segunda-feira, 31 de março de 2014

O Loureiro - Loureiro dos poetas / loureiro vulgar - Lauráceas

Loureiro comum ou Nobilis
O Loureiro era a árvore consagrada a Apolo, o deus grego da profecia, da poesia e da cura. As profecias eram transmitidas através da sua  sacerdotisa de Delfos, que, entre outros rituais comia uma folha de loureiro antes de proferir o seu oráculo. Como as folhas de loureiro,  em grandes quantidade, são ligeiramente narcóticas, talvez fossem  responsáveis  pelo estado de transe das sacerdotisas. O telhado do Templo de Apolo, em Delfos, era inteiramente coberto de folhas de loureiro, que protegem da doença, da feitiçaria  e dos relâmpagos. As coroas feitas com estas folhas tornaram-se a marca de excelência de poetas e atletas e, para os Romanos o loureiro era o  símbolo da sabedoria e da glória. A palavra latina laurus significa "honrarias e nobilis, (celebre), (nobre).

Folhas secas

Usar poucos dias depois de secas, para não se perder o aroma; o odor das folhas secas já velhas não é tão intenso. 

Duração

Árvore de folhas persistentes;  quando velha as raízes são resistentes, mas as folhas morrem com os ventos muito frios.

Altura
Sete  a vinte metros

 Utilização
Na decoração
Planta Inteira. Desbastar e cultivar em sebes ornamentais.
Na culinária
Folhas - misturar em ramos de cheiros para  estufados, sopas e molhos. Adicionar a marinados, caldos,  sopa de batatas,  recheios, pâtês, caris, caça e caldos de peixe. Retirar a folha antes de servir.Cozer em leite para aromatizar cremes de leite e ovos e pudins de arroz. Usar como guarnição.
Para aromatizar
Ramo  - pendurar para refrescar e perfumar o ar.
Na medicina
Folha em infusão, ajuda a fazer a digestão e estimula o apetite.

Nota importante:
Todas as árvores denominadas loureiros, excepto o loureiro vulgar, SÃO  VENENOSAS.

No Guia Prático  - Plantas Aromáticas - de Lesley Bremness
(Oferta do Jorge no Natal de 2002)

Uma "gracinha":

Lembro-me, de quando era adolescente, na zona de Leiria, onde vivia, ouvir grupos de mulheres no campo a trabalhar e que cantavam assim:

"Ó loureiro, ó loureiro
ó loureiro ramalhete!
ó loureiro, ó loureiro
ó loureiro  ramalhete!
Vou rifar o meu amor,
vou rifar o meu amor,
a dez réis cada bilhete!
Vou rifar o meu amor,
vou rifar o meu amor
a dez réis cada bilhete!"

Algum amigo se lembra desta musiquinha?

domingo, 30 de março de 2014

Porque hoje é Domingo (287)


Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda a imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus.
Recebei-nos em vossos corações; a ninguém agravamos, a ninguém corrompemos, de ninguém buscamos o nosso proveito.
Não digo isto para vossa condenação; pois já antes tinha dito que estais em nossos corações para juntamente morrer e viver.
Grande é a ousadia da minha fala para convosco, e grande a minha jactância a respeito de vós; estou cheio de consolação; transbordo de gozo em todas as nossas tribulações.
Porque, mesmo quando chegamos à Macedônia, a nossa carne não teve repouso algum; antes em tudo fomos atribulados: por fora combates, temores por dentro.
Mas Deus, que consola os abatidos, nos consolou com a vinda de Tito.
E não somente com a sua vinda, mas também pela consolação com que foi consolado por vós, contando-nos as vossas saudades, o vosso choro, o vosso zelo por mim, de maneira que muito me regozijei.

 (II Ep. de S. Paulo aos Coríntios cap.7:1 a 7)

sábado, 29 de março de 2014

Imagens - Um poema de Hilga K. Knorr

        Rosas  da casa dos meus pais - foto de viviana

 IMAGENS...

