sábado, 31 de agosto de 2013

Há gente pobre, mas tão pobre, que a única coisa que tem é... dinheiro

Moisés Valador - Um homem riquíssimo...com Deus  
Recebi este texto, via e-mail, da maninha Esperança. Com o seguinte introdução:

"Eu pertenço a este grupo de ricos, aliás nós os quatro irmãos Serafim, Viviana Teresinha e Esperança. Mais lá para baixo é que está o que eu gosto e tenho com fartura, graças ao nosso Deus".
BEIJINHOS

 Há gente pobre, mas tão pobre, que a única coisa que tem é...dinheiro

  "Proponho-me demandar a revista "Fortune", pois fez-me vítima de uma omissão inexplicável. Acontece que publicou a lista dos homens mais ricos do planeta, e nessa lista não me mencionou. Menciona o sultão do Brunei e também os herdeiros de Sam Walton e Takichiro Mori. Também figuram na listagem personalidades como a Rainha Isabel de Inglaterra, Stavros Niarkos, e os mexicanos Carlos Slim e Emilio Azcárraga.

No entanto, a revista não me menciona a mim. E eu sou um homem rico, imensamente rico. Se não vejam: tenho vida que recebi não sei porquê e saúde que conservo não sei como. Tenho uma família, uma mulher adorável que ao entregar-me a sua vida deu-me o melhor da minha; filhos maravilhosos de quem não recebi mais do que felicidade; netos com os quais exerço uma nova e gozosa paternidade.

Tenho irmãos que são como amigos, e amigos que são como irmãos. Tenho gente que me ama com sinceridade apesar dos meus defeitos. Tenho quatro leitores a quem agradeço em cada dia porque interpretam bem aquilo que eu escrevo mal. Tenho uma casa, e nela muitos livros (a minha mulher diria que tenho muitos livros e entre eles uma casa).
Tenho um bocadinho do mundo na forma de um pomar que em cada ano me dá maças que terão feito mais presente a ideia de Adão e Eva no Paraíso. Tenho um cão que não se vai deitar antes de eu chegar, e que me recebe como se eu fosse o dono do mundo.

Tenho olhos que vêem e ouvidos que ouvem, pés que caminham e mãos que acarinham; cérebro que pensa em coisas que os outros já pensaram mas que não se me tinham ocorrido antes. Sou dono da comum herança dos homens: alegrias para disfrutá-las e penas para irmanar-me com os que sofrem. E tenho Fé em Deus que tem por mim infinito amor. Poderão haver maiores riqueza. que as minhas?


Então, porque é a que revista "Fortune" não me pôs na lista dos homens mais ricos do planeta? E tu, como te consideras? Rico ou pobre?

 Há gente pobre, mas tão pobre, que a única coisa que tem é...dinheiro".

 Armando Fuentes Aguirre (Catán)

        Jornalista (Mexicano - brilhante)

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

A minha Gratidão e a minha Homenagem á bombeira Cátia Pereira Dias, morta pelas chamas


A Bombeira Cátia Pereira Dias
Eu não queria mesmo continuar a colocar este título aqui neste espaço.
Quando coloquei anteontem o último, eu li-o aos netos e ao Zé, e disse: Deus permita que seja o último!
Ontem, ás 20 horas, como faço habitualmente, sentei-me diante do televisor para , como costumo dizer: saber como vai o mundo. O telejornal abriu com a notícia que eu não queria de modo algum ouvir: "Boa noite. Morreu mais uma bombeira no incêndio da serra do Caramulo".
Perto de mim estava a neta Inês, o neto Nuno, o filho Zé,  e o Jorge. Eu estava sentada junto á mesa; mal ouvi a notícia, chorei, chorei, apoiando a cabeça nas mãos. O meu coração ficou destroçado. A tristeza tomou conta de mim por muitas, muitas horas. Até de noite, enquanto dormia, quando acordava a Cátia vinha logo ao meu pensamento.

Tantas vidas!Vidas Jovens!

Tenho setenta e dois anos, e em toda a minha vida nunca me lembro de ter acontecido uma tragédia desta dimensão; cinco bombeiros mortos em cerca de três semanas.

Mas o que é isto?Como pode isto acontecer? Alguém tem culpa..
.
Não sou pessoa de reclamar por "dá cá aquela palha", porém neste momento, eu acho que todo o país devia vir para a rua, diante dos ministérios que têm responsabilidade - a começar pela Justiça - e exigir dos responsáveis a promessa de uma intervenção urgente e eficaz, para que mais nenhum bombeiro deste país, acabe tendo a sorte destes cinco:

O Nuno

O Pedro Miguel

A Ana Rita

O Bernardo

A Cátia
 Á Cátia, de  apenas 21 anos, expresso aqui toda a minha admiração, a minha gratidão imensa, sem medida...e a minha homenagem sincera.

Obrigada, muito obrigada, Cátia!

Oro, para que o Deus de amor e de toda a misericórdia, abençoe, conforte  e console os seus familiares e os seus colegas.

Vim acrescentar o  Bernardo Cardoso, sexta vitima, falecido ontem 2 de Setembro
                                                      

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Notícias sobre o estado de saúde da bébé Maria Ana

Fonte:www.gifsparascrap.com  

No passado dia 15 de maio de 2013, com o título: Pedido urgente de Oração - apresentei aqui aos amigos a bébé Maria Ana, que se encontrava gravemente doente, internada no hospital da Amadora, desde Janeiro deste ano.
Tem sido uma difícil e penosa situação de doença, para a menina e para a família.Tão débil, tão frágil...que várias vezes se chegou a temer pela vida desta criança.Um diagnóstico difícil, tratamentos e exames extremamente complicados, uma debilidade grave, arrastaram o seu internamento até este mês de Agosto. Sete meses de internamento numa vida de pouco mais de um ano.
Milhares de preces têm sido elevadas ao Senhor durante todo este tempo.  Nunca se perdeu a esperança, sempre se confiou na misericórdia e no amor de Deus, e que nEle poderíamos descansar e repousar. Pois bem, na semana passada, a Maria Ana após todo este tempo, pôde regressar ao conforto e aconchego do seu  lar. Não está curada - descobriu-se recentemente que para além de tudo o resto, sofre de uma forma de Leucémia, aguardando em casa, seguida no hospital, se necessitará de fazer um transplante de Medula.
Ganhou peso e já se alimenta normalmente.

Então, estamos todos muito gratos ao Senhor, por ter protegido a bébé Maria Ana. Ela continua ao seu cuidado e estamos certos que Ele, o Senhor, a tem no seu colo, nos seus braços, e irá dela cuidar.

Aos amigos que intercederam por ela, o nosso muito obrigado.
Sabemos que a oração tem muito poder e que pode mudar as situações mais difíceis que nos possam surgir.
Vamos continuar a orar por a Maria Ana, com fé, confiança, e uma imensa gratidão nos nossos corações.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

A minha Gratidão e a minha Homenagem ao bombeiro Bernardo Figueiredo, morto pelas chamas

Bernardo Figueiredo - Fonte da imagem: www.tvi24.iol.pt

O bombeiro Bernardo Figueiredo, de 23 anos, ferido durante o incêndio na Serra do Caramulo na passada quinta-feira, morreu na última madrugada.
O comandante dos Bombeiros Voluntários do Estoril, Carlos Coelho, disse à Lusa que Bernardo Figueiredo não resistiu aos ferimentos e que morreu perto da 1h00 desta terça-feira. Bernardo Figueiredo tinha 23 anos e pertencia aos bombeiros voluntários há cerca de cinco anos, acrescentou ainda Carlos Coelho.
O comandante garantiu, contudo, que o bombeiro tinha uma formação “muito acima da média” no combate a incêndios florestais.
“Era uma pessoa que estava preparada em termos de formação, fisicamente [estava] extremamente apto. Uma pessoa com um nível operacional muito acima da média”, afirmou Carlos Coelho.

