domingo, 14 de novembro de 2010
Adeus, senhor Adeus!
João Serra, o "senhor Adeus"
Já tanta gente falou e escreveu sobre ele, "o senhor Adeus," que provávelmente uma boa parte dos portugueses já conhece a sua história, mas, não quero deixar passar a oportunidade de publicar aqui neste cantinho, alguma coisa sobre este homem que teve um comportamento que nos faz pensar.
Nasceu numa família abastada que residia num palacete perto do Saldanha. Aos 13 anos os pais separaram-se e ele foi residir com o pai no Restelo (zona chique da cidade) de onde saiu para ir viver com a mãe, novamente, junto ao Saldanha, quando o pai morreu.
Nunca se casou, nunca teve filhos, e viveu com a mãe até esta morrrer,
há cerca de quinze anos.
Dizia que não aguentava a solidão, sobretudo á noite, pois não tinha ninguém com quem falar. Foi então que se lembrou de sair para rua, por volta das 23 horas e colocando-se no passeio acenava, sorria e atirava beijos aos transeuntes e aos automobilistas que por ali circulavam, só voltando para casa cerca das duas horas da madrugada, altura em que o trânsito diminuia. Regressava muito mais feliz e muito menos só, pois sentia-se "acompanhado" por todas aquelas pessoas a quem, de mão no ar, cumprimentava de uma forma tão única e especial. Fez isto durante muios anos tendo grangeado muitos amigos que ao vê-lo no passeio buzinavam para ele e cumprimentavam-no.
Era também um cinéfilo que apreciava ir ver um bom filme, e assim, há seis anos a esta parte, todos os domingos á tarde ia ao cinema com um jovem amigo, músico numa banda de jazz.
Este homem simpáico e sorridente, que procurava fazer os outros felizes, morreu de um dia para o outro, aos 80 anos de idade, mas não sem antes, na véspera desejar um bom Natal!
Os automobilistas e os transeuntes da zona do Saldanha, estão decerto a sentir a sua falta.
Não haverá por aí um outro "senhor Adeus" que esteja disponível para continuar o seu importante trabalho? Quem sabe? É que atitudes como esta do senhor João Serra - o "senhor Adeus," terão o condão de alegrar, de encorajar e fazer mais felizes os dias dos tempos pesados e negros que estamos a viver.
Nao sabia deste senhor, mas posso imaginar o que ele sentiria. e`muito triste quando chega a noite e nos encontramos sozinhos. grande coragem a dele! Eu penso que e`quase a mesma coisa que eu sinto sempre que vou a`rua e encontro uma crianca ela ri sempre para mim e eu claro derreto-me em sorrisos. as criancas sabem fazer o que este senhor fazia!
ResponderEliminarlinda historia! sempre a aprender. sei que vou pensar nela. que pena eu nao ter tido o privilegio de o ter conhecido!
obrigado por esta historia verdadeira, que tanto parece os contos de fadas que eu ainda gosto de ler
beijinhos
fernanda
Oi, Vivi querida!
ResponderEliminarQue história mais bonita!
É de pessoas assim que o mundo precisa!
Sinto pena que o que motivou seu comportamento foi a "solidão"...
Tenha uma semana abençoada, Vivi!!!
beijo carinhoso,
Neli
Bonita homenagem ao Senhor Adeus.
ResponderEliminarBeijo.
Viviana!
ResponderEliminarFico a pensar nas "defesas" que nosso cérebro cria para se defender de suas mágoas.
A deste senhor foi grandiosa e certamente está fazendo falta a todos que o conheceram!
Deus o guarde feliz junto aos seus pais!
Um beijo e meu carinho!
Sonia Regina.
Olá Fernanda
ResponderEliminarTambém lamento não o ter conhecido.
Gostaria de ter podido conversar com ele.
Compreendo-a.
Sei que é muito mais difícil a solidao da noite que a do dia...
Um beijo
Viviana
Querida Néli
ResponderEliminarHá pessoas que passam e deixam um rasto de luz.
Creio ser o caso deste senhor.
Um beijo, boa amiga
Também para si o desejo de uma boa semana
viviana
Olá Manuel
ResponderEliminarÁ minha maneira quis dizer-lhe "Obrigada".
