terça-feira, 8 de abril de 2008

A galinha de água (Gallinula Chloropus)




Ontem o Lou dizia no seu poste que há muitos anos atrás, um “borracheiro” (creio que é o homem que arranja pneus furados) lhe disse: “O senhor precisa do mar e da areia da praia como do ar”.
Pois bem, a mim nunca ninguém me disse que eu preciso da água, dos rios, dos lagos, dos ribeiros, e de todos os cursos de água que por aí existem… mas eu sei que preciso e sinto que preciso.
Não sei explicar porquê! Mas ás vezes penso que pode ter sido por eu ter crescido nas margens do Rio Lis, em Leiria, e apanhado muita erva para os coelhos (tínhamos aí uns trinta) numa vala linda toda florida, onde para alem de uma imensa variedade de cores, havia uns enleios que tinham umas flores tipo trombeta, brancas como a neve, que trepavam pelas canas acima e me encantavam. Era no meio desse cenário que os rouxinóis e outras aves, faziam os seus ninhos entrelaçados entre as canas floridas.
Aqui perto da minha casa passa uma Ribeira – A Ribeira das Jardas – que também é linda e entre as muitas coisas que eu já lá observei estão as Galinhas de água. Ando cá com uma vontade de as ir “espreitar”!...
O seu nome clássico é Gallinula Chloropus.Vive nas margens dos cursos de água, onde haja vegetação abundante para se poder esconder e nidificar.
Não se deixa ver com facilidade, correndo assustada á aproximação das pessoas,
Tem cerca de 35 centímetros de comprimento. O macho e a fêmea são iguais e embora aparentando ser preta, é castanho - escura. Apresenta uma zona frontal avermelhada e penas brancas debaixo da cauda. O bico é vermelho com uma extremidade amarela.
A reprodução acontece na Primavera e o ninho é construído por o macho e a fêmea entrelaçando juncos e ervas, junto ao solo, em forma de taça. A fêmea põe entre cinco a quinze ovos, cuja incubação demora entre 19 a 22 dias.
È comum vê-la caminhando ao longo das margens das zonas húmidas, bamboleando a cabeça como é habitual observar nas galinhas domésticas, enquanto caça insectos aquáticos, larvas, aranhas e moluscos. A alimentação é completada com sementes e brotos de plantas.
Se um dia viajarem para a Zona de Rio – Maior, e as quiserem observar, vão até ao Arrimal que fica ali perto e deliciem-se a vê-las com os filhotes num lago natural que ali existe.

3 comentários:

  1. Olá Viviana!
    O que eu venho aqui aprender...
    Para além de palavras bem escritas.
    Obrigada pela sua visita e pelas suas belas palavras
    Um beijinho
    BC

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  2. Olá bc!

    Na verdade, eu aqui, vou falando das coisas simples que eu gosto.
    Um dia uma coisa, outro dia outra...

    Obrigada pela visita e pelas palavras amáveis.

    Um abraço
    viviana

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  3. É pena que depois das obras de regularização do leito da Ribeira das Jardas já poucas vezes se vêem as galinhas d´água....

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