“Infelizmente não foi possível evitar as mortes da Rita e do Bernardo”, lamentou Carlos Coelho. Isto porque, “infelizmente, o comportamento do fogo não é o comportamento de uma ciência exacta”. “Há diversas condicionantes, desde a morfologia do terreno até às condições climatéricas que estavam no local. [Neste caso], essencialmente uma mudança de vento brusca, por aquilo que dá a entender”, referiu.

 Em reacção à morte, o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses afirmou que este é “mais um momento dramático” para os bombeiros, mas garantiu que a classe não irá esmorecer.
“É mais um momento dramático para os bombeiros portugueses, doloroso de ultrapassar. Morre um português que deu a sua vida ao serviço do nosso país, da nossa pátria, e isto deixa marcas profundas nos bombeiros portugueses”, disse Jaime Marta Soares, em declarações à Lusa. “Não nos deixaremos soçobrar perante a desgraça, mas que deixa marcas muito profundas, isso deixa”, sublinhou.

Jaime Marta Soares admitiu, no entanto, que a morte dos bombeiros em combate não poderia ter sido evitada, explicando que “o inimigo é traiçoeiro”. “Os bombeiros têm uma preocupação muito grande de debelar e combater o inimigo, mas este inimigo é muito forte, é traiçoeiro e tem todas as armas à sua disposição, mesmo a negligência da floresta”, referiu.
O responsável sublinhou que os incêndios contam com causas como o “clima extremamente alterado” e os fogos postos. O número crescente de ignições “é uma coisa inacreditável”, disse, referindo que “chega a haver 300 incêndios ao mesmo tempo, chegam a ser lançados fogos seguidos, cinco, dez, quinze, num raio de 20/30 quilómetros”.

 (http://www.publico.pt/)

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Esta, é a quarta Homenagem que presto, neste mês de Agosto de 2013  a bombeiros mortos pelas chamas. O primeiro foi o António Nuno Ferreira; o segundo o Pedro Miguel Rodrigues; o terceiro a Rita Pereira; e o quarto o Bernardo Figueiredo.                                                                                                                                                                                                                         
São muitas mortes. São muitas vidas ceifadas.
Sinto uma tristeza profunda e   uma revolta imensa.
Isto não tem que ser assim! Isto tem que terminar!
Não acredito que não haja nada a fazer!
Há. E tem que ser feito com urgência.

Dói o coração...ver o país devastado pelas chamas; carbonizado, vestido de negro. O verde das matas e das serras substituído pelo preto do carvão.
Os haveres e os bens do povo:  casas, gados, alfaias, plantações... desapareceram.
Os incendiários - já foram identificados até ontem 42 - devem ser metidos na prisão e por lá ficarem muitos anos. As penas devem ser severas e não tão brandas quanto são agora.
As florestas devem ser obrigatóriamente, limpas, quer as do estado quer as particulares. Devem ser abertos caminhos como deve ser, para os carros dos bombeiros e todo o apoio puderem chegar aos locais, por mais difíceis que sejam.
Tem que haver vigilância apertada e assegurada. Há tantas formas de o fazer.
Tem que se educar o povo a amar, cuidar e proteger, a natureza, e respeitar os bens e propriedades alheios.

Poder-se-á alguma vez aceitar que as vinganças pessoais e as frustações "se cobrem" provocando incêndios?

Hoje, um jornal noticiava que um homem traído pela mulher, vingou-se...ateando dez fogos.

Ao Bernardo Figueiredo, um jovem de 23 anos, que entregou a sua vida para salvar os outros, eu, mãe de quatro homens, presto aqui a minha sentida Homenagem, e digo-lhe com profundo reconhecimento e em lágrimas:
Muito, muito obrigada, Bernardo! Foi um Herói! Um grande homem!

Oro, para que o Deus de amor e de misericórdia, abençoe, conforte e console os seus pais e os seus irmãos.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

In Memoriam - Sidónia Faria da Silva Valador



Foi Deus servido,  de chamar á sua presença, a sua fiel e dedicada serva, e minha grande amiga e irmã na fé,  Sidónia Faria  da Silva Valador, de 87 anos de idade.
O seu marido, um grande homem de Deus, Moisés Valador, meu grande amigo também, foi chamado a receber a corôa da glória, há dois anos, com  idade de 95 anos.
Ambos marcaram profundamente a minha vida,  nestes cerca de  45 anos de convivência e amizade. Frequentei a sua casa e com eles ali, tomei muitas refeições. Houve um período de tempo,  em que o meu marido, pastor jorge Leal, dirigiu cultos de adoração ao Senhor na sua casa, na Amadora;  a sala ficava repleta de gente.
Desde que o irmão (nós, crentes baptistas tratamo-nos por irmãos) Moisés partiu, a irmã Sidónia só queria mesmo ir ter com ele, ao céu. Era tal a unidade entre ambos, que ela sentia que sem ele cá, não valia a pena viver. Esperou dois anos..para ir ter com ele. Dele, recordo a "declaração de fé" que me dizia no fim de cada culto de Domingo, quando eu o abraçava e acarinhava: "Irmã Viviana, estou preparado para partir quando o Senhor entender" Dizia isto com um sorriso estampado no rosto e uma voz serena e tranquila. Como eu o recordo! Só de lembrar-me dele e das nossas conversas, emociono-me.Ela, a Irmã Sidónia "viveu para servir e para cuidar", Já tão cansada, com tanta dificuldade de locomoção, passava horas na cozinha de volta das panelas, para com prazer e alegria, alimentar todos aqueles que habitualmente se sentavam á sua mesa. Não há domingo nenhum, em que, na Casa de Oração, eu não olhe o lugar em que se sentavam, á frente, junto ao orgão.Ninguém se senta no seu lugar. Parece que todos esperam que eles um dia destes voltem a estar ali connosco louvando e adorando o Senhor.
Quanto eles enriqueceram e alegraram a minha vida!
O seu exemplo de fé e de vida, marcaram-me! Irão acompanhar-me sempre.
Estou agradecida e reconhecida ao Senhor que me me deu a benção de os conhecer e com eles conviver.
Muito obrigada, Pai, por o Irmão Moisés e por a irmã Sidónia.
Sorrio, ao pensar, que eles estão agora bem melhor. Descansam dos seus trabalhos e usufruem da presença do Senhor.
Irmão Moisés, irmã Sidónia, a gente encontra-se um dia destes.
Até logo!