Voltei ao prédio de murais cinzentos
da antiga casa que me viu nascer,
á sombra espessa do plátano amigo,
da fonte clara onde fui beber.

No velho muro que circunda o sítio
a trepadeira ergue-se a florir.
Perfume agreste espalha, e o vento
sussurra manso, manso a sorrir.

Escuto aves que há gerações habitam
nos curvos galhos da  roseira em flor.
Vejo recantos que em meu ser palpitam,
imagens dos meus pais, sagrado amor!

 (Hilga K. Knorr)
no livro - A Escalada da Vida

quinta-feira, 27 de março de 2014

Jardins de camélias de Sintra e Açores ganham prémio internacional de excelência


(http://videos.sapo.pt/)

Parque da Pena, em Sintra, recebeu, na sexta-feira, em Espanha, a distinção de “Jardim de Camélias de Excelência” pela International Camellia Society (ICS), durante o Congresso bianual desta associação. O Parque Terra Nostra também foi distinguido pela instituição.
Esta distinção, que ainda sido atribuída a instituições portuguesas até agora, torna o Parque da Pena membro de uma rede internacional de jardins de excelência que coleccionam Camélias.
O processo que conduziu a este resultado teve início em 2009, quando a empresa Parques de Sintra lançou o projecto de recuperação e identificação botânica das Camélias do Parque da Pena, com o apoio da Associação Portuguesa de Camélias, de produtores e especialistas.
O projecto implica o estudo, classificação e recuperação da extensa colecção, que inclui 2258 exemplares concentrados principalmente em quatro locais do Parque da Pena: Jardim das Camélias, Jardim Rainha D. Amélia, Jardim da Condessa d’Edla e Alto do Chá. Actualmente estão identificadas 285 cultivares, pertencentes a cinco espécies diferentes.
Em 2013, o Parque da Pena decidiu candidatar-se ao ICS mas só agora foram conhecidos os resultados. A análise da candidatura implicou a visita ao local por parte de um elemento da International Camellia Society e, por último, durante o Congresso que se realizou em Pontevedra, a avaliação por um painel de especialistas, presidentes das várias associações nacionais de Camélias e membros da ICS.
Além do Parque da Pena, houve também outra classificação para o país, para o Parque Terra Nostra. Localizado nas Furnasd a ilha de São Miguel, nos Açores, o Terra Nostra, segundo a Bensaude, a empresa que gere o hotel do parque, possui uma colecção de mais de 600 variedades de camélias, algumas delas criadas pela equipa do jardineiro chefe, Fernando Costa.

(.http://fugas.publico.pt/)

quarta-feira, 26 de março de 2014

"Três filhas" de um Carvalho de Auchswitz recebem quem entra na Universidade de Tás-os-Montes e Alto Douro (UTAD)



Em 2006, Ismael Silva, descendente de Judeus, e ex-estudante da Universidade de Trás-os -Montes e alto Douro,  viajando com o seu filho de 16 anos pela Europa, visitaram o campo de extermínio de Auchswitz na Polónia.
Diz-nos Ismael Silva o seguinte:
"Absorto nos pensamentos, sentei-me num muro junto á entrada observando várias crianças originárias de vários pontos da Polónia que  iam visitar o campo em visita de estudo. O silêncio imperava e de quando em vez ouvia um tic, tic, tac,, fiquei atento e reparei  que eram bolotas que caíam do carvalho a cuja sombra me abrigara, pois estava calor. Então deixei que mais algumas caíssem e apanhei umas vinte , que meti no bolso. Trouxe-as comigo   e, depois,  perguntei a um amigo de Chaves o que lhes havia de fazer e ele deu-me indicações para as plantar em pequenos vasos. Germinaram quase todas mas, com o correr do tempo e porque as não tratava devidamente,  algumas morreram. Sobraram umas cinco, ofereci duas  ao meu amigo de Chaves e as outras três perguntei ao biólogo da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Carlos Crespi se as queria. Este, entusiasmado, aceitou de imediato, e ficou imensamente  satisfeito por isso, pois foi a forma  de preservar a minha visita a Auchswitz e enriquecer  o património botânico desta instituição onde estudei.
Chorei, quando vi a jovem Luisa, com paralisia cerebral,  plantar o carvalho  cuja semente  colhi no campo de extermínio de Auchswitz, na Polónia. Um dos descendentes do carvalho daquele campo de extermínio, recebe agora todos quantos frequentam  a Universidade de Trás-os Montes e alto Douro., logo na entrada principal do campus, para onde foi transplantado. ontem.
"Emocionei-me porque me lembrei de que apesar de deficiente, a jovem Luisa (da Associação Portuguesa de Paralisía Cerebral de Vila Real, que apadrinhou  a iniciativa) vive livremente, ao contrário dos deficientes judeus  que foram os primeiros  a ser exterminados".
Outro  dos  descendentes do carvalho de Auchswitz, que  António Crespi plantou numa mata  junto de outros carvalhos,  foi mutilado.Um burro que puzeram a pastar junto dele, comeu-lhe a folhagem e, não bastando isso, foi cortado por uma roçadora  mecânica operada por um  funcionário inexperiente. Está a rebentar de novo. "Assim se prova  a resistência do descendente do carvalho de Auchswitz, que após todas estas mutilações resistiu  e está pujante a renascer, tal como o povo judeu".
exemplifica António Crespi.

