santa Maria.
A São Martinho e São João
Para cantar com alegria!

A Colares eu fui parar
E um pouco lá eu descansei,
Fui ver belezas de encantar
E o vira também lá cantei;

Para a Terrugem eu fui ter
E aqui se cantou um bocado,
Depois, com carinho fui ver
O São João Degolado!

Depois fui a Pero Pinheiro
E a Montelavar, mesmo ao pé,
Terras em que o operário canteiro
Faz arte, mostrando o que é;

Almargem do Bispo foi fim
De ver catorze freguesias,
Todas elas foram p'ra mim
Motivo de ter alegria!

(Manuel Dias Pereira)
No livro - Viver a Cantar

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Briza máxima ou bole-bole maior


Briza máxima ou Bole-bole maior, já seca. Imagem da net.


Ainda verde.

Era criança quando descobri, meia deslumbrada, uma plantinha que nasce espontânea á beira dos caminhos, nos prados, e terrenos não cultivados. Recordo-me que lhe chamei "Sapatinhos de nossa Senhora", não sei bem porquê, mas tenho uma vaga ideia de que foi assim que uma outra criança lhe chamou.
Pela vida fora foi esse nome que ficou para mim, mas o que é certo é que nunca mais ouvi ninguém pronunciar esse nome, referindo-se a ela.
Só agora é que vim a saber, por simples acaso, o seu verdadeiro nome: Briza máxima ou bole-bole maior.
Ao nascer, parece uma ervinha comum, porém cedo começa a desenvolver uma haste comprida onde irão aparecer e crescer as sementes, que têm um aspecto muio gracioso. São muio leves e por isso normalmente baloiçam, baloiçam, á passagem da mais leve brisa.
Nascem na primavera, estão no seu auge em Maio, e secam em Junho.
Todos os anos nesta altura, sempre colho um raminho delas, que coloco numa pequena jarra, onde ficam até ao ano seguinte, quando são substituídas por outro raminho.
Claro que não precisam de água pois já estão secas, mas, se as quiser colher verdes, ainda, ainda assim não necessitam de água pois a finalidade é mantê-las secas.
Acabei de colher o meu ramo deste ano. Coloquei-o numa pequena jarra de loiça, que está a alegrar um recanto da sala, numa prateleira de uma estante.
Se por acaso sair a dar um passeio pelo campo, vai concerteza encontrá-las, pois nesta altura abundam por aí.Experimente a colher um raminho, vai ver que fica muito bonitinho e vai gostar. Fica bem junto de livros ou mesmo junto de umas molduras com fotografias.

Aproveito para dar algumas informações sobre esta interessante plantinha:

Briza Máxima ou bole- bole maior.

«Esta planta, com o nome científico de Briza maxima L., é originária da zona mediterrânica e Açores e surge espontaneamente em Portugal, onde é conhecida pelos nomes comuns de Bole-bole-maior, Bole-bole, Abelhinhas,Bule-bule, Bule-bule-grado, Chocalheira-maior, além de outros, tendo o seu habitat terrenos incultos, matagais e matos.
Classificação: Divisão: Magnoliophyta; Classe: Liliopsida; Subclasse: Commelinidae; Ordem: Poales; Família: Poaceae; Género: Briza»

domingo, 6 de junho de 2010

Porque hoje é Domingo (105)


Imagem da net.

Ó Senhor, nosso Deus,
como é admirável o teu nome em toda a terra!
Adorarei a tua magestade mais alta do que os céus,
pela boca das crianças e dos pequeninos.
Levantaste uma fortaleza contra os teus adversários,
para anular inimigos e rebeldes.
Quando contemplo os céus, obra das tuas mãos,
e a lua e as estrelas que tu criaste, penso:
Que é o homem para que te lembres dele?
Que é o ser humano para te preocupares com ele?
Contudo, fizeste-o pouco menos do que Deus
e coroaste-o de honra e dignidade.
Deste-lhe domínio sobre as tuas obras,
colocaste tudo sob o seu poder:
ovelhas e bois sem exceçpão
e também os animais selvagens;
as aves do céu e os peixes do mar
que percorrem os caminhos do oceano.

Ó Senhor, nosso Deus,
como é admirável o teu nome em toda a terra!

(Livro dos Salmos cap. 8)

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Cândido de Barros - Super Senior.


Cãndido de Barros recebendo o prémio Super Senior.

Cândido de Barros celebrou os cem anos no dia 14 de Maio de 2010.
Recebeu do INATEL o Prémio Super Senior, atribuido este ano pela primeira vez.
De uma entrevista conduzida por Susana Neves, publicada na Revista Tempo Livre, do INATEL, em Junho de 2010, retirei alguns excertos, que por os considerar significativos, partilho aqui com os amigos.