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

In memoriam - Dr. António Borges


O Dr. António Borges - Fonte da imagem: www.tvi24.iol.pt


«António Borges, economista e professor universitário, e ex-dirigente do PSD, morreu esta madrugada, aos 63 anos, vítima de cancro do pâncreas. Apesar da gravidade da doença, esteve sempre a trabalhar.
A doença foi-lhe diagnosticada em 2010, dias antes de ter aceitado o convite para ser o número dois do ex-presidente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, em Washington.
António Borges nasceu no Porto a 18 de novembro de 1949 e fez grande parte da sua carreira profissional no sector financeiro e ligado ao ensino. Ocupou a nível internacional cargos de relevância como o de vice-presidente do banco Goldman Sachs, entre 2000 e 2008, e reitor da escola de negócios francesa Insead, o que lhe valeu grande reconhecimento internacional. 
Foi consultor do departamento de Tesouro dos Estados Unidos, da OCDE e em 2010 foi nomeado diretor do departamento europeu do Fundo Monetário Internacional (FMI), cargo que ocupou apenas por um ano. Presidiu também ao Instituto Europeu de Corporate Governance.
Licenciou-se em Economia pela Universidade Técnica de Lisboa e fez o doutoramento em Economia pela Universidade de Stanford, tendo ingressado no INSEAD em 1980. Em 1990, foi nomeado vice-governador do Banco de Portugal. Deu aulas na Universidade Católica, na Universidade Nova e na Universidade de Stanford. E integrou as administrações de várias empresas portuguesas como a Sonae, Jerónimo Martins, Citibank Portugal, Petrogal, Vista Alegre e BNP Paribas. 
Militante do PSD, era muitas vezes apontado como um bom candidato a primeiro-ministro de Portugal. Mas nunca chegou a integrar nenhum governo, tendo sido vice-presidente do PSD quando Manuela Ferreira Leite liderava o partido. No início de 2012 aceitou o cargo de consultor do atual Governo para as privatizações, renegociações das Parcerias Público-Privadas, reestruturação do sector empresarial do Estado e acompanhamento da banca.
Era-lhe reconhecido grande à-vontade na exposição dos seus pontos de vista, o que lhe valeu muitas críticas, nomeadamente nos últimos anos e já com as funções de consultor do Governo. Apesar da gravidade da doença, continuou sempre a trabalhar".

(/http://expresso.sapo.pt/)

Hoje, morreu uma grande amiga minha. Uma pessoa muito especial, da qual, querendo Deus, falarei aqui neste espaço amanhã.
Ontem, de madrugada, morreu em Lisboa   o Dr. António Borges.

É um português, como eu, acerca do qual não sei muito, apenas aquilo que fui nele observando ao longo do último ano, que me possibilitou ter dele uma imagem positiva e agradável. Apreciei nele a sua serenidade, a sua educação, os seus valores, as suas ideias, a sua postura perante uma chuva de criticas, mal ele abria a boca, para dizer o que quer que fosse. Foi muito maltratado, do meu ponto de vista, por toda a esquerda portuguesa e por jornalistas e comunicação social, tão somente por expôr as suas ideias e defender os seus pontos de vista, dos quais não se desviava, mas defendia afincadamente. Foi um português que "chegou longe", onde mais nenhum chegou, quer cá dentro, quer lá fora, onde ocupou altos e importantes cargos, tanto quanto sei.
Foi um dos maiores economistas portugueses, que teve como seus pares, os melhores da Europa e do mundo.
Era católico, e acreditava na eternidade, segundo ouvi ontem do Dr. Marcelo Rebelo de Sousa. Mas, o que mais no Dr, António Borges me impressionou, foi o facto de, sabendo há cerca de três anos que tinha uma doença incurável - Cancro do pâncreas - ter aceitado um novo emprego, no Fundo Monetário Internacional, onde desenvolveu um trabalho notável por cerca de um ano. Manteve todas as suas responsabilidades profissionais, sempre a trabalhar com entusiasmo e alegria.Sorria frequentemente. Caminhava ligeirinho, subia e descia escadas como quem não está doente. Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, viveu  absolutamente desprendido da vida, estes tempos bem difíceis de doença. Chegou há pouco  de  Singapura,  onde  foi dar apoio a uma importante instituição criada por si. Ao voltar, seguiu directamente do avião para uma reunião com o Governo, onde era consultor.  Já há muito que o seu rosto e o seu corpo denotavam o progressivo agravar da doença,  no entanto, viajava de avião de um lado para o outro, sorridente e bem disposto. Como consultor na Fundação Champalimaud, estes últimos dias, ao sentar-se á secretária para trabalhar,  o  seu rosto caiu sobre a secretária, tendo sido levado para o hospital onde veio a falecer.
Trabalhou até ao fim.
Que grande homem!
Que grande português!
Que  grande exemplo!

O país  precisa de homens assim.
Desejo que Deus console, e conforte, os filhos, a esposa, os netos e restante família.


Nota:

Acabei de encontrar na Net, este artigo, escrito por Camilo Lourenço, para mim, o melhor comentador português... onde fala com o coração nas mãos, do Dr. António Borges e lhe presta uma sentida homenagem:

In Memoriam...Dr. António Borges

"Esta é a crónica mais difícil que já escrevi na vida. De um lado está a amizade de longa data para com o melhor economista que Portugal já teve; do outro o dever de isenção exigido a um jornalista. Não sei se conseguirei ser isento. Provavelmente não. Mas sei que o leitor me perdoará…
Durante 25 anos acompanhei a sua carreira. Umas vezes mais perto do que outras. Fui o primeiro jornalista a noticiar o seu regresso a Portugal, para ser vice-governador do Banco de Portugal. Fui o primeiro a noticiar a sua saída, depois das ingerências do governo, chefiado por Cavaco Silva, na independência do banco central (uma das suas convicções inabaláveis). Foi a sua carta de recomendação (soube-o mais tarde pelo director do curso que frequentei nos EUA…) que se revelou decisiva para que eu fosse aceite na University of Michigan.
 A ele lhe devo muito do que aprendi sobre Economia desde os tempos de estágio de Jornalismo. Não havia uma única troca de impressões em que não aprendesse alguma coisa com ele. Às vezes era frustrante: chegava às conversas com tanta convicção nas minhas ideias para ver, ao fim de cinco minutos, as teorias reduzidas a pó… Era frustrante? Não. Era apenas a confirmação do seu brilhantismo.
 Ontem, quando recebi a notícia que esperava que nunca chegasse, dei comigo a pensar no que aprendi com o António, uma das pessoas a quem (com o Jorge Marrão, companheiro de a “Mão Visível”), fui buscar contributos para o livro “Basta!”. Duas coisas: a liberdade de escolha e a necessidade de tornar o Estado eficiente.

A ele devemos a revolução que conduziu o Banco de Portugal a uma instituição independente do Governo. A ele devemos o fim da política de desvalorização do Escudo, que culminou com a entrada de Portugal na moeda única. A ele devemos (com as polémicas em que se viu envolvido) o debate sobre a necessidade de reduzir o peso de um Estado que asfixia a economia portuguesa.

Era, por vezes, descuidado nas palavras que utilizava? Sem dúvida. Mas, convenhamos, muitas vezes essas palavras eram despudoradamente utilizadas pelos seus inimigos políticos e por parte da classe a que pertenço (a comunicação social) para provocar polémicas artificiais. A questão da desvalorização salarial foi um bom exemplo...

O seu rigor com as coisas era obsessivo. Um dia, na sequência de um erro que cometi numa reportagem, lembrou-me o rigor do trabalho que a revista “Fortune” fizera com ele enquanto “dean” do INSEAD: “Às tantas ligaram-me antes da reportagem sair só para saber se um pormenor, a que eu não atribuía importância, era mesmo como eles tinham escrito”. Foi uma forma simpática de me dizer que o jornalismo em Portugal precisava de mais rigor e seriedade. E isto foi em meados da década de 90. Imaginem as conversas sobre a qualidade do jornalismo actual…

Muita gente me perguntou, nos últimos anos, porque o defendia tanto. Simples: era de uma seriedade inabalável. Numa das últimas conversas tive mais uma prova dessa seriedade. Ao falar-lhe do meu próximo livro, toquei no tema “carácter” como atributo fundamental da cultura de um povo. Foi o suficiente para me contar (e à Liliana Valpaços, da Matéria Prima Edições) o episódio de uma visita à “baixa” de Lisboa: “Estacionei e descobri que não tinha moedas para o parquímetro. Como tinha pressa decidi arriscar. Quando voltei, apesar de não ter multa, mas como já tinha moedas, fui ao parquímetro pagar o valor do tempo que tinha utilizado”. Antes que eu o interrompesse (confesso que lhe ia dizer “Que parvoíce!”) terminou: “A pessoa que estava comigo não queria acreditar. Respondi-lhe que moralmente não podia ter outra conduta”.

