domingo, 9 de agosto de 2009

Um adeus a Raul Solnado


Raul Solnado

Hoje, tive a sensação que pairava no ar uma certa tristeza.

O meu próprio coração esteve mais quieto e sossegado que o habitual.

È que tínhamos por cá, um homem muito especial chamado Raul Solnado, que era actor. Ele idendificou-se de tal maneira com o povo português, e o povo português com ele, que posso afirmar, que ele era o mais querido, o mais amado, e o mais popular artista português...

Para além disso ele era uma pessoa humana extraordinária!
Um homem de carácter, um homem bom, um homem perto do qual ninguem podia estar triste.
Já há muito que o seu coração começou a ficar cansado, e nos últimos tempos, segundo ele próprio afirmou, o seu coração estava preso por um fio. E assim, aos 79 anos, na madrugada de ontem, a sua vida apagou-se e ele deixou-nos.
Tenho a certeza que este homem vai ficar na memória de todos os portugueses, pois creio não haver uma só pessoa que o não conhcesse e admirasse.

»Costumava dizer que uma piada levava horas a ser feita e se esgotava num instante.
Aos 79 anos, Raul Solnado parou de rir: morreu ontem de manhã, vítima de doença cardiovascular grave, no Hospital de Santa Maria, em Lisboa.
A gargalhada foi a sua arma em mais de meio século de carreira, com marcas fortes na televisão, teatro e cinema. As piadas fintaram a censura, brincaram com a guerra, entraram na farsa, na revista e no concurso popular.

Lisboeta de gema, do bairro da Madragoa, conservou sempre o ar traquina de miúdo e começou no teatro amador, em 1947, onde disse ter sido o actor António Silva quem puxou por si. Depois de se estrear no palco do Maxime, Solnado marcou o humor graças ao monólogo ‘A Guerra de 1908’, depois editado em disco e que se tornou êxito em 1962.
Foi o começo de uma forma de humor satírica e sem nunca recorrer ao palavrão, opção que Raul Solnado sempre rejeitou nos seus números. Hoje muitos consideram as suas rábulas percursoras do popular género da stand up comedy.

Ainda antes da televisão, com ‘Zip-Zip’ (1969), Solnado usou o teatro para vincar o seu nome, ao ponto de se lançar na abertura do Teatro Villaret, que abriu em 1965, tendo-o como protagonista em ‘O Impostor-Geral’. Mais tarde, luta pela classe e cria em 1999, com Armando Cortez, a Casa do Artista, de que era director, para apoio na terceira idade.

Embalado pelo sucesso televisivo ao lado de Carlos Cruz e José Fialho Gouveia, também já desaparecido, entrou na revista ‘Há Petróleo no Beato’ (1986) e na série ‘Lá em Casa Tudo Bem’ (1987). Experimentou ainda a telenovela, seja com ‘A Banqueira do Povo’ (1993), na RTP 1, ou breves participações em ‘Morangos Com Açúcar’ (2005) ou ‘Ilha dos Amores’ (2007), ambas na TVI. No cinema, o papel de inspector Elias em ‘A Balada da Praia dos Cães’ (1987), de José Fonseca e Costa, foi o ponto mais alto. Em 1991, pela mão da ex-mulher Leonor Xavier, lança a biografia ‘A Vida não se Perdeu’.

Ao lado do humorista Bruno Nogueira, Solnado gravou já doente a série ‘As Divinas Comédias’, que a RTP 1 começou a exibir ontem e analisa a evolução do humor, que conhecia como ninguém. Está ainda em pós-produção o filme ‘América’, de João Nuno Pinto, derradeiro papel do homem que repetia: 'Façam o favor de ser felizes.' »

10 comentários:

  1. Que o Senhor nos faça crescer em sabedoria, beleza e felicidade; capacitando-nos a cada dia, de glória em glória e de vitória em vitória...

    Estou de volta amiga. Agora férias outra vez só no final de Agosto.
    A 1ª. parte já está.
    Venho desejar-lhe um dia lindo cheio de bençãos.

    Linda homenagem a este grande Senhor do espectáculo.
    Uma grande perda não há dúvida.

    Beijinhos.
    Fique bem. Fique com Deus.
    Anita (amor fraternal)

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  2. OI, Viviana..vim deixar o meu toque de carinho,um beijinho e dizer que estou sem computador mas..logo,logo voltarei.

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  3. Querida Anita

    Olá amiga!

    Belos desejos de si para mim...

    Obrigada.

    Que bom que as férias correram bem...

    O Jorge disse-me que a viu em Vendas Novas.

    Que fixe!

    Um abraço

    viviana

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  4. Sandrinha querida

    Obrigada.

    Espero que logo, logo, tenha o problema do PC resolvido.

    Um beijo

    viviana

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  5. Viviana, obrigada pela visita no meu blog. Vim agradecer e volto pra visitar mais vezes, ok?

    Beijokas!

    :o)

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  6. Querida Gerly

    Que bom vê-la por aqui!

    Volte, claro.

    Será um prazer imenso recebê-la.

    Um beijo

    viviana

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  7. Viviana!

    Lembro-me bem do Raul Solnado.Durante um tempo ele veio ao Brasil e me lembro de uma graça que fazia atendendo ao telefone,a fazer caretas e dizendo:-Está lá?

    Um pena que já não possamos sorrir com ele...mas Deus também gosta de sorrir!

    Um beijo!Sonia Regina.


    ********************************

    Estou orgulhosa de ver o meu selo em seu blog!!!Obrigada!!

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  8. Querida Sónia

    A! então conheceu o Raul Solnado!?

    Que interessante.

    Quanto ao seu selo no meu blogue...é uma honra para mim, ter a Sónia como minha

    Um beijo

    viviana amiga de verdade!

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  9. Oi, Viviana!

    Não conheci o Raul Solnado. Porém, pelo que você nos fala, era um artista talentoso e um homem bom.
    Existem pessoas que tem a existência coberta de alegria e otimismo, não um otimismo bobo, mas uma vontade de viver, que é trasmitida a todos.
    O humor, a graça, fazem nossas vidas mais leves...
    Quando se vão, deixam saudades...
    Sinto muito por você.
    "Façam o favor de ser felizes"
    Que possamos ser assim!!

    Beijos

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  10. Querida Jacira

    Sim, amiga linda

    O Solnado era querido e respeitado por todo o povo.

    Nunca usou uma palavra mais grosseira ou um palavrão em todas as coisas lindas que fez sorrir e rir Portugal inteiro.

    Ele era Educado.

    Obrigada pelas suas palavras

    Um beijo

    viviana

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