Nota:

Apreciei muito a atitude bela e tocante do Ismael Silva.
Gosto muito, muito, das árvores...
Já semeei bolotas em vasos e plantei  "por aí", juntamente com os netos e filhos, pelo menos seis carvalhos.


segunda-feira, 24 de março de 2014

Todo filho é Pai da morte de seu Pai


TODO FILHO É PAI DA MORTE DE SEU PAI

Há uma quebra na história familiar onde as
idades se acumulam e se sobrepõem e a
ordem natural não tem sentido: é quando
o filho se torna pai de seu pai.

É quando o pai envelhece e começa a trotear
como se estivesse dentro de uma névoa.
Lento, devagar, impreciso.

É quando aquele pai que segurava com força
nossa mão já não tem como se levantar sozinho.

É quando aquele pai, que antigamente mandava
e ordenava, hoje só suspira, só geme, só procura
onde é a porta e onde é a janela- tudo é corredor,
tudo é longe.

É quando aquele pai, antes disposto e trabalhador,
fracassa ao tirar sua própria roupa e não lembrará
de seus remédios.

E nós, como filhos, não faremos outra coisa senão
trocar de papel e aceitar que somos responsáveis
por aquela vida. Aquela vida que nos gerou depende
de nossa vida para morrer em paz.

Todo filho é pai da morte de seu pai.

Ou, quem sabe, a velhice do pai e da mãe seja
curiosamente nossa última gravidez. Nosso
último ensinamento. Fase para devolver os cuidados
que nos foram confiados ao longo das décadas, de
retribuir o amor com a amizade da escolta.

E assim como mudamos a casa para atender nossos
bebês, tapando tomadas e colocando cercadinhos,
vamos alterar a rotina dos móveis para criar os
nossos pais.

Uma das primeiras transformações acontece no banheiro.
Seremos pais de nossos pais na hora de pôr uma barra
no box do chuveiro.

A barra é emblemática, a barra é simbólica, a barra é
inaugurar um cotovelo das águas.
Porque o chuveiro, simples e refrescante, agora é um
temporal para os pés idosos de nossos protetores.

Não podemos abandoná-los em nenhum momento,
inventaremos nossos braços nas paredes.

A casa de quem cuida dos pais tem braços dos filhos
pelas paredes. Nossos braços estarão espalhados,
sob a forma de corrimões.

Pois envelhecer é andar de mãos dadas com o objetos,
envelhecer é subir escada mesmo sem degraus.

Seremos estranhos em nossa residência. Observaremos
cada detalhe com pavor e desconhecimento, com dúvidas
e preocupação. Seremos arquitetos, decoradores,
engenheiros frustrados. Como não previmos que os
pais adoecem e precisariam da gente?