O António não era uma pessoa consensual? Não. Nunca o poderia ser: quem tem convicções tão fortes ou é amado… ou é odiado. Nunca lhe ouvi palavras desagradáveis para quem o criticava por convicção de ideais. Os outros, os que lhe destilavam ódio visceral, não o incomodavam.

Ao fim de 25 anos de convívio coleccionei episódios que, se revelados, chegariam para mudar a opinião que muitos, que não o conheciam, tinham dele. Mas nunca os poderei revelar. Tinha a secreta esperança de que fosse ele a fazê-lo num livro, escrito a duas mãos, que eu e a minha editora o convencemos a escrever. Um livro para analisar o que Portugal tem de fazer para dar o salto do desenvolvimento.

Esse livro, infelizmente, já não verá a luz do dia. Nem o livro nem os artigos para o "Negócios", para os quais o Pedro Santos Guerreiro me "autorizou" a convidá-lo a escrever (e que aceitou). Talvez um dia volte a falar com ele sobre o livro. Na outra Vida, em que ele tanto acreditava. Até sempre, António".

 http://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/in_memoriam_antonio_borges.html

 25 Agosto 2013, 22:30 por Camilo Lourenço | camilolourenco@gmail.com)

domingo, 25 de agosto de 2013

Porque hoje é Domingo (261)

Fonte da imagem: portalsementinhakids.com

   A Parábola da Candeia

E disse-lhes (jesus): Vem, porventura, a candeia para se meter debaixo do alqueire, ou debaixo da cama? não vem antes para se colocar no velador?
Porque nada há encoberto que não haja de ser manifesto; e nada se faz para ficar oculto, mas para ser descoberto.
Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça.
E disse-lhes: Atendei ao que ides ouvir. Com a medida com que medirdes, vos medirão a vós, e ser-vos-á ainda acrescentada.
Porque, ao que tem,  ser-lhe-á dado; e ao que não tem, até o que tem lhe ser-á tirado.

(Evang.de S. Marcos, cap.4: 21 a 25) 

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

A minha Gratidão imensa e a minha Homenagem sincera, á Bombeira Rita Pereira, morta ontem,pelo fogo


A Jovem bombeira Rita Pereira  - Fonte da imagem: bombeirosparasempre.blogspot.

Não me posso calar! Apetece-me gritar de raiva e de revolta!
Os incendiários, são, para mim, os responsáveis por estas vidas ceifadas, por a morte destes homens e mulheres bons, e como assassínos deviam ser julgados.
Este ano já "foram apanhados" 37! Um deles o responsável pelo fogo de Miranda do Corvo, onde morreu o bombeiro António, que aqui homenageei.
Mas, e aqui é que está a questão...o que é que os tribunais vão fazer com estes 37? Para já, segundo entendi, alguns nem sequer foram  presos...aguardam em liberdade o julgamento. Imaginem! Podem assim continuar a incendiar á vontade!
Depois, uma vez julgados, - quando será? - o muito que podem apanhar, se apanharem, é uma pena entre um e dois anos de cadeia. Logo, logo, estão cá fora para continuar a sua actividade criminosa.
Como eu lamento, como me revolta, como me frusta...a Justiça em Portugal!
Se acaso, algum bombeiro morto "em combate", fosse filho de um juiz, de um político, de um deputado, etc.- decerto fariam leis mais ajustadas a este tipo terrível de criminalidade. Porém, ilusão minha! Haverá porventura um bombeiro em Portugal filho destas personagens que atrás citei? Que eu saiba, que eu tenha tido alguma vez conhecimento, nos meus 72 anos de vida...não!
Bombeiros  são os filhos do povo, da gente humilde, dos "pequenos", que se oferecem para dar a vida pelos outros e  proteger os seus bens.
O próprio Presidente  da Liga dos Bombeiros de Portugal, veio a semana passada, exigir legislação mais condizente com este crime. Pediu, ou melhor, exigiu...dos deputados da Assembleia da República, "URGẼNCIA", em rever toda esta legislação.
Quando eu era criança, vivi rodeada de Pinhais - Leiria - e não me recordo de um único fogo destas dimensões!
Logo, é um fenómeno relativamente novo.É a forma de alguns criminosos "se realizarem", fazendo o mal. E, cada ano é a mesma coisa, cada vez um pouco pior que o ano anterior. Assim, nunca mais saimos disto..e creio mesmo, que se nada fôr feito, urgentemente, cada vez será pior, será uma desgraça total!

Á bombeira Rita, que morreu ontem ao meio-dia, no Caramulo, cercada por as chamas...um horror...quero aqui, manifestar a minha eterna gratidão, o meu profundo pesar, a minha enorme admiração, por tudo quanto fez em prol dos outros.
Obrigada, por ter dado a sua vida, tão jovem...24 anos, pelo próximo.
Presto a minha sincera e sentida Homenagem a esta verdadeira Heroína, que pertencia á Corporação dos Bombeiros de Alcabideche, onde era bombeira desde os 14 anos; "a menina que cresceu no quartel", que acompanhava o pai (ex- bombeiro)  e os tios que ainda vestem a farda. Partira de Alcabideche, aqui perto de Lisboa, para a serra do Caramulo. na  Beira-Alta, integrada no Grupo de Reforço  de incêndios Florestais (GRIFE), constituído por trinta bombeiros. Era uma das bombeiras mais experientes no combate ás chamas. A Rita, deixa sem mãe uma menina de 4 anos, cujo pai é também Bombeiro na mesma corporação. A esse bombeiro, que eu não o nome, o meu abraço solidário e o desejo de bençãos, consolo, e  Protecção de Deus.
 A Menina, quando crescer - sem mãe - irá por certo ter um grande orgulho por a sua mãe, a Rita, ter dado a vida pelos outros.
 Oro, para que o Senhor proteja, no dia de hoje, as centenas de bombeiros que no Norte e centro do país combatem mais de uma dezena de fogos.

Espero, desejo, que as mortes fiquem por aqui; foram 3, em três semanas.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

A Bíblia é o Roteiro de Deus para ir da terra ao céu

Fonte da imagem: sersank.blogspot.com

Se resolver fazer uma viagem que já tenha feito muitas vezes, não precisa de um mapa das estradas. Contudo, se planear  viajar por território desconhecido, um mapa rodoviário será certamente muito útil para evitar perder-se no caminho. Se se orientar pelo mapa, permanecerá na estrada certa.

A Bíblia diz-nos:

«Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim  dele são os caminhos da morte» (Prov.14:12). Note que a Bíblia não diz que a estrada que parece errada conduz á morte; diz, sim que o caminho que parece direito conduz á morte. Não podemos guiar-nos pelos nossos sentimentos ou emoções; devemos medir tudo pela Bíblia. Não basta ser sincero; temos de estar na estrada certa, se quisermos chegar o destino certo.

