segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Os pintassilgos




O pintassilgo, (Carduelis – Carduelis) é uma pequena ave Fringilídea, que mede cerca de13 centímetros, e é comum em toda a Europa.
Fora da época de acasalamento, estas aves andam habitualmente em grupos, que podem atingir os 40 indivíduos.
Na época de acasalamento, separam-se por pares voltando a integrar os grupos depois da vinda dos filhotes.
Nidificam em terrenos abertos e bordas de bosques, em parques e jardins, entre Abril e Maio, pondo entre 4 a seis ovos azuis com manchas pretas, que eclodem ao fim de 11 a 14 dias. Fazem duas posturas e a incubação é feita pela fêmea.
Alimentam-se de grãos silvestres, principalmente sementes de cardos, o que lhe dá o nome de Carduelis – Carduelis. È frequente vê-los em bandos no fim do verão, saltitando de cardo em cardo.
Tem um canto melodioso, motivo pelo qual ainda hoje são capturados para as gaiolas.


Pois bem, há cerca de uns 6 anos atrás, um amigo ofereceu-me um pintassilgo numa gaiola, mas tive-o durante pouco tempo, pois o pobre do passarinho denotava que não tinha sido criado para aquela vida, levando o tempo todo a tentar sair da gaiola e libertar-se
Um dia, quando uma empresa procedia á substituição dos armários da cozinha, um dos funcionários começou a conversar comigo sobre o pintassilgo que ali estava. Às tantas, perguntou-me se eu permitia que o tirasse da gaiola para me mostrar um “truque” que os pintassilgos fazem; eu respondi que sim. Então ele pega no pintassilgo e tira-o da gaiola e, imediatamente, o passarinho fica deitado de barriga para cima, de olhos fechados, como se estivesse morto, na mão dele! Passou-o para a minha mão e o animalzinho continuou a fingir que estava morto… só depois de o colocar novamente na gaiola, ele de um salto… fica todo “vivaço” e cheio de energia! Nunca tal tinha visto!
Mas o momento mais interessante da vida do “meu” pintassilgo, foi quando, num belo dia de sol e céu azul, eu pedi á minha neta Sara, então com uns três anos, que abrisse a porta da gaiola quando a coloquei no parapeito da janela.
Foi um momento único! Ela, com a sua pequenina mão abre a porta a tremer e imediatamente o pintassilgo sai a voar e nós ficámos a segui-lo com o olhar até ele desaparecer ao longe.
A partir daí, sempre que os vejo em grupo a comer as sementes de cardo, gosto de pensar que um deles será o “meu” pintassilgo.
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