Nos arrependeremos dos sofás, das estátuas e do
acesso caracol, nos arrependeremos de cada
obstáculo e tapetes.

E feliz do filho que é pai de seu pai antes da morte,
e triste do filho que aparece somente no enterro e
não de despede um pouco por dia.

Meu amigo José Klein acompanhou o pai até
seus derradeiros minutos.
No hospital, a enfermeira fazia a manobra da cama
para a maca, buscando repor os lençóis, quando o
Zé gritou de sua cadeira:

- Deixa que eu ajudo.
Reuniu suas forças e pegou pela primeira vez seu
pai no colo.

Colocou o rosto de seu pai contra o peito.
Ajeitou em seus ombros o pai consumido pelo
câncer: pequeno, enrugado, frágil, tremendo.

Ficou segurando um bom  tempo, um tempo
equivalente à sua infância, um tempo equivalente
à sua adolescência, um bom tempo, um tempo
interminável.

Embalou o pai de um lado para o outro.
Aninhou o pai.
Acalmou o pai.
E apenas dizia, sussurrado:
- Estou aqui, estou aqui, pai!

O que um pai quer apenas ouvir no fim de sua
vida é que seu filho está ali!

(Fabrício Carpinejar).

Fonte da imagem:

http://www.google.com.br

Nota:

Encontrei este belo e importante texto no blogue da minha amiga Ana - 
http://anamgs.blogspot.pt/

Não resisti a trazê-lo para o partilhar aqui com os amigos

domingo, 23 de março de 2014

Porque hoje é Domingo (286)


Jesus prediz a sua morte e a sua ressurreição

E, subindo Jesus a Jerusalém, chamou à parte os seus doze discípulos, e no caminho disse-lhes:
Eis que vamos para Jerusalém, e o Filho do homem será entregue aos príncipes dos sacerdotes, e aos escribas, e condená-lo-ão à morte.
E o entregarão aos gentios para que dele escarneçam, e o açoitem e crucifiquem, e ao terceiro dia ressuscitará.
Então se aproximou dele a mãe dos filhos de Zebedeu, com seus filhos, adorando-o, e fazendo-lhe um pedido.
E ele diz-lhe: Que queres? Ela respondeu: Dize que estes meus dois filhos se assentem, um à tua direita e outro à tua esquerda, no teu reino.
Jesus, porém, respondendo, disse: Não sabeis o que pedis. Podeis vós beber o cálice que eu hei de beber, e ser baptizados com o baptismo com que eu sou baptizado? Dizem-lhe eles: Podemos.
E diz-lhes ele: Na verdade bebereis o meu cálice e sereis baptizados com o baptismo com que eu sou baptizado, mas o assentar-se à minha direita ou à minha esquerda não me pertence dá-lo, mas é para aqueles para quem meu Pai o tem preparado.
E, quando os dez ouviram isto, indignaram-se contra os dois irmãos.
Então Jesus, chamando-os para junto de si, disse: Bem sabeis que pelos príncipes dos gentios são estes dominados, e que os grandes exercem autoridade sobre eles.
Não será assim entre vós; mas todo aquele que quiser entre vós fazer-se grande seja vosso serviçal;
E, qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, seja vosso servo;
Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos.
(Ev. de S. Mateus cap. 20:17 a 28)