Imaginemos que um homem que se havia perdido ns montanhas há vários  dias tropeçava numa caixa metálica que continha um mapa e uma bússola. Que pensaria desse homem, se ele simplesmente  pusesse de lado o mapa e a bússola e continuasse a vaguear sem destino? Não seremos nós assim, se atravessarmos  a vida sem  ter em conta a Bíblia?

 (Homero Duncan- no livro Maravilhosas Palavras de Vida)


quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Da enfermeira Ana França para a enfermeira Nivalda Lemos



Tocou-me tanto este testemunho da enfermeira Ana França, na forma de comentário, aqui deixado para a sua colega enfermeira Nivalda Lemos, que ontem aqui homenageei, que sinto que só posso mesmo... publicá-lo aqui.

"Querida colega e amiga foi um choque enorme saber do teu falecimento e ainda hoje penso que é apenas um pesadelo
Lembro-me com saudade dos anos que trabalhamos juntas, parece que foi ontem...Jamais vou esquecer a pessoa maravilhosa que foste e a excelente enfermeira sempre pronta a ajudar, carinhosa com os utentes, responsável e cumpridora da responsabilidades atribuídas, mostrando um sorriso mesmo quando o teu coração estava triste por motivos pessoais
Obrigada por me teres dado o teu ombro quando eu precisei que me ouvisses, quando eu precisava desabafar. A verdade é que sempre fomos boas confidentes
Foste um exemplo na nossa profissão, exemplo que devia ser seguido por alguns dos nossos colegas, porque ser enfermeiro è mais do que usar farda branca e ter um cartão de identificação ao peito
Foi um privilégio ter te conhecido e sempre vou lembrar só os momentos de alegria e gargalhada que tivemos .As tristezas vão com o teu corpo sem vida e certamente o teu espírito esta junto a Deus
Até sempre
Ana França

Nota pessoal:

Olá, enfermeira Ana França!
Creio que não nos conhecemos. De início, ao começar a ler o seu comentário, ainda pensei que a Ana pudesse ser uma das muitas enfermeiras da Madeira/Açores  - com quem trabalhei a partir de 1965, nos Dispensários Materno-Infantís do Instituto Maternal. Lembro-me de uma enfermeira de apelido França...

As palavras tão belas e tão cheias de significado, que aqui dirigiu á  nossa colega  Nivalda, tocaram-me profundamente. Fizeram-me regressar muitos anos atrás...e reviver uma vida profissional tão cheia, tão completa, que me deu tanta alegria e tanta realização profissional e como pessoa! Na verdade, a Ana diz muito bem: "porque ser enfermeiro é mais do que usar farda branca e ter um cartão de identificação ao peito."

Obrigada, Ana, ainda bem que deixou aqui este comentário.
Um grande abraço

Seja muito, muito feliz!

terça-feira, 20 de agosto de 2013

A minha Homenagem e Gratidão á Enfermeira Nivalda Lemos


Fonte da imagem. http://pravdailheu.blogs.sapo.pt/838922.html

A enfermeira Nivalda Lemos morreu no local onde durante três dias lutou contra o fogo.

Funchal - Enfermeira-chefe do Hospital  dos Marmeleiros morreu esmagada por carro do Exército que dava apoio aos bombeiros."Como é possível a Nivalda ter morrido?!" Esta é a frase dita e redita por vizinhos e amigos da enfermeira-chefe do Hospitsal dos Marmeleiros no Funchal - Madeira, que ontem morreu atropelada por um carro do Exército que dava apoio aos bombeiros na Barreira, freguesia de Santo António, Funchal. Nos últimos três dias ajudou a combater as chamas, ontem limpava o mato junto de uma das  bermas da rua íngreme onde morava, quando a viatura disparou lá do alto.
Nivalda Lemos, 51 anos, Aldinha para os amigos, trabalhava no hospital que dias antes fora evacuado por causa dos fogos.
Conta quem viu que, "talvez por decisão do destino",  a enfermeira escolheu o sitio errado para se refugiar do acidente eminente. Em poucos segundos tomou a decisão que lhe custou a vida. Não se consegue explicar. Talvêz ela penssasse que o carro vinha na sua direcção e passou para o outro lado da estrada quando, afinal,  o carro foi embater  precisamente no muro da casa para onde fugiu, diz incrédula a vizinha  Goreti Baganho, 65 anos. Estamos de luto e a calmantes. Já gritei o que tinha a gritar. Perdi a minha confidente, a minha amiga.
Nivalda passara os últimos três dia a combater as chamas ao lado dos vizinhos e dos bombeiros. "Ajudava-nos a todos. Ainda ontem de manhã estivemos juntas com mangueiras a deitar água á volta das casas para travar o lume. Foram noites sem dormir",  Diz-nos outra vizinha, Maria Pimenta, 50 anos. Maria Natividade, 70 anos,  aproxima-se e as três  fazem o retrato de nivalda. Morava sózinha, divorciada,  sem filhos, vivia para os outros. "Excelente enfermeira", passava o dia a trabalhar, ora no hospital, ora em casa e no terreno em volta onde tinha  dezenas de animais, cães e gatos abandonados, galinhas, patos, pombos. "Tudo o que lhe aparecia á porta ela recolhia". Tinha uma paixão pelos bichos e eu fui atrás dela. Também comecei a fazer o mesmo. Disse-me ainda há poucos dias, que um dia iria tirar o curso de veterinária", conta Goreti. "Era uma excelente profissional. Um dia contou-me que, em serviço,  uma doente em fase terminal arrastou-se até  até á porta do quarto e disse-lhe: "Senhora enfermeira, apetecia-me tanto fumar um cigarro". Nivalda ter-lhe-á dito:  Tem os cigarros consigo? Então vá até á janela  e fume". "sabia que a doente tinha os dias contados e não lhe recusou , talvez o último desejo", recorda Goreti.

Na página de Nivalda,  do Facebook, as reacções de amigos e colegas foram quase imediatas. A notícia  correu com um rastilho maior que o fogo. O incêndio que rondara o lugar de Barreira, a rua íngreme de Nivalda, desde a véspera mantinha-se activo. "Como é possível que a Nivalda tenha morrido?"

(Lilia Bernardes,  Diário de Notícias de, 20/08/2013)

Nota pessoal:

Como mulher, como enfermeira, como amiga dos animais abandonados, como quem sente que a vida é Servir...os outros...quero aqui prestar a minha homenagem sentida, a minha admiração e a minha gratidão, á enfermeira Nivalda Lemos, por tudo o que fez e por tudo o que era. Decerto contribuiu bastante para deixar um pouco melhor o mundo que encontrou.

Muito e muito Obrigada, Nivalda!

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

O melhor é entregar-lhe a "Direcção do Barco"


"Quando a bendita vontade do Senhor soprar em direcção contrária aos teus propósitos, a melhor conduta é entregar-lhe, confiante e humildemente, a direção do barco. Tu  não sabes porque é que o Senhor está agindo assim, mas sabê-lo - ás mais tarde".

 (Samuel Rutherford)

domingo, 18 de agosto de 2013

Porque Hoje é Domingo (260)



Abri o livro do profeta Jeremias e procurei, nos seus 52 capítulos, os versículos que eu, em algum dia, sublinhei.