- «(Sobre mim) escreva o mínimo que puder.
- Aos cem anos vive-se bem sem biografia.
- Era uma mulher bonita de quem eu gostava muito.(a esposa)
- Nunca tivemos nenhum problema, eu e os meus irmãos, pelo facto de eu como mais velho ter ido trabalhar para que eles pudessem estudar. Estamos todos bem na vida.
- Não conseguia inscrever-me porque o computador não aceitava uma idade com três dígitos. Ao telefonar a perguntar como fazer, disseram-me para pôr 99 anos.
- Agora, todos os dias se diz que isto é mau mas no meu tempo era pior, trabalhava-se muito e ganhava-se muito pouco.
- Assisti a muita coisa mas nunca fui um político, e não sendo monarquico penso que no tempo dos reis o povo era mais estimado.
- Há coisas que fazem com que uma pessoa perca a fé. Já alguma vez viu uma freira ou um padre a andar de joelhos em Fátima?
- Aprendi que quem quiser ser respeitado tem de respeitar e colaborar quando é preciso.
- Gosto de andar limpo e bem posto.
- Gosto de orquídeas e camélias.
- Aos cem anos ainda conduzo normalmente e nunca tive nenhum acidente.»
Parabéns senhor Cândido de Barros! Que faça muitos mais com alegria e saúde.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Não uma, não duas, mas três ferroadas de vespa!


Ninho de vespas. Imagem da net.

Surpreende-me que nos dias de hoje as crianças tenham medo das formigas, das moscas, das aranhas, das borboletas, dos gafanhotos, das abelhas, das vespas, ect. ect.
Eu, talvez porque cresci em contacto com esses bichinhos, lido e sempre lidei muito bem com eles.
Com as vespas por exemplo, eu tenho um grande á vontade, de tal modo que na casa da aldeia movimento-me muito bem no meio delas. Parto do princípio de que elas só me espetarão o ferrão se eu lhes fizer mal.
Durante a semana, cá em casa, creio que já falei disto aqui, vou juntando todas as migalhinhas do cesto do pão, da saca, e da mesa, para quando fôr á terça-feira á aldeia as oferecer aos passarinhos que andam por ali, junto de casa. Imaginem, que tal é o hábito de as aproveitar que já não consigo, de maneira nenhuma deitá-las no balde do lixo. Sinto-me mal.

Já agora, que estou a falar sobre isto, acho que vou mas é aproveitar a oportunidade para desafiar os amigos a fazerem o mesmo, pois concluirão que é uma boa ideia e os passarinhos "agradecem."
Pois bem, na terça-feira passada quando fui á aldeia, levei comigo o saquinho de plástico com as ditas, e mais um ou outro restinho de pão que ficou muito duro.
Costumo despejá-las sobre um plástico, em cima do telhado de um antigo galinheiro de um vizinho, já falecido, e que está desactivado.
Ponho-me em bicos de pés em cima de uma pedra ficando com a cabeça um pouco abaixo do nível do telhado, e pronto, despejo o saquinho, espalho as migalhas com a mão, pois sei que logo, logo, virão todos os pássaros que habitam um grande salgueiro (chorão) que fica por cima do galinheiro.
Esta terça-feira, aconteceu que mal assomei ao telhado, antes até de as despejar, surgiu uma vespa que entrou para dentro do saco, ao que eu até achei graça e pensei sorrindo: Que engraçado! Até a vespa gosta de migalhas! Só que enquanto eu olhava calmante para ela, sem qualquer espécie de receio, logo surgiram mais duas ou três que em menos que nada já me estavam a espetar o ferrão. Senti a picada, a princípio quase indolor, depois outra e outra, e ás tantas já eram tantas as vespas que eu deixei o saco por despejar e tive que fugir pois elas pareciam mesmo decididas a me atacar.
Imediatamente as picadas tornaram-se mais dolorosas, progressivamente mais dolorosas, de tal modo que eu corri a apanhar uma lima-limão, bem azeda, cortei-a ao meio e esfreguei com força em cima dos ferrões, não só para aliviar a dor mas tambem para combater o inchaço e a vermelhidão que logo aparecem.