sábado, 22 de março de 2014

In Memorian - Fernando Ribeiro e Castro



Fernando Ribeiro e Castro
 O presidente e fundador da Associação Portuguesa das Famílias Numerosas (APFN), Fernando Ribeiro e Castro, morreu esta quinta-feira, aos 62 anos.
A informação foi avançada em nota publicada na página da APFN, na qual se sublinha a “a coragem e desassombro com que defendia princípios e convicções” do falecido responsável, elogiado ainda pela “energia inacreditável que o levou a trabalhar até ao último dia da sua vida”.
A associação recorda também a “generosidade e desprendimento totais, com que se dava e sempre se deu às causas da defesa da Vida e da Família”.
Fernando Castro dedicou-se durante vários anos à causa da natalidade e da família, estando na origem da APFN, que nasceu em 1999 com o objetivo de defender e promover os direitos das famílias que optam por ter mais de dois filhos.
A propósito de um trabalho sobre medidas de incentivo à natalidade, disse recentemente à Renascença que para este Governo os filhos valiam “zero”.
“Para o Estado os filhos passaram a valer zero. No que diz respeito ao cálculo do IRS, por exemplo, não entra em linha de conta a dimensão da família. É completamente injusto, uma família com o mesmo rendimento, sem filhos, pagar de taxa de IRS igual como se tivesse dez filhos”, lamentou.
O corpo de Fernando Ribeiro e Castro está em câmara ardente na Igreja de São Domingos  de Rana, Patriarcado de Lisboa, e o seu funeral realiza-se no sábado.

(Lisboa, 21 mar 2014 (Ecclesia)


Nota  Pessoal:
Presto a minha Homenagem  sentida a este grande  Homem corajoso e bom.
 Agradeço a Deus por a sua preciosa vida e por tudo que fez.
Deixou um rasto, um rasto de luz.
Descansa agora dos seus trabalhos e as suas obras o seguiram.
 Ele e a Leonor - sua esposa - escolheram ter uma família numerosa - treze filhos.
 Sou amiga de um deles: O padre Marcos Castro, um jovem de vinte e oito anos, que dirigiu     o funeral do meu cunhado Mário em Dezembro passado, onde o conheci e com ele iniciei      uma  bonita amizade. É uma pessoa linda, de uma alegria e de um sorriso contagiante. Uma fiel testemunha de Cristo.
  Quero-lhe muito bem.
O Padre Marcos Daniel Castro -  Oitavo filho de  Fernando Ribeiro e Castro e Leonor

A Família Castro há dois anos atrás.

"Somos a família Castro. O pai Fernando tem 59 anos e trabalha numa associação promotora da economia do mar. A mãe Leonor tem 57 anos e é voluntária numa associação de apoio a gravidezes em risco. Temos 13 filhos e 20 netos. Os oito mais velhos já são autónomos e exercem as suas profissões. Os cinco mais novos, que vivem connosco, são o David com 23 anos e é finalista de engenharia electrotécnica, o Bernardo com 21 anos e estuda gestão portuária, o Samuel de 16 anos e está no 11º ano, o Lourenço, de 14 anos no 9º ano e a Teresa de 10 anos no 4º ano".
(http://www.apfn.com.pt/)


Faleceu "o pai" das Famílias Numerosas.
- O Fernando construiu (com a Leonor) uma Família, Grande.
- O Fernando construiu a "Associação das Famílias Numerosas", Grande.
- O Fernando construiu uma realidade sociológica – as Famílias Numerosas, Grande.
- O Fernando construiu um modelo de intervenção social e político, Grande.
- O Fernando construiu amizade, cumplicidade e afecto, Grande.
- O Fernando foi um oficial de Marinha, e um profissional, Grande.
- O Fernando construiu, cultura da vida e de Família, Grande.
- O Fernando construiu tudo, com a sua família Grande.
- O Fernando é Grande.
                                      
Curvamo-nos perante a sua memória.


 Obrigado, a toda a sua família e, ao Fernando Ribeiro e Castro.
                                    
Isilda Pegado
Federação Portuguesa pela Vida

sexta-feira, 21 de março de 2014

"Sobrevivência" - Uma história muito bela e tocante

É possível que os amigos já conheçam, porém para mim, é impossível não partilhar.


quinta-feira, 20 de março de 2014

Primavera - Cecília Meireles


Canário no ninho - Fonte da imagem: sobrecanarios.blogspot.com 

«A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega.

Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, — e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores.

Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jeipur. Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pelos ares, — e certamente conversam: mas tão baixinho que não se entende.

Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores, alegremente, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol.

Esta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as árvores cobertas de folhas, — e só os poetas, entre os humanos, sabem que uma Deusa chega, coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com os braços carregados de flores, e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz.

Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação.

Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem, deste movimento do céu. E os pássaros serão outros, com outros cantos e outros hábitos, — e os ouvidos que por acaso os ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora se entendeu e amou.

Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor.

Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, — por fidelidade à obscura semente, ao que vem, na rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da vida — e efémera».


Cecília Meireles

Nota:

A Primavera chegou hoje.

Adeus Inverno! Até Dezembro.

quarta-feira, 19 de março de 2014

PARABÉNS, SARA!


Hoje, dia dezanove de Março, a minha neta Sara  completa quinze anos.
Das sete meninas - netas, a Sara é a mais velha.
É filha  do meu filho João e da Regina.
Não esquecerei nunca o dia do seu nascimento.
É que,  aguardei na sala de espera  do serviço de Obstetrícia do Hospital da Amadora - Sintra, treze horas...
Era uma menina grande e o parto demorou mais.
Depois do João fui a primeira a vê-la.
Passou no corredor,  deitadinha, embrulhadinha, junto da Regina, na maca, a caminho da enfermaria.Pedi á funcionária  para parar um pouco e então, abeirei-me da menina e da mãe; primeiro dei um beijo na testa da Regina e disse-lhe: Muito obrigada, Regina, por me dar esta neta tão linda!
Depois, bom, depois, fixei os olhos na menina e sorri de felicidade.
Tinha uma cabeleira escura e uma carinha bem rechonchuda..
A Sara foi a neta que cresceu mais por perto de mim.
Por isso, posso dizer que a vi crescer.
Hoje, aos quinze anos, é uma jovem linda!
Morena, de cabelo castanho dourado
.Esbelta.
Mora no andar por cima de mim.
Todos os dias desce as escadas ás sete e quarenta para "apanhar" o autocarro para ir para a escola secundária, no Cacém.
Procuro estar sempre á porta para a cumprimentar e desejar-lhe um bom dia.
Ela aprecia isso.
A Sara tem uma voz melodiosa, bonita. Canta muito bem...
E toca  guitarra. 
É muito minha amiga; quer-me muito bem.
Abraça-me e diz-me : "Avó, gosto  muito de ti"!
Também gosto muito dela. e ela sabe.
Desde que soube que ela começava a formar-se no ventre da mãe, entreguei-a, por toda a vida, e por toda a eternidade (nós as duas cremos na eternidade) ao cuidado amoroso e terno do nosso Paizinho, a quem ambas muito amamos.
Sempre, sempre, até ao dia de hoje, continuo a orar por ela . Ela desce a escada, eu abro a janela, vejo-a caminhar e, olhando o azul do céu da minha Mira-Sintra, suplico ao Pai que a acompanhe e a dirija na escola e neste dia.
Sei que posso estar tranquila.
O seu futuro não me preocupa, pois sei que o seu e meu Deus dela cuidará sempre .
Comigo, aqui neste compartimento onde me  encontro, aos doze anos...ela convidou o Senhor Jesus Cristo a habitar no seu coraçãozinho para sempre. As duas juntas, de mãos dadas fizemos esse convite em únissono.
Como poderei esquecer esse momento!?

Parabéns, minha linda e querida neta Sara.
Sabes quanto te quero.
Podes sempre contar comigo para "o que der e vier".
Louvo ao nosso Deus pela benção da tua vida.
Vai em frente!
A vida, quando vivida com Cristo, é uma aventura maravilhosa!
Que Deus te abençoe
Um beijo carinhoso da avó Viviana


terça-feira, 18 de março de 2014

Mulher Mãe - Hilga K. Knorr

A minha querida e saudosa amiga Madalena Machado que nunca tendo casado, deu  a sua vida inteira  ás crianças do Lar Evangélico Português - no Porto.
Mulher Mãe

