sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Perenidade


Nada no mundo se repete.

Nenhuma hora é igual á que passou.

Cada fruto que vem cria e repete

uma doçura que ninguem provou.


Mas a vida deseja

em cada recomeço o mesmo fim.

E a borboleta, mal desperta, adeja

pelas ruas floridas do jardim.


Homem novo que vens, olha a beleza!

Olha a graça que o teu instinto pede.

Tira da Natureza

O luxo eterno que ela te concede.


( Miguel Torga)

Sem comentários:

Enviar um comentário