Ei-los:

Antes que te formasse no ventre te conheci, e antes que saísses da madre, te santifiquei; ás nações te dei por profeta. (cap.1:5)

Ah, entranhas minhas, entranhas minhas! Estou com dores no meu coração! O meu coração se agita em mim. Não posso me calar; porque tu ó minha alma, ouviste o som da trombeta e o alarido da guerra. Cap.4:19)

Deveras  o meu povo está louco, já não me conhece; são filhos néscios, e não entendidos; são sábios para fazer o mal, mas não sabem fazer o bem. (cap.4:22)

Até a cegonha no céu conhece os seus tempos  determinados; e a rola,  e o grou e a andorinha observam o tempo da sua arribação; mas o meu povo não conhece o juízo do Senhor. ( cap.8:7)

E há esperança  quanto ao teu futuro, diz o Senhor, porque teus filhos voltarão para os seus termos. (cap.31:17)

Clama a mim, diz o Senhor, e responder-te-ei, e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes que não sabes. (cap.33:3)

Maldito aquele que fizer a obra do Senhor fraudulosamente; e maldito aquele que retem a sua espada no sangue. (cap.48:10)

Ele fez a terra  com o seu poder, e ordenou o mundo com a sua sabedoria, e estendeu os céus  com o seu entendimento.
Fazendo ele ouvir a sua voz,  grande estrondo de águas há no céu, e faz subir  os vapores desde o fim da terra; faz os relâmpagos com a chuva, e tira o vento dos seus tesouros. (cap.51:15 e 16)


sábado, 17 de agosto de 2013

Menino-Criança, Meu Amigo - Júlio Roberto

O Nuno, meu neto -  "promessa de um homem bom"
 
Menino- Criança, Meu Amigo

É altura, criança, de mudares o mundo!
Mais do que eu, adulto, tu tens sabedoria.
Tens os olhos limpos para ver,
as mãos doces para fazeres festas,
o coração grande para amares.
 
Tu, meu amigo, criança que ainda és,
trazes contigo o sonho puro,
trazes o amor e a vida,
trazes a mensagem que faltava.
É na tua alma, no teu sorriso cheio de luz,
nas tuas brincadeiras e na tua fantasia
que está a verdade.

E como o pássaro livre que voa, que voa,
eu olho-te e quero-te acompanhar.
Para ir contigo ao reino do teu sonho
reencontrar a minha infância.
Porque eu sei agora que aí está
O segredo da vida e a fonte da alegria.

(Júlio Roberto)

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

A minha Homenagem e Gratidão ao Bombeiro Pedro Miguel Jesus Rodrigues


Mais um bombeiro morreu esta quinta-feira a combater um incêndio florestal em Portugal. Pedro Miguel Jesus Rodrigues, 41 anos, foi a segunda vítima mortal entre bombeiros nos fogos deste ano e a 104ª. desde 1980.

Estava a lutar contra um incêndio que deflagrara às 12h35 na freguesia da Coutada, concelho da Covilhã, e que até ao princípio da noite ainda não estava controlado.
Entre um momento e outro, Pedro Rodrigues morreu, apanhado pelas chamas. Segundo alguns relatos, o bombeiro estava a tentar evitar que as chamas atingissem uma habitação. No combate a um incêndio, a prioridade é proteger pessoas e bens. Estava acompanhado por mais três bombeiros. Mas o vento traiu-o deixando-o isolado. Não pode fazer mais do que enrolar-se sobre si próprio, no chão.

“O bombeiro estava devidamente enquadrado por uma equipa, havia uma estratégia bem definida, mas houve uma alteração do vento que o separou dos colegas, que ainda lhe gritaram. Não conseguiu. São anormalidades que acontecem aos mais bem formados”, disse ao PÚBLICO Jaime Marta Soares, presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses.
“É com profundo pesar que sentimos a perda de um companheiro, um bombeiro, um operacional de protecção e socorro”, lamentou a Autoridade Nacional de Protecção Civil, num curto comunicado que não esclarece o que se passou em concreto.
Desde 1980, morreram 217 bombeiros em Portugal, enquanto estavam em serviço. Destes, 104 perderam a vida em incêndios florestais, segundo Duarte Caldeira, ex-presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, que está a elaborar um estudo sobre o assunto.

 Nota:

 A notícia entristeceu-me profundamente. Ainda no passado dia seis de Agosto,   prestei  aqui a minha Homenagem e Gratidão ao bombeiro António Nuno Ferreira, igualmente morto pelas chamas.
 Estes homens valorosos e destemidos,que estão prontos a sacrificar a vida pelos outros, para mim, são os verdadeiros heróis. O seu nome,e o seu feito, deveria ser registado na história do país, e deveriam dar  os seus nomes ás mais importantes praças e ruas das nossas cidades. Nada disto seria demais.
Como cidadãos saibamos dar valor e importância a quem duma forma tão desprendida e pronta. oferece o melhor que tem: A VIDA - em prol dos outros.
E os que provocam os incêndios, como divertimento...deveriam ser encerrados na prisão por muitos e muitos anos...não apenas um ou dois, com habitualmente acontece; e quando se apanham em liberdade, voltam a atear os fogos por esse país fora.
 Ao Pedro Miguel Jesus Henriques, a minha profunda e eterna gratidão e a minha sentida Homenagem.

Obrigada, muito obrigada, Pedro Miguel!



quinta-feira, 15 de agosto de 2013

O Deus Ilimitado


A Bíblia mostra-nos que Deus não é uma mera força por detrás do universo. Ele é também Pessoa. É contudo errado pensar em Deus como um ser semelhante a nós. Em muitos aspectos, Deus é mais do que uma pessoa.

Deus está contido em Si mesmo. Deus não está limitado por alguém ou por qualquer coisa. Pelo contrário, nós dependemos d´Ele e doutras pessoas. Deus não depende de ninguém.

Deus é eterno. Ele está acima e além do tempo. Deus é sempre o mesmo; não muda nem envelhece como nós.

Deus está em toda a parte. Ele não é limitado por espaço ou distância. Deus é a própria base do que nós somos, embora esteja igualmente na estrela mais distante.

Deus sabe todas as coisas. Deus não precisa de aprender nada. Ele conhece mesmo o futuro, antes que aconteça.

Deus pode fazer tudo o que quer, sempre que o quiser fazer. Deus não está limitado por fraquezas, como nós.

(John Balchim - no livro - O que Crêm os Cristãos)

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Cora Coralina - Esperar...Semear


"Se temos de esperar, que seja para colher a semente boa que lançamos hoje no solo da vida. Se for para semear, então que seja para produzir milhões de sorrisos, de solidariedade e amizade".

   (Cora Coralina)

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Posturas diferentes ante a morte


Fonte da imagem:imissio.wordpress.com 

« Há alguns anos, um jornalista morreu em Denver, Colorado. No seu funeral, os que o foram chorar  ouviram a sua voz gravada»

"Este é o meu funeral. Sou ateu e assim tenho vivido durante muitos anos. Tenho o maior desprezo pelos disparates teológicos. Os clérigos são covardes morais. Os milagres são o produto da imaginação. Se  quatro jornalistas quaisquer fossem enviados a testemunhar uma execução e distorcessem  os factos  como fizeram  os apóstolos do relato bíblico, seriam  despedidos de imediato. Não quero cânticos relogiosos. Este vai ser um funeral perfeitamente racional."


Numa outra situação:

"Apreciarei muito se na capela puderem dedicar algum tempo á leitura desta nota  pois  antes de partir para férias gostaria que soubessem a verdade a meu respeito, conforme me foi revelada na última sexta-feira. O meu médico finalmente disse-me qual o verdadeiro diagnostico da doença de que sofria há algumas semanas: um caso inoperável de cancro. Se ele fosse cristão não teria demorado tanto tenpo nem teria ficado chocado, pois saberia como vós e eu, que a vida e a morte são igualmente  bem-vindas quando vivemos na vontade e na presença do Senhor. Se o Senhor me escolheu para ir ter com ele em breve, partirei com alegria. Por favor, não me lamentem. Não gostaria de deixar um frio adeus, mas antes  um caloroso Aufwiedersehen . Até vos ver de novo na terra abençoada onde poderei abrir uma cortina quando entrardes. Com um coração cheio de amor por cada um  de vós".