Esfreguei, esfreguei, mas parecia não estar a resultar, foi quando me lembrei de lavar os locais - um dedo e o braço - com sabão azul e branco para desinfectar.
Mas ainda assim não resultava, então lembrei-me de aplicar uma boa camada de pasta dentífrica - que é óptima para as queimaduras de primeiro grau - e assim, consegui o alivio que tanto desejava.
Deixei a pasta o dia todo em cima das picadas, e o que é certo, fosse disso ou das coisas usadas anteriormente, a dôr foi diminuindo e o inchaço e a vermelhidão não foram muito expressivos.
Uma ou outra vez, já tinha sido picada por vespas, mas logo três picadas ao mesmo tempo, não recordo que antes me tivesse acontecido.
Devo explicar que em todas as outras vezes que lá fui colocar as migalhas, nunca vi lá vespas; acontece que elas fizeram entretanto um ninho no telhado mesmo juntinho ao lugar das migalhas. Quando eu surgi, mesmo sem lhes ter feito mal, elas tomaram-me como inimiga e trataram de defender o ninho de uma invasora.
O que significa que daqui em diante vou ter de escolher um outro local para dar as migalhas aos passarinhos. Mas vou continuar a levar! Lá isso vou.
Creio que de hoje em diante, aos 69 anos, vou ter mais respeitinho e mais cuidado com as vespas de cintura amarela.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Minha Mãe - Um poema de Casimiro de Abreu.


Imagem da net.

Da pátria formosa distante e saudoso
Chorando e gemendo meus cantos de dor,
Eu guardo no peito a imagem querida
Do mais verdadeiro, do mais santo amor:
Minha Mãe!

Nas horas caladas das noites de estio,
Sentado sòzinho co'a face na mão,
Eu choro e soluço por quem me chamava:
Ó filho querido do meu coracão.
Minha Mãe!

No berço pendente dos ramos floridos,
Em que eu pequenino feliz dormitava,
Quem é que esse berco com todo o cuidado
Cantando cantigas alegre embalava?
Minha Mãe!

De noite, alta noite, quando eu já dormia,
Sonhando esses sonhos dos anjos dos céus,
Quem é que meu lábios dormentes tocava,
Qual anjo da guarda, qual sopro de Deus?
Minha Mãe!

Feliz o bom filho que pode, contente,
Na casa paterna, de noite e de dia,
Sentir as carícias do anjo de amores,
Da estrela brilhante que a vida nos guia:
Minha Mãe!

Por isso eu agora, na terra do exílio,
Sentado sòzinho co'a face na mão,
Suspiro e soluço por quem me chamava:
"Oh filho querido do meu coracão!"
Minha Mãe!

(Casimiro de Abreu)

terça-feira, 1 de junho de 2010

A menina que nasceu na padaria


Imagem da net.

«Mãe e dois familiares bateram à porta de padaria a pedir ajuda durante a madrugada.

Uma padaria de Fiães, Santa Maria da Feira, transformou-se em maternidade improvisada na madrugada de ontem. Três bombeiros dos Voluntários de Lourosa foram os parteiros, enquanto no forno coziam os pães. Diana só precisou de três minutos para nascer.

Na Padaria Moderna, a madrugada começou igual a tantas outras, com os oito homens que ali trabalham a preparar mais uma fornada de 1200 pães. Mas a rotina acabaria por ser interrompida pelas 1.15 horas, quando uma mulher de 22 anos e dois familiares bateram à porta a pedir ajuda. "Vimos que a senhora estava para ter o filho. Dissemos para entrar e acomodámo-la a um canto junto ao forno, enquanto chamámos os bombeiros" contou, ao JN, um dos proprietários do estabelecimento, Mário Valinho.

Uma equipa de três homens dos Voluntários de Lourosa chegaram ao local em poucos minutos, mas já não tiveram tempo de transportar a mulher ao hospital.

"A criança estava para nascer e tivemos que fazer ali o parto", recordou Manuel Ferreira, bombeiro. "A cabeça já estava de fora e tive que puxar o bebé de imediato. Foi tudo muito rápido e o nascimento não durou mais do que três minutos" afirmaram Vítor Sabat e Rui Santos, os outros dois voluntários.

"Não podia deixar queimar"

Enquanto decorria o parto, a menos de dois metros Mário Valinho tratava da fornada, que estava quase pronta. "Mandei os funcionários para fora, mas não podia deixar a fornada a queimar. A criança nasceu ao mesmo tempo que eu tratava do pão. Foi muito emocionante", sublinhou.

Também os três bombeiros, que pela primeira vez fizeram um parto, se mostravam emocionados: "Foi um momento único que não vamos esquecer". A equipa da VMER (Viatura Médica de Emergência e Reanimação) da Feira acabaria por tomar conta da bebé e da mãe, que foram transportadas para o hospital, estando ambas de boa saúde.

"Os nossos bombeiros recebem acções de formação e estão preparados para responder a qualquer situação", afirmou o comandante José Oliveira.»

(Jornal de notícias)

Para além do dono da padaria, dos bombeiros, e da mãe da criança, também a Diana vai ter uma história para contar.

E quando os coleguinhas da escola ou algum amiguinho lhe perguntar onde nasceu, ela decerto irá responder:

«Eu nasci na Padaria Moderna, em Fiães, Santa Maria da Feira - Portugal.»