quinta-feira, 16 de setembro de 2010

"O Francisco partiu, o Violoncelo fica a chorar" (Gaivota)


O violoncelista Francisco Ribeiro.

O canto era a sua paixão, o violoncelo o instrumento. Francisco Ribeiro, um dos fundadores dos Madredeus, desapareceu ontem, aos 45 anos, vítima de um cancro. Discreto e focado, o seu legado perpetua-se em obras distintas, entre composições para o projecto de Tereza Salgueiro e Pedro Ayres Magalhães e os Desiderata, que fundou em 2006. A "Junção do Bem", lançado no ano passado, gravado com a Orquestra Nacional do Porto, reúne 14 temas seus. Uma ode ao amor, como o próprio definiu.

Quando foi convidado para os Madredeus, por Pedro Ayres Magalhães, Francisco Ribeiro tinha apenas 20 anos. Demasiado novo para o projecto português mais internacional de sempre, dirão alguns. Mas bastará uma leitura vertical da biografia do grupo - "Madredeus - Um Futuro Maior" - para perceber que a sua formação erudita, desde muito cedo "inculcada pelos prazeres do canto lírico, da poesia e da música clássica", o encaixava na perfeição junto das ambições do projecto.

A isto, Rodrigo Leão, outro dos fundadores dos Madredeus, acrescenta o relacionamento "forte" que tinha com todos os elementos do grupo, e os "momentos intensos" vividos em conjunto. "Era um músico extraordinário e um grande amigo com um talento fantástico. É uma injustiça muito grande agora que estava tudo bem encaminhado, era o princípio de uma nova fase para ele", disse o músico à agência Lusa. Tereza Salgueiro destacou "a personalidade brilhante" e a "alegria" do músico.

Francisco Ribeiro abandonou os Madredeus em 1997 para completar a sua formação musical em Inglaterra. Foi membro da Stroud Symphony Orchestra e Gloucester Symphony Orchestra e, quando regressou a Portugal, lançou os Desiderata. Longe do olhar dos media, o seu disco de estreia - gravado na Casa da Música e em Almada - em que assumiu arranjos e mesmo interpretação vocal, contou com a participação do maestro inglês Mark Stephenson e da cantora Inuít Tanya Taqaq. Na altura, o músico assumiu o regresso com um relançar da carreira. "Não é um projecto de música convencional. É difícil qualificar o trabalho e fico contentíssimo por isso, significa que demonstra originalidade."
(Jornal i)

Algumas palavras minhas para o Francisco:

Amigo

É com comoção que lhe agradeço, toda essa música maravilhosa, que nos ofereceu com tanta alegria no Madredeus; para mim, foi um dos mais belos e importantes grupos musicais, que conquistou Portugal e o mundo, e tantos aplausos e reconhecimento recebeu por todo o lado.

Recordo o que foi o extraordinário êxito da ida do grupo ao Japão.

Obrigada, Francisco! Muito obrigada.

A sua passagem por a vida, infelizmente, foi breve, mas o que fez foi muito bonito e de grande valor.

Deixou-nos uma herança preciosa.

Viviana

Nota: Substituí o título.Este, é parte de um comentário que a minha grande amiga Gaivota (São) do blogue mar e terra aqui deixou.

4 comentários:

  1. sem muito mais a dizer, perdeu-se um excelente músico, mais uma vítima desta doença que continua a ceifar vidas...
    o francisco partiu, o violoncelo fica a chorar
    beijinhos

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  2. Boa noite minha querida e doce maninha.
    Ainda passei por aqui, mas não tarda nada vou para vele de lençóis.
    Pois é maninha, a vida é uma preciosidade, cada dia de vida é a melhor coisa que podemos almejar. No entanto, deveríamos estar preparados, pois ela espreita, nós não sabemos quando será a nossa vez, e ainda bem que assim é.
    Tem, tenhamos todos uma noite tranquila.
    Esperança

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  3. Querida São

    Que linda frase a tua:

    "O Francisco partiu, o violoncelo fica a chorar."

    Coloquei-a como título, reparáste?

    Um beijo

    viviana

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  4. Olá minha linda maninha Esperança

    Que bem que falas!

    Cada dia é sem duvida uma benção preciosa.

    qUE SAIBAMOS TER ISSO SEMPRE EM CONTA.

    uM BEIJO

    VIVIANA

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