(Assinado) Effie Jane Wheeler.

Billy Graham - no livro - Paz com Deus


domingo, 11 de agosto de 2013

Porque hoje é Domingo (259)

 
O amado Pastor António dos Santos, apresentando a Palavra  na III Igreja Baptista de Lisboa.
        
"E, graças a Deus,  que sempre nos faz triunfar em Cristo, e por meio de nós manifesta, em todo o lugar, o cheiro suave do seu conhecimento.
Porque, para Deus, somos o bom cheiro de Cristo, nos que se salvam e nos que se perdem.
Para estes, certamente,  cheiro de morte para morte; mas, para aqueles, cheiro de vida para vida. E, para estas coisas quem é idóneo?
Porque nós não somos, como muitos, falsificadores da palavra de Deus; falamos de Cristo com sinceridade, como de Deus, na presença de Deus".

(II Ep. de S. Paulo aos Coríntios cap. 2:14 a 17)

sábado, 10 de agosto de 2013

Quem dera que Jesus viesse á Praça do Comércio, em Lisboa!

Praça do Comércio - Lisboa
Nos dias que correm, quando se fazem "ataques miseráveis ao caracter das pessoas" - conforme disse o Sociólogo António Barreto, quem dera que Jesus viesse á Praça do Comércio, em Lisboa, convocasse todos os políticos e profissionais da comunicação social, e tal como fez no Sermão do Monte, há dois mil anos atrás, abrisse a sua boca e lhes dissesse:

"Não julgueis para que não sejais julgados.
Porque, com o juízo com que medirdes, sereis julgados, e, com a medida com que tiverdes medido, vos hão-de medir a vós.
E porque reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho?
Ou, como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando tu com uma trave teu?
Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás de tirar o argueiro do olho do teu irmão"

    (Ev. de S. Mateus cap.7:1 a 5).
Não julgueis, para que não sejais julgados.
Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós.
E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho?
Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu?
Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão.

Mateus 7:1-5
Não julgueis, para que não sejais julgados.
Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós.
E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho?
Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu?
Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão.

Mateus 7:1-5

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

O Velho e seus Filhos - Curvo Semedo



 O Velho e seus Filhos

Um velho sábio, e prudente,
Vendo-se vizinho á morte,
Chama três filhos que tem
E fala.lhes desta sorte:
« Eia, vede, amados filhos,
« se quebrais por força ou jeito
» Este emblema» e tira um molho
De varas de vime feito.
Ao filho mais velho o dá,
Que se propõe a parti-lo;
Mas por mais forças qu'emprega,
nunca pôde consegui-lo.
Pega-lhe o filho segundo,
Destro e valente rapaz,
Que parti-lo não consegue
Por mais esforço que faz.
Entregam-no ao mais pequeno,
Que blasona de mui forte.
Torce, dobra-o, cora e sua,
E deixa-o da mesma sorte.
«Fracos moços!», diz o pai,
« Vossa fraqueza celebro!
» Vede como desta idade
» Essas varas todas quebro.»
Depois, desatando o molho,
Pronto as varas dividindo,
Com toda a facilidade
Uma a uma as vai partindo.
E diz: « Vede neste exemplo,
Filhos do meu coração,
Os desastres da discórdia
» E as vantagens da união.
» Partir não podeis, ó moços,
» as varas estando unidas;
»Mas depois de separadas
» são por fracas mãos partidas.
» Se unidos vos conservardes,
» Assim, ó filhos, sereis,
» E aos baldões impios da sorte
» Sem custo resistireis;
» Mas se algum dia a desgraça
» Vos chegar a desunir,
» Qualquer de vós aos seus golpes
» Não podereis resistir.»
Assim o velho proclama
Esta brilhante doutrina,
E ao fim de pouco tempo
Sua carreira termina.
Os filhos choram-lhe a morte
Com lamentos deploráveis!
Porém, lembram-se mui pouco
Dos seus conselhos saudáveis.
Porque danoso interesse
Em partilhas o envolve,
E um credor, e ouro credor
Os bens paternos dissolve.
Depois, vomitando injúrias,
Uns contra os outros litigam,
E os ministros com prisões
E com multas os castigam.
Pobres por fim, noite e dia
Com pranto e queixas amaras
Recordam, mas sem remédio!,
O sábio exemplo das varas.

Curvo Semedo - Numa tradução das Fábulas de La Fontaine



quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Servir é alegria

Fonte da imagem:www.lds.org

"Adormeci e sonhei que a vida era só alegria. Acordei. E vi que a vida se resumia em servir. Servi. E vi que servir é alegria".

 (Rabindranath Tagore)

terça-feira, 6 de agosto de 2013

A minha Homenagem e Gratidão ao bombeiro António Nuno Ferreira

O bombeiro António Nuno Santos

 O estado em que ficou o carro dos bombeiros

Todos os anos, pelo verão, os incêndios afectam uma parte considerável das matas, pinhais, florestas e terrenos agrícolas do nosso país. Sobretudo o norte e o centro são atacados por estes flagelos do fogo.Na passada quinta-feira, em Miranda do Douro, três bombeiros ficaram cercados pelas chamas, no carro em que combatiam o fogo. Um deles, António Nuno Ferreira, de 45 anos, faleceu ontem num hospital no Porto.

 Eis a notícia:

«O bombeiro de 45 anos que se encontrava internado no Hospital da Prelada faleceu esta madrugada, não resistindo às queimaduras que lhe cobriam mais de 90 por cento do corpo, referiu fonte hospitalar.

"É com pesar que informamos o falecimento, esta madrugada, do bombeiro de 45 anos de Miranda do Douro, internado na Unidade de Queimados do Hospital da Prelada", escreve em comunicado a mesma fonte.

António Nuno Ferreira, operador de central no quartel dos bombeiros de Miranda do Douro, era casado e deixa um filho menor. O bombeiro era natural de São Martinho de Angeira, uma aldeia próximo do local do incêndio. O bombeiro apresentava um quadro clínico "muito grave", com disfunção cardiopulmonar, não tendo resistido à gravidade das queimaduras.

O seu colega, que também ficou ferido, de 25 anos, mantém um prognóstico muito reservado, refere o hospital, salientando que a equipa médica continua a acompanhar o caso.

Os dois bombeiros ficaram feridos na quinta-feira, num incêndio em Miranda do Douro, dado como dominado às 19H51, que provocou ferimentos ligeiros a mais três elementos da corporação.

Estes membros da corporação foram surpreendidos numa mudança brusca de vento e ficaram encurralados no meio do fogo, entre Cicouro e São Martinho de Angeira, junto à fronteira com Espanha, contou à agência Lusa o comandante Luís Martins. As chamas destruíram também o veículo do dispositivo de combate a incêndios onde os bombeiros se deslocavam.»

       ( http://www.record.xl.pt)

É com muita tristeza, emoção, e uma enorme gratidão, que  presto aqui a minha sentida homenagem ao António, por toda a sua generosidade, coragem, e dádiva da sua própria vida, em prol dos outros e do bem comum.

  OBRIGADA, MUITO OBRIGADA, ANTÓNIO

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

O Verdadeiro Amor

Fonte da imagem: luanna25.blogspot.com 

"E o verdadeiro amor
    sustem
   com mãos gentis
        o coração
daqueles que entrelaça".