O problema solidão  não se restringe apenas a pessoas idosas. Muito mais, porém, as mulheres se sentem envolvidas com o estar só, quando, chegadas  a certa idade, fisicamente já menos atraentes, não tendo casado, vêem-se de repente de um outro ângulo.Não havendo ninguém da família que necessite do seu apoio, estão frustradas. Quanta mulher, movida pelas circunstâncias, não se casou, portanto sem filhos, não é apenas uma mulher frustrada, mas uma mulher-mãe frustrada. É obrigada a reprimir todo o seu potencial dom de maternidade, reprimir  seu imenso carinho latente, por não ter encontrado o companheiro ideal. Li, há algum tempo a afirmação de que a mulher que não foi mãe nunca experimentou a verdadeira felicidade. Será que dar á luz é a plena e única realização? Naquele instante, não pude evitar de me lembrar dos milhares de mulheres, entre elas as religiosas, que nunca tiveram a felicidade de ser mãe e, no entanto, conseguiram dar tanto á humanidade! Talvez até mais que aquela que se dedica unicamente ao seu lar, à sua prole. Lembrei-me das inúmeras creches, dos orfanatos repletos de crianças abandonadas, filhos gerados por mulheres que deles se separaram pelas circunstâncias ou por mero desleixo.Cheguei á conclusão de que,  se entre nós existem criaturas que nunca foram mães e se sentem frustradas por isso, talvez nunca se deram conta  de que teriam, neste vasto mundo de Deus, possibilidades mil para realizar os seus anseios, pois não é apenas o parto que traduz a felicidade de ser mãe, é todo o carinho, o desvelo que se segue àquele, é a educação, é o dia-a-dia, a protecção total que uma criança necessita!
A ausência de carinho das crianças cujas mães não tiveram a felicidade de permanecer vivas ou que não sentiram aquela realização de mãe, pode ser preenchida por outra mulher, talvez com mais intensidade do que a legítima teria  capacidade de  oferecer a seu filho. Tenho certeza de que menos solidão haveria  se as mulheres frustradas chamassem   a si a tarefa de amar e educar os filhos  daquelas que não o puderam fazer!

(Ilga K. Knorr - no livro -A ESCALADA DA VIDA

domingo, 16 de março de 2014

Porque Hoje é Domingo (285)

Casa de Oração da Igreja Baptista de Morelena

Naqueles dias, havendo uma grande multidão, e não tendo o que comer, Jesus chamou a si os seus discípulos, e disse-lhes:
Tenho compaixão da multidão, porque há já três dias que estão comigo, e não têm o que comer.
E, se os deixar ir em jejum, para suas casas, desfalecerão no caminho, porque alguns deles vieram de longe.
E os seus discípulos responderam-lhe: De onde poderá alguém satisfazê-los de pão aqui no deserto?
E perguntou-lhes: Quantos pães tendes? E disseram-lhe: Sete.
E ordenou à multidão que se assentasse no chão. E, tomando os sete pães, e tendo dado graças, partiu-os, e deu-os aos seus discípulos, para que os pusessem diante deles, e puseram-nos diante da multidão.
Tinham também alguns peixinhos; e, tendo dado graças, ordenou que também lhos pusessem diante.
E comeram, e saciaram-se; e dos pedaços que sobejaram levantaram sete cestos.
E os que comeram eram quase quatro mil; e despediu-os.
E, entrando logo no barco, com os seus discípulos, foi para as partes de Dalmanuta.
(Marcos 8:1-10)

sábado, 15 de março de 2014

Orem comigo, por favor


... "ORAI UNS PELOS OUTROS, PARA QUE SAREIS.
 A ORAÇÃO FEITA POR UM JUSTO (justificado por Cristo - crente) PODE MUITO EM SEUS EFEITOS"
(Ep. de S. Tiago cap.5:16b)

"MAS TU, QUANDO ORARES, ENTRA NO TEU QUARTO E,  FECHANDO A PORTA, ORA A TEU PAI QUE ESTÀ EM SECRETO ; E TEU PAI, QUE VÊ EM SECRETO, TE RECOMPENSARÀ PUBLICAMENTE":
(Ev.de S. Matreus cap. 6:6)

