segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

"Mães de coragem"


A senhora Presidente Dra. Lina Andrês, recebendo flores em Maceira
aquando do almoço de Natal, onde participei. A foto é minha.


A Presidente da Junta de Freguesia de Montelavar
reuniu com representantes de várias Instituições


No Jornal da Região de Sintra, na primeira página do último número, vem o seguinte título:

MÃES DE CORAGEM

«Em Montelavar (Freguesia a que pertence a minha aldeia de Maceira) são cada vez mais as mulheres a criar os filhos sòzinhas e a procurar apoio da Junta de Freguesia para fazer face a carências económicas.»

Perante isto, não pude ficar insensível ao problema, que considero muito grave e preocupante, mas também fiquei agradávelmente surprendida com a atitude da senhora Presidente da Junta de Freguesia de Montelavar, Dra Lina Andrês, com quem tenho um bom relacionamneto e por quem nutro bastante admiração, uma vez que, perante o problema, tomou uma atitude firme para, juntamente com outras instituições da Freguesia, apoiar e prestar toda a ajuda possível a estas mães.

Embora o texto informativo do Jornal de Sintra, seja um tanto longo, estou a publicá-lo aqui, por entender que merece e deve ser divulgado.

Repensar a família

Estrutura familiar monoparental,
cresce na Freguesia de Montelavar.

Fazem cada vez mais falta no concelho de Sintra instituições vocacionadas para responder aos variados problemas que enfrentam as mães separadas/divorciadas ou solteiras com filhos a seu cargo. A estrutura familiar monoparental feminina tem tido "um crescimento exponencial" nos últimos anos, levando a um aumento da procura de ajuda, quer junto dos serviços das autarquias (câmaras e juntas) ou das instituições familiares de solidariedade social (IPSS). A este facto não será alheia a crise económica, nem a violência doméstica, causas que, infelizmente, costumam andar de mão dadas nas situações que chegam aos serviços de apoio.
A situação é vivida de forma diferente consoante acontecem em ambientes urbanos ou rurais, como foi possível perceber num colóquio organizado, recentemente pelo núcleo de Acção Social da Junta de Freguesia de Montelavar.
Sob o tema "Repensar a família: vou ficar sòzinha e agora", o encontro juntou várias entidades e técnicos ligados a esta problemática com o objectivo de reforçar o trabalho de acompanhamento já realizado por aquela autarquia, uma vez que as solicitações de apoio têm sido, também ali, cada vez mais frequentes, como confirmou ao JR a presidente da Junta Lina Andrês: O número de famílias nestas circunstâncias tem vindo a crescer significativamente na nossa freguesia - foram detectados - 26 casos e achámos que seria bom falarmos com outros técnicos para saber que tipo de ajuda mais poderemos dar, que parcerias mais poderemos estabelecer, para termos um apoio mais profundo e alargado".
O Núcleo da Acção Social da Freguesia de Montelavar dá conta de que o primeiro contacto destas mães (em geral, com idades entre os 30 e os quarenta anos) se fica a dever a carências económicas, nomeadamente devido a desemprego, emprego precário ou baixos salários.

Carências e violência doméstica fragilizam o recomeço.

"Vẽm ter conosco por sentirem dificuldades em gerir o orçamento, fazemos um diagnóstico da situação e quando começamos a trabalhar essas famílias constatamos que há muitas mais coisas por detrás da falta de dinheiro, a começar, muitas vezes, por um sentimento de culpa pelo o facto de os filhos se encontrarem numa situação fragilizada, porque pensam que talvez pudessem ter feito algo mais para manter a relação, revelou-nos, ainda, Lina Andrês.
Infelizmente essa é só a ponta do icebergue, pois a lista de obstáculos é bem extensa - casos em que as mulheres são recriminadas pela família, total ausência de suporte familiar, baixas competências académicas e profissionais, a perseguição, por vezes com violência, por parte dos antigos companheiros... - obrigando a um trabalho multidisciplinar.
Por outro lado, há que contar com o meio envolvente em que decorrem as separações entre casais. "Nestes meios pequenos onde toda a gente se conhece, a vergonha e a frustração perante a comunidade, vizinhos e família, ainda podem manifestar-se, mas se há 15, 20 anos, isso era tema de conversa imenso tempo; agora é muito mais ténue ", acentua aquela autarca.
Ana Varanda, técnica do serviço social da junta que conhece a situação no terreno, confirma que a freguesia é solidária e os vizinhos vão-se apoiando." O problema é que muitos destes casos são novos, pessoas que chegaram á freguesia há pouco tempo, que estão desenraízadas, não têm uma rede de apoio a nível da vizinhança porque não são conhecidas, ficam muito mais isoladas."
E a diferença também se podem medir ao nível das respostas disponíveis.
"Nas freguesias urbanas, mesmo que nas juntas não haja respostas, as pessoas podem ir a outras instituições, mas aqui quase não há alternativa..."Daí a importância do colóquio agora realizado: Encontrar mais ferramentas para um problema complexo.
(In Jornal da Região de Sintra)

3 comentários:

  1. Querida anita

    Que assim seja, boa amiga.

    Quanto há para ajudar!...

    Um beijo

    viviana

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  2. OI, minha querida e doce Viviana

    Meu marido já saiu da uti e esta se recuperando tão logo receberá alta.
    Vim, te visitar e te oferecer o selo da natal do toque e tambem o cartão que fiz para homenagear todos os meus seguidores.
    com carinho
    san

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  3. Viviana!

    Muito amor e muitas felicidades para as Mães de Coragem! Elas merecem tudo!


    Um abraço,

    Renato

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