Um abraço
viviana
Querida Sónia
ResponderEliminarMinha boa amiga
Sim, é admirável o que ele se lembrou de fazer.
Exemplos destes, enriquecem-nos e fazem-nos pensar.
Um beijo
viviana
Olá cara Vivi!
ResponderEliminarSou da agitada capital de São Paulo, Brasil. Estava sem conseguir dormir, já que os pensamentos me lembravam fortemente meu papai que se foi há três meses. Virava de um lado pro outro sem conseguir descansar, então resolvi entrar na internet pra procurar um poema de Cora Coralina. Eis que encontrei uma Cora que ainda está viva, mas em Portugal - terra de meu avô paterno! Fiquei encantado com seu Blog, ele é divino! Pessoas como a senhora e o "senhor adeus" me fazem acreditar que podemos ainda experimentar a doce presença de Jesus em nossos irmãos! Saiba que sou grato - simplismente por ter criado este Blog (e agora visitarei sempre!). Agora, posso deitar com a alma em paz e dormir o sono dos justos. Que Deus te abençoe muitooooooooo...
Leandro Possadagua
Olá,Leandro
ResponderEliminarFoi bom, ao acordar, encontrar aqui estas suas palavras tão gentís e amáveis.
Fez-me sorrir e dispôs-me bem...
Estou grata pela sua visita e o seu comentário.
Lamento a partida do seu pai e compreendo o sentir do seu coração.Custa muito quando o nosso pai parte. Eu sei o que isso é pois recordo quanta dôr e quantaf alta o meu querido pai me fez quando Deus o chamou para um lugar bem melhor.
O pai hoje, é uma doce recordação.
Já fui espreitar o seu blogue, passarei depois para deixar um comentário.
Obrigada, Leandro
Quero muito que Deus o abençoe
Um abraço
viviana
Vivi.
ResponderEliminarMuito obrigado por ter visitado meu humilde Blog [www.leandropossadagua.wordpress.com], me senti muito honrado em ter uma pessoa de Portugal comentando meus posts.
Também sou grato pelas doces pelavras que deixou em relação a partida de meu pai. E, você tem toda razão, dói muito. A senhora não imagina como as palavras de quem já passou por isso amenizam esta dor.
Espero não te perder de vista. Quem sabe um dia, quando eu for à Portugal, não visito sua igreja. Seria um imenso prazer para mim! Não esqueças que ganhou um jovem admirador de São Paulo, Brasil. Deus te abençoe e te dê vida longa, precisamos de mais pessoas como a senhora espalhadas pelo mundo!
Beijo sincero e afetuoso.
Leandro Possadagua
Leandro, meu bom amigo
ResponderEliminarNa verdade, o meu Deus é surpreendente!
Faz-me cada surpresa!!!
Sorrio, e rio, só de pensar...
Então, tinha "uma prenda" em S. Paulo "embrulhadinha e tudo" para me oferecer!?
Obrigada, meu Senhor.
Já percebeu que o Leandro é um presente de Deus para mim.
Longe de imaginar que um jovem tão talentoso iria ser meu amigo.
Não sabe quanto valorizo a sua amizade e o seu apreço.
Li há pouco o seu comentário ao Jorge, meu marido e Pastor...e ele sorrindo disse.
"Vale a pena todo o teu empenho e trabsalho no blogue para receberes palavras como essas."
Quanto a vir a Portugal, venha, venha, há tanta coisa bonita por aqui...
É um pequeno grande país.
Será muito bem vindo, creia.
Será um prazer recebê-lo na "nossa"? - de Deus! - Igreja
Obtigada por o seu desejo de uma vida longa para mim.
Eu creio que sim...que Ele me vai dar uma vida londa!
Um grande abraço
Viviana
PS - Diga-me por favor:
"Surto" é nome de blogue?
É que eu tento mas não consigo entrar... só no outro.
Viviana,
ResponderEliminarPode ter a certeza que muito te estímo! E olha, tenho falado pra muitas pessoas a grata surpresa que foi lhe conhecer. Considero que sua vida é um presente de Deus à humanidade, por isso, oro para que vivas muito e espalhe este seu amor por aí...
Com relação ao nome O Surto, este na verdade foi uma conta que abri com o intuito de criar um blog, o que nunca aconteceu. Somente dois meses a trás é que levei a cabo a idéia. Portanto, o que utilizo é o www.leandropossadagua.wordpress.com
Quero aproveitar a oportunidade pra te fazer uma pergunta: A senhora sabe me dizer onde fica Rio Tinto ai em Portugal? É que meu avô paterno, Manuel dos Santos Poças d'Água era de lá... Se souber, por favor me diga!
Grande beijo do amigo,
Leandro Possadagua
Ps. Diga ao seu esposo que concordo com ele, seu esforço tem valido a pena! Parabéns...
Leandro, meu amigo
ResponderEliminarPrimeiro do que nada, obrigada, uma vez mais.
Sabe, há muito, muito tempo, bem novinha, entreguei a minha vida inteirinha nas mãos de Deus, e assim tenho vivido contínuadamente, dirigida e abençoada por Ele.
Tento contar as bençãos, mas elas são incontáveis, tantas são...
Muito trabalho e muita luta também...mas, aos cerca de setenta, olho para o caminho percorrido de mão dada com o meu Senhor, e só tenho é mesmo motivo para ser profundamente grata e O adorar e louvar cada dia mais.
Ele é FIEL!
Então, assim sendo amigo, se há algo de bom, de psitivo em mim...é pura obra de Cristo. e não qualquer mérito meu.
Por isso eu digo todos os dias e repito, SOLI DEO GLORI.
Então o seu avô era de Rio Tinto?
Interessante!
É uma cidade muito conhecida no país.
Fica no Norte de Portugal não muito distante da terra do meu avô paterno, Cabeceiras de Basto- Braga.
O Jorge, meu marido conhece muito bem...pois ele criou-se lá bem pertinho.
Alguns dados sobre Rio Tinto:
"Rio Tinto é uma cidade e freguesia portuguesa do concelho de Gondomar e do distrito do Porto, com 9,5 km² de área e 47 695 habitantes (censo de 2001).[1] Densidade: 5 317,2 h/km².
Rio Tinto tem o seu nome ligado ao rio que a atravessa, havendo mesmo uma lenda que explica o seu topónimo.
No início do século IX, os Cristãos ganhavam terreno aos Mouros. Governava o Conde Hermenegildo Gutierres o território da Galiza até Coimbra, tendo como centro o Porto.
Contudo, o Califa Abderramão II, com um poderoso exército, fez uma violenta investida, cercando a cidade do Porto. O Rei Ordonho II desceu em socorro do seu sogro, o Conde Gutierres, conseguindo afastar os Mouros e perseguindo-os para longe da cidade. Junto a um límpido ribeiro, travou-se a sangrenta batalha. Na memória do povo, ficou o sangue derramado que, de tão abundante, tingiu as cristalinas águas do rio, passando desde então a chamar-se Rio Tinto.
O rio atravessa a freguesia sensivelmente a meio, numa orientação aproximada Norte-Sul. Nasce em Ermesinde, muito perto do limite norte da freguesia e é a principal, e quase única, linha de água que existe na localidade. Durante séculos, o rio forneceu à população água e peixe. As lavadeiras ganhavam a vida nas suas águas, proliferavam nas margens os moinhos, cujos moleiros disputavam com os lavradores a água das regas. Mais recentemente, durante a última década do século XX, o rio que corre em Rio Tinto foi alvo de um crime ecológico, tendo uma parte considerável da sua extensão sido entubada e enterrada a alguns metros abaixo da superfície do solo, de forma a facilitar a expansão urbanística do pequeno município.
A povoação de Rio Tinto é anterior à criação do reino de Portugal. O lugar pertencia ao antigo julgado da Maia, e identificava-se pela existência de um antigo convento de Agostinhas, actual Quinta das Freiras, fundado em 1062. D. Afonso Henriques, após a criação do reino de Portugal, protegeu-o dando-lhe foro de couto a 20 de Maio de 1141.
Creio que já dá para ficar com uma ideia acerca de Rio Tinto, não?
Desejo-lhe um bom entardecer - aqui já é noite há muito tempo.
Um abraço
viviana