quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Saudades das poças de água da infância


Foto em: http://scrapbyde.blogspot.com/

Hoje, conversando via telefone com a maninha Esperança, ela referiu-se a um comentário deixado no meu blogue por um novo leitor de apelido Possadágua.
Eu disse-lhe: Olha, gosto do nome Possadágua! Acho muito bonito! Os que me conhecem mais de perto sabem o quanto eu aprecio a água, a chuva, os ribeiros, os rios, o mar, etc.etc. De imediato, ela, que leva três anos á minha frente, suspirou e disse: "Ai Viviana! Que saudades das poças de água da nossa infância! Lembras-te de como nós, com os pés descalços, não perdíamos a oportunidade de atravessar as poças fazendo salpicar a água para tudo quanto era lado! Ás vezes, aí, era mais o nosso irmão, que leva três anos atrás de mim, que vinha de lá a correr e dava um salto para dentro da poça divertindo-se imenso a nos molhar-nos! Lembro-me de andar á chuva com a água a escorrer pelas tranças que caíam sobre as costas...
Estávamos nós nesta nostalgia das poças de água, quando a maninha Esperança disse: "Há quanto tempo eu não vejo uma poça de água!" Ela mora há mais de quarenta anos no centro da cidade de Lisboa. Eu disse-lhe: Olha, eu por aqui como há campo, bosques e matas e a minha querida Ribeira das Jardas...vejo poças com frequência, só que já não meto os pés descalços dentro delas! Consolo-me em vê-las, em olhá-las.
Pois é, disse eu, aí em Lisboa impermeabilizaram de tal maneira o chão que não há mesmo hipóptese de haver poças de água.Foi quando ela disse: "É isso, construiram a cidade de tal maneira, que o que há são inundações que transformam as ruas em rios...mal chove um pouco demais.
É verdade, disse eu. Não era melhor haver "bocadinhos" de chão de terra, onde se formassem as poças, iguais ás da nossa infância?

10 comentários:

  1. Olá Viviana
    Agora que me fez pensar nisso, digo-lhe que também eu gostava de andar pela chuva e com os pés nas poças.
    Na minha rua eram abundantes as poças, porque ainda não era asfaltada.
    Mas sabe Viviana, não tenho assim tantas saudades dos pés molhados, é que ainda hoje isso sucedeu, não nas poças, mas com umas enormes chuvadas, na praça em Cacia.
    Quando cheguei a casa, há uns minutos atrás, tive de ir mudar de roupa :))
    Mas concordo com a Esperança, coitadinha da terra, daqui a pouco não tem por onde respirar.

    Viviana, tenha um bom resto de tarde (bem no quentinho) eu vou até à minha máquina.

    Beijos de amizade

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  2. Seu texto me fez voltar a infância, tempos bons e alegres em que vivi.

    Um gde abraço amiga querida.

    beijooo.

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  3. Viviana!

    Sei bem do que fala!

