segunda-feira, 3 de maio de 2010
A terra dos Fenómenos
Entroncamento - imagem da net
É um concelho relativamente novo, pois apenas data de 1932 e era sede de Freguesia desde 1926. Entroncamento porque ali entroncam os caminhos de ferro das linhas do Norte e as de Leste Beira - Baixa. Era totalmente despovoado aquele local quando foi implantada a ferrovia, chamando-se inicialmente Estação das Vaguinhas. Daí as tradições populares não serem muitas nem muito recuadas no tempo. No entanto, por obra (e graça) de um correspondente de jornais, o Entroncamento começou a dar nas vistas! Eduardo O. P. Brito, que no Entroncamento era corrrespondente de todos os jornais do Porto, de Lisboa e de Coimbra, entendeu que as bizarrias made in USA eram um óptimo exemplo para divulgar numa terra onde apenas se cruzavam as linhas dos combóios. E se bem o pensou, melhor o fez.
O primeiro fenómeno do Entroncamento foi um melro branco, raríssimo que todos os melros são pretos! Depois descobriu uma galinha com quatro patas e trouxeram-lhe á reportagem um carneiro com cinco chifres e divulgou a história de um pardal que todos os dias ia aboletar-se no Hotel Monumental, ao quarto onde se hospedava um françês que trabalhava na electrificação da linha, uma laranja do tamanho de uma abóbora ! Era a fiada dos fenómenos do Entroncamento, que tanto sucesso fizeram em Portugal e lá fora! Em Portugal, por exemplo na série de crónicas Os Corvos, de Leitão de Barros. O jornalista e cineasta saudou na sua coluna do Diário de Notícias o expediente informativo do seu antigo aluno de desenho no liceu de Santarém.E lá fora, uma referência ao assunto no France Soir.
Hoje, em qualquer parte do país que surja qualquer bizarria da natureza, não faltará quem diga tratar-se de um «fenómeno... do Entroncamento! A população do Entroncamento já vai começando a fartar-se destas coisas. E, a este propósito, há meia dúzia de anos, Eduardo O. P. Brito escrevia num jornal local «ser matéria que já teve a sua época e que, por conseguinte, ressuscitá-la, a título de tudo e de nada, já vai sendo saturante». Era a opinião do criador dessas lendas modernas, a que se pôs ponto final nos finais da decada de sessenta do século passado.
E é curioso. vermos como Eduardo Brito controlava a informação no Entroncamento, fazendo-o através de uma anedota pessoal contada pelo próprio. Pois em 1953, ele cobriu umas manobras militares com fogo real e as relações públicas do Exército convidaram os jornais que publicaram a reportagem para um almoço num restaurante em Tomar. Calculando pelo número de jornais que precisava de dois táxis, um oficial apresentou-se a recolher os jornalistas na estação. Qual não foi o seu espanto quando apenas desembarcaram o correspondente das Novidades e Eduardo Brito, correspondente de...nove jornais! Foram desmarcados oito almoços e dispensado um táxi!
Eduardo Brito ficará na história do Entroncamento como o pioneiro da fama do jovem concelho que deu ao país o (também) mais jovem núcleo de lendas. O andar dos tempos se encarregará de lhes dar novos e fabulosos elementos...
In - Lendas de Portugal
Viale Moutinho - Diario de Notícias
Aquele que se alegra com uma simples flor merece a felicidade de um vasto e colorido jardim.
ResponderEliminarTenha um lindo dia.
Beijinhos perfumados.
Fique bem. Fique com Deus.
Anita (amor fraternal)
Seu post me fez voltar ao passado, qdo tinha 8 anos e viajava só de trem, nossa qta alegria, qta bagunça,... que saudades tenho dessa época que nunca mais voltará.
ResponderEliminarBom dia amiga.
beijooo.
Os interesses explicam os fenómenos ...
ResponderEliminarBeijo.
Uma boa semana para si tambem. Que continue assim: amando a vida e as pessoas. A vida sem amor nao faz sentido.
ResponderEliminarfenómenos, diz-se...
ResponderEliminargosto do entroncamento, é uma terra linda e a estação de caminhos de ferro, com uma linda carruagem no parque, em exposição...
a terra do meu amigo joão, que já partiu...
beijinhos
Boa noite!!!!
ResponderEliminarEstou, esperando a sua visita pra pegar um presentinho que fiz pra você.
Que sua noite seja tranquila e cheinha de paz
com carinho
san
Querida Anita
ResponderEliminarEntão, isso é comigo!
Que bom!
Obrigada, boa amiga
Um abraço
viviana
Olá, Ana linda
ResponderEliminarDevem ter sido tempos bem interessantes!
Viajar de combóio!
Como diria a minha mãe:
"Tudo tem o seu tempo!"
Um beijo
viviana
Olá Manuel
ResponderEliminarCurioso, não?
Acredita que eu julgava que todos aqueles fenómenos eram verdade?
Imagine!
Enfim...
Um abraço
viviana
Olá Fernanda
ResponderEliminarTento continuar, sim...
Cada novo dia está cheio de oportunidades.
E eu não as quero perder.
Um beijo
viviana
Olá, Gaivota loinda
ResponderEliminarÉ o que eu digo ou não é?
Tu conheces tudo!
Um espanto!
Um grande abraço, boa amiga
viviana
Querida Sandrinha
ResponderEliminarMinha doce aniga
Sempre tão gentil, tão generosa...
Já fui ver o presente...achei-o lindo, lindo.
Irei brevemente buscá-lo.
Obrigada
um grande abraço
viviana