Galinha de água - Gallinula Chloropus - Imagem de Gonçalo Elias
Aspecto da margem antes da limpeza - Imagem da net.
Filhote - Imagem da net
A zona sem vegetação era a zona do habitat das galinhas de água
Um aspecto da Ribeira -
O arco da velha ponte
O que resta da ponte centenária
Hoje, o nosso passeio matinal levou-nos até á Ribeira das Jardas. Trata-se na verdade de uma Ribeira, mas para nós, é o rio. Dizemos por exemplo: Vamos ao rio.
Chovia mas mesmo assim fomos.
É sempre um prazer enorme ir até ao "rio".
Porém, logo ao chegarmos, tivemos uma surpresa. Andaram a desassorear o rio e a limpar as margens. Eu sei que era necessário fazer isso, pois com toda a chuva que este inverno tem caído o rio poderá transbordar. E, recordo-me que já há muito tempo que o rio não era limpo nem cuidado.
A minha primeira reacção foi de contentamento, por as autoridades responsáveis se terem preocupado e fazer aquele trabalho.
Mas, de repente, chegando a um lugar onde as galinhas de água tinham o seu habitat, onde eu ficava que tempos a espreitar para as ver sair do meio dos caniços das margens, com os filhotes pequenos para se alimentarem, chegando aí...reparei que ninguém as tinha tido em conta e ao limparem as margens, tiraram absolutamente toda a vegetação onde se escondiam, onde tinham os seus ninhos e o a sua habitação.
Não restou uma ervinha verde que fosse...
E agora? o que lhes aconteceu?
Possívelmente foram mortas com as máquinas...
Ai que raiva!
Sempre a mesma coisa! Nunca se fazem as coisas como deve ser.
Ora, toda a gente sabia, inclusivé os serviços camarários de Sintra, que há uma fauna e uma flora muito importante naquela ribeira, que deve ser tida em conta e respeitada.
Ninguém pensou nisso.
E é assim, com atitudes como estas, que se põe a perder muito do nosso património e herança, como povo e como país.
Amanhã mesmo, conto apresentar uma reclamação junto da Câmara Municipal de Sintra. Sim, porque como cidadãos, não podemos permitir atitudes como esta.
Todos, e cada um de nós, tem o dever e a obrigação de vigiar e zelar por as coisas belas e importantes que existem na nossa comunidade.
Convido os meus simpáticos leitores a gastarem um pouco do seu precioso tempo, lendo esta belíssima descrição do que é a Ribeira das Jardas, que encontrei casualmente, num blogue de alguém que é grande amigo e apreciador daquela Ribeira e da zona envolvente.
«Ao longo do seu percurso a ribeira que nasce na serra da Piedade freguesia de Almargem do Bispo, toma diversos nomes: Ribeira de Vale de Lobos depois ao passar por Meleças e Rinchoa Ribeira das Jardas, após Agualva-Cacém Ribeira do Papel. Quando finalmente, entra no Rio Tejo em Caxias, leva o nome de Ribeira de Barcarena.
É sobre o lanço da JARDA o nosso apontamento de hoje. Trata-se dum local edílico com todas as condições para ser uma ímpar área de recreio e convívio, mas não está ainda devidamente aproveitado. Com a despoluição da ribeira têm aparecido diversas espécies próprias das zonas húmidas como as galinholas. Já observamos uma destas aves na ribeira junto ao pontão de madeira no caminho da Rinchoa para Mira Sintra. As águas límpidas estão bordejadas por inúmeras árvores de porte significativo e folha perene o que dá um aspecto verdejante em qualquer estação do ano ; este arvoredo é uma reminiscência do que teria sido um bosque em galeria bastante frondoso.
A Jarda foi sempre uma ribeira de muita vegetação,daí o seu nome . Dando o devido desconto as fantasiosas intrepertações sobre o significado de Jarda, a nossa hipotese é a seguinte:
Jarda é uma unidade de comprimento inglesa e americana e cuja medida padrão era uma vara. Jarda no alemão antigo (visigótico) queria dizer VARA, BASTÃO.
Como a nossa Ribeira tinha arvores, de cujos ramos se podiam obter varas cajados bordões e outro tipo de objectos para os quais as varas têm utilidade, recebeu por isso o nome jarda, ou como diriamos hoje, RIBEIRA DAS VARAS. Sem esforço podemos concordar ser um belo e distinto nome. Como a vara sempre esteve associada ao poder e ao seu exercício a ribeira da jarda tem o dom de nos fascinar com o som cantante e verde das águas do seu leito...
Resta fazer um voto para que a requalificação do Polis do Cacém chegue também até ao Caminho de Fitares porque a Ribeira das Varas merece ser apreciada não só pelos que moramos em Sintra mas todos os habitantes da Area Metropolitana de Lisboa. Aqui deve construir-se um verdadeiro passeio ribeirinho, no rio Tejo o passeio só pode ser "marginal" pois o Tejo não é uma Ribeira.»
Ribeira há uma e única no interior duma zona densamente povoada...Esta!
Julio Cortez Fernandes
http://tudodenovoaocidente.blogs.sapo.pt/8057.html
OI Vivi , que saudades !! aqui estou eu trabalahndo muito nessa temporada de verão e com pouquissimo tempo para postar... mas vc está sempre em minhas orações e sei que Deus está a te abençoar !
ResponderEliminarbeijos no seu coração
Viviana,
ResponderEliminarObrigada pelo passeio...apesar de estarmos perante mais um "atentado ambiental"
Fique com Deus.
Beijinhos e bom fim-de-semana
Olá Viviana
ResponderEliminarTemos "noticias" que nos deixam felizes,pelo comportamento de algumas pessoas.
No entanto, logo depois lemos outras que nos entristecem, pois damos conta da insensibilidade ou irresponsabilidade de alguns munícipes.
Penso que o que nos descreve é no lugar onde colhemos as amoras,será ?
Viviana, tenha uma boa tarde e já agora bom fim de semana
Abraços
Querida Alice!
ResponderEliminarQuanta saudade. amiga linda!
Imagino quanto trabalho nesta época de verão, aí em Ubatuba!
Tenho ouvido que tem estado muito calor!
Um grande e carinhoso abraço
viviana
Olá Margarida!
ResponderEliminarAlegra-me sempre muito, a sua presença!
Quanto ao assunto do meu post, é na verdade um atentado á natureza.
Até quando?
Oxalá, venha gente que mude isto.
Um beijo
viviana
Querida Rosa!
ResponderEliminarOlá, minha boa amiga
O local é um pouco mais acima do local onde colhemos as amoras. No seguimento, passa-se aquela pnte e é imediatamente a seguir á ponte.
Nós parámos lá, recordo-me.
Aqui em casa estamos empenhados em fazer qualquer coisa para promover o "bem-estar" daquela ribeira.
Vamos ver o quê.
Um grande abraço
viviana