   (Autor desconhecido)
no Grande Livro do Amor

domingo, 4 de agosto de 2013

Porque hoje é Domingo (258)

 Irmãos, se um homem chegar a ser surpreendido em algum delito, vós que sois espirituais corrigi o tal com espírito de mansidão; e olha por ti mesmo, para que também tu não sejas tentado.
Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo.
Pois, se alguém pensa ser alguma coisa, não sendo nada, engana-se a si mesmo.
Mas prove cada um a sua própria obra, e então terá motivo de glória somente em si mesmo, e não em outrem;
porque cada qual levará o seu próprio fardo.
E o que está sendo instruído na palavra, faça participante em todas as boas coisas aquele que o instrui.
Não vos enganeis; Deus não se deixa escarnecer; pois tudo o que o homem semear, isso também ceifará.
Porque quem semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas quem semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna.
E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido.
Então, enquanto temos oportunidade, façamos bem a todos, mas principamente aos domésticos da fé.

 (Epístola de S. Paulo aos Gálatas Cap.6:1 a 10)

sábado, 3 de agosto de 2013

Um Poema de Silas Pego - O Filme


O Poeta Silas Pego e a esposa
No Jornal  - O Semeador Baptista - encontrei este interessante e tocante poema, da autoria de Silas Pego, como "Celebração" dos seus setenta anos. Conheço o poeta desde jovem e tenho por ele um grande carinho e uma enorme admiração.

O poema é m tanto extenso, porém creio que sendo tão rico, valerá a pena lê-lo na totalidade.

 Uma introdução:

"Hoje, 26 de Junho de 2013, é o dia que ultrapasso os 70, esse número redondo de que a Bíblia nos fala assim:

A duração da nossa vida é de 70 anos e se alguns, pela sua robustez, chega aos 80 anos, o melhor deles é canseira e enfado, pois passa rápidamente e nós voamos.

Curiosamente, estas palavras são  atribuidas a um homem que iniciou  a sua epopeia aos 80 - Moisés! E será dele ainda esta belíssima oração:

Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos corações sábios. (Livro dos Salmos 90:7 e 12)

Este é um tempo de balaço que aqui pretendo assinalar com gratidão, nestes 7 degraus  ou "migalhas", em saltitantes versos.

O FILME

Acção 1

Paragem na vida
que passa os 70
Já nada se inventa
Pois tudo é sabido...
Se o tempo nos foge
Não foge nem mente
E o que era aparente
Passou sem sentido...
E em beve balanço
De vida já longa
P`rá  além se prolonga
O bem que ficou
E o saldo proclama
Com graça e verdade
Fé na eternidade
De quem nos amou!

Acção 2

No tempo que passa
Presente que morre
Futuro que corre
Quem diz onde estou?
E tu que me escreves
Com tinta a correr
Será que a escrever
Me dizes quem sou?
Espelho da vida
Que vês ao contrário
Meu ser solitário
Que dizes de mim?
E em sua magia
Que tudo devassa
Num filme que passa
Mostrou-me-...assim:

Acção 3

Já vejo ou vislumbro
Com olhos fechados
Meus dias passados
Num filme de mudos...
E a base sonora
Que envolve o cenário
Transforma o calvário
Das lanças e escudos!
Celestes poemas
De acordes e arranjos
Suspendem os anjos
Cantando alegria!
E vendo onde estive
Mas cheio de encanto
Surpreso me espanto
Ao ver cruz vazia...

Acção 4

E abrindo meus olhos
Eu vejoesse monte
Com novo horizonte
Que espraia harmonia!
Quem sou e onde estou
No tempo presente
Que sente o que sente
Ao ver cruz vazia?
Só a lança quebrada
Do centurião
Recorda, no chão,
A intensa agonia...
E o filme revela
Que a VIDA voou
E a morte deixou
Aos pés de Maria...

Acção 5

Subindo em vapor
No espaço do tempo
Meu tempo acrescento
Sem peias ou dor...
Saudades são asas
E a vida que tenho
Cravada no lenho
Renasce em fulgor!
Silêncio de mudo
Contemplo essa paz
Que Cristo me traz
Por graça e favor
E o novo cenário
Do filme que passa
Ostenta essa graça
Do meu Redentor!

Acção 6

E olhando p`ra trás
Quem és tu que passas
Chorando as desgraças
Do filme que é teu?
Quem és, meu amigo
Que gemes e choras
Mas deuses que adoras
Não chegam ao céu?
Se ao menos pudesse
Voltar ao passado
E dar-te o recado
Que está tudo feito...
Se ao menos pudesse
Com este poema
Romper-te o dilema
Que abrasa o teu peito...

Acção 7

Já solto no espaço
Que o filme projecta
Bem perto da meta
Já ouço um cantor!
E a música em canto
Batuta que é cetro
Traureio e soletro
Pois sei-a de cor!
E os astros que vejo
Tão perto de mim
Me dizem assim
Com voz de tenor
 - Bem-vindo, que chegas
Por creres somente
Que a VIDA é um presente
De Cristo, o Senhor!

Silas Pego
Braga, 13.06.26


sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Os meus Parabéns ao Hospital de Santa Cruz, em Carnaxide - Lisboa


Hospital de Santa Cruz - Carnaxide - Lisboa

Gosto muito do Hospital de Santa Cruz, em Carnaxide.  A minha  mãe foi seguida durante muitos anos nesse hospital e foi lá que veio a falecer com 91 anos.Eu, estou inscrita na consulta de Nefrologia - Drª Maria Augusta Gaspar - há vários anos, e só "tenho bem a dizer". Já fui submetida a uma intervenção cirùrgica que correu muito bem e resolveu um problema que eu tinha há muitos anos. Anteontem, estive naquele hospital uma vez mais, com uma consulta marcada para as 9 e 30 da manhã. Precisamente ás 9 e 30, "certinhas", eu estava a inscrever-me no balcão da central de consultas, onde fui atendida com todo o profissionalismo. Aguardei, poucos minutos, e logo fui chamada. Como sempre, a Drª Augusta, recebeu-me muito bem, e ouviu-me  no que tinha para lhe dizer, acerca da minha situação de saúde. Observou-me, depois, e disse-me o que achava importante dizer, e procedeu ao receituário e marcação da próxima consulta, que terá lugar daqui a um ano, o que é um bom sinal, pois se a situação fosse considerada grave, marcaria para mais cedo.
Ao sair do hospital olhai o relógio que marcava 10 e 15, o que significa que apenas demorei, entre entrar e sair, 45 minutos. Não me lembro, em toda a minha vida, de isto ter acontecido alguma vez.

Pude ainda  observar, que a central de consultas sofreu obras de beneficiação, estando pintada e decorada, e o chão revestido, com materiais de cores suaves e  que dão ao espaço um ar  alegre, acolhedor e confortável. Sei que o hospital luta com dificuldades de espaço e de orçamento, dada a crise, mas apesar disso
dá para ver que há uma boa gestão e uma excelente qualidade nos cuidados de saúde prestados.
Muito me alegro por isso!

Num momento difícil da vida do país, e quando se ouvem as vozes maldizentes, que em vez de ajudar, "desajudam", é muito animador e bom, saber que há quem faça bem, e que há instituições que com brio e muito esorço, são exemplares.
Os meus parabéns á Administração e a todos os médicos, enfermeiros, técnicos e todo o restante pessoal, por estarem á altura das responsabilidades.

Irei enviar em e-mail felicitando a Administração do Hospital e todos os profissionsis daquela instituição.