Como confio  plenamente, no poder  da Oração intercessória, venho mais uma vez pedir aos estimados amigos que por aqui passarem, o grande favor de juntarem as vossas ás minhas preces, a favor de um homem  bom, que de repente se viu confrontado por uma doença grave, tendo já sido submetido a uma intervenção cirúrgica, no I.P.O., em Lisboa, estando agora em recuperação.
O seu nome é João.
Muito obrigada.
Que o Deus de amor e toda a bondade, vos recompense.

sexta-feira, 14 de março de 2014

Freira Ajoelhada - (The Kneeling Nun)

Pode ver-se a figura da Freira rezando - no cimo junto ao mar
Fonte da imagem:
jonesjournal317.blogspot.com 
O meu filho João Marcos, que é livreiro, sabendo há muito tempo  da minha paixão pela Natureza, há alguns anos atrás ofereceu-me um livro excelente - 1001 Maravilhas Naturais - que deveria ver antes de morrer - da autoria de Michael Bright.
As 950 páginas  deste livro são de uma riqueza e beleza extraordinárias. É uma inesgotável fonte  de conhecimento e saber.
Hoje, olhando o livro, que está numa estante aqui ao meu lado, decidi dar a conhecer aos meus amigos  um pouco do muito que encerra. Optei por vos apresentar a FREIRA AJOELHADA- que fica no Novo México - Estados Unidos da América do Norte.

A lenda da Freira Ajoelhada ( The Kneeling Nun) conta como uma freira local auxiliou um soldado espanhol ferido e depois, apesar dos seus votos se apaixonou por ele. Como resultado foi expulsa do Convento e transformou-se em pedra, para passar a eternidade no alto de uma montanha ajoelhada a rezar. É talvez uma história imaginada, mas a gigante formação rochosa na Montanha kneeling Nun parece, de facto,  uma freira de cabeça curvada perante um altar.
A origem desta formação geológica não é assim tão romântica, é mais dramática. Há 15 milhões de anos, uma erupção vulcânica mil vezes maior do que a erupção de  1980  no Monte Santa Helena libertou uma nuvem ardente de cinzas e pedra pomes que cobriu toda a paisagem. Os detritos vulcânicos transformaram-se em rocha sólida, que depois sofreu os efeitos da erosão, após ter sido levantada  pela formação da cordilheira de Santa Rita,. O depósito vulcânico sofreu então  o efeito da erosão do vento, da chuva e das geadas de Inverno transformando-se  neste invulgar monumento em pedra. A Freira Ajoelhada  sobrepõe-se  á Mina Chino e localiza-se a ocidente do Novo México, que fica a cerca de  32 km a Este da Cidade de Prata.. JK
 No livro - 1001 Maravilhas Naturais
que deveria ver antes de morrer - de Michael Bright

quarta-feira, 12 de março de 2014

Instruções para viver na Terra



Um dia pedi a DEUS instruções para viver na terra DEUS encostou a sua boca ao meu ouvido e disse: 
Sê como o Sol! Levanta-te cedo e não te deites tarde! 
Sê como a lua, brilha na obscuridade! Porém submete-te à luz principal! 
Sê como os pássaros! Come, bebe, canta e vôa! 
Sê como as flores! Enamoradas pelo sol, porém fiéis às suas raízes! 
Sê obediente e fiel ao teu DEUS! 
Mais do que os animais de estimação são aos seus donos! 
Sê como a fruta! Bela por fora e saborosa por dentro! 
Sê como o dia! Que chega e parte, sem querer dar nas VISTAS! 
Sê como o oasis! Dá a tua água ao sedento! 
Sê como a lanterna! Mesmo pequena emite luz própria! 
Sê como a água! Boa e transparente! 
Sê como o rio! Caminha e dá caminho! 
E acima de tudo, sê como o céu, A MORADA DE DEUS! 
Tu és o meu DEUS. Ensina-me a fazer a Tua vontade. Que o Teu bondoso espírito me guie pelo caminho reto. Salmo 143:10 
Senhor: não permitas que me deixe ficar onde estou! Ajuda-me Senhor, a chegar onde Tu espera que eu chegue!


(Autor desconhecido)
Recebido via - e-mail