O rebento de hera arrasta a sua cauda de verdura ao longo do chão, de raíz a raíz, ou trepa bem alto, como um labirinto fortuito, pelo ulmeiro e pelo freixo, e á volta de cada trenco tece ume rede fantástica e enreda cada ramo com folhas de inúmeras formas, guarnecendo-o de pálidos rebentos verdes e botões semi-abertos . A hera, que é entre as nossas flores, uma das últimas a ter rebentos verdes! As suas sementes amadurecem e dão brilhantes e pretas bagas, inacessivéis á geada do inverno e alimento dos pássaros, seus hóspedes. A hera, a mais bela e a mais rápda das plantas , invadindo as árvores vizinhas, por troncos e ramos, com folhas brilhantes e acetinadas, enroscando-se tenazmente. E o resto do bosque nu veste o fresco manto verde.
( Bispo Mart.)
Do livro - A alegria de viver com a natureza - de Edith Holden
Curioso, sabe que eu conheci a Dª Edith Holden e que frequentei a casa dela (palacete) quando ainda era pequena?
ResponderEliminarPois é, junto com o marido, ela foi uma das impulsionadoras do evangelho em Almada.
Conheceu-a?
Olá Mimi,
ResponderEliminarEsta Edith Holden, naturalista e autora do livro que cito,nasceu e viveu na Inglaterra no século dezanove.
Aquela outra a quem a Mimi se refere, O pastor leal sabe bem quem foi e diz que faz parte da história dos "Irmãos" em Portugal.
Curioso terem o mesmo nome.