sexta-feira, 27 de junho de 2008

As amoras



O meu país sabe a amoras bravas

no verão.

Ninguém ignora que não é grande,

nem inteligente, nem elegante o meu país,

mas tem esta voz doce

de quem acorda cedo para cantar nas silvas

Raramente falei do meu país, talvez

nem goste dele,

mas quando um amigo

me traz amoras bravas

os seus muros parecem-me brancos

reparo que também no meu país o céu é azul.

(Sophia de Mello Breyner Andresen)

11 comentários:

  1. Bom dia amiga passo para lhe desejar um maravilhoso fim de semana.
    Deixei umas coisinhas fresquinhas lá no meu cantinho.
    Aqui no meu terreno temos imensas amoras e grandes. Odeio aquelas silvas pois são uma praga e picam imenso, mas que dão uns frutos maravilhosos lá isso dão. Peço sempre ao meu marido para lá ir apanhar e depois congelo as amoras e tenho o ano todo para fazer compotas e outros doces.
    Muitos beijinhos.
    Fique bem. Fique com Deus.
    Anita (amor fraternal)

    ResponderEliminar
  2. A poesia da Sophia sempre tão bela,
    tão realista.
    Um país pelo qual ela lutou!
    Um país que ela diz que nem gosta, mas chega à conclusão que o céu no fim também é azul.
    Mas isso são histórias do passado.
    BEIJINHOS VIVIANA, E UM BOM FIM DE
    SEMANA

    ResponderEliminar
  3. Sofia...eternamente...

    Hoje o Mar adormeceu na Aurora
    O dia desponta em doce calmaria
    Um barco cede ao embalo do vento
    Uma gaivota na escarpa o ninho vigia

    Hoje o Sol pintou de luz o verde
    As hortênsias são nuvens na terra
    Plantadas por um deus romântico
    No sortilégio que esta ilha encerra


    Bom fim de semana


    Mágico beijo

    ResponderEliminar
  4. Olá Anita,

    Sim, as silvas são muito "teimosas"...

    Para as desarraigar de um terreno é bem complicado!

    Mas lá está, dão-nos as saborosas amoras...

    Um grande abraço e um bom fim de semana
    um abraço
    Viviana

    ResponderEliminar
  5. Olá Anita,

    Sim, as silvas são muito "teimosas"...

    Para as desarraigar de um terreno é bem complicado!

    Mas lá está, dão-nos as saborosas amoras...

    Um grande abraço e um bom fim de semana
    um abraço
    Viviana

    ResponderEliminar
  6. Olá Isabel,

    Sim... a Sophia amava o seu País!

    Ela não gostava de o ver ser governado como era...

    Tenha um excelente fim de semana
    um abraço
    Viviana

    ResponderEliminar
  7. olá Profeta,

    Sei que gosta da poesia da Sophia.

    Esse excerto do eu poema é lindo!

    "Cheira" á linda Ilha dos Açores...

    Enquanto leio, estou a ver.

    Deve gostar muito de aí viver, não?
    Alem do mais... tem imensos motivos para os seus belos poemas.

    Tenha um excelente fim de semana
    Um beijo
    Viviana

    ResponderEliminar
  8. A pensar sério teriamos motivos (alguns graves) para não gostar do nosso país.
    No entanto, também temos muitos motivos que nos enchem de orgulho.
    Vale-nos ter entre outras coisas, frutos saborosos e coloridos que vão dando cor e sabor à vida, ainda que estes sejam silvestres.

    Bom fim de tarde.

    R.I.


    O endereço do blog..
    http://www.padremario.blogspot.com/

    ResponderEliminar
  9. Tem um dia bem passado, nesse lugar belíssimo que é o Carrascal.
    Quanto ás amoras...lembraste de dizermos, quando andávamos a elas, juntos com outros meninos: gostas de amoras ? Vou dizer ao teu pai que já namoras ! Quantas recordações!!!...Me trazes à memória, com as Histórias do teu blogue.

    Não aprecio muito estes versos, têm pouco sumo, mas para a fotografia do lindo cacho de amoras, está bem escolhida. O nosso belo país está cheiinho de sumo!!!...Ele é tanta coisa boa!!!...Ele é um cantinho do Céu!!!... Quem não gastaria de viver nesta tranquilidade?!?!?...Temos um Sol radioso, areias douradas, mar sem fim... e uma claridade sem par...e o céu? É de um azul celeste de sonho!!!...
    Um xi-coração apertadinho

    ResponderEliminar
  10. È isso, Rosa.

    Há que ver tambem todas as muitas coisas positivas que temos.
    E ser-mos agradecidoa a Deus!

    Um grande abraço
    Viviana

    ResponderEliminar
  11. Olá maninha Esperança,

    Se me lembro das amoras na nossa infancia!

    Ainda meias verdes nós já andávamos a elas pelos silvados!

    Quanto ao poema... a Sophia amava muito a sua Pátria!

    Os poetas são assim mesmo, não têm problemas em dizer o que sentem...

    Há muitas coisas menos boas, que ela via e não gostava.

    Mas ela já cá não está.

    claro que não me aborreci por não gostares do Poema. Estás no teu direito.

    Um beijinho para os dois.
    Boa noite
    Viviana

    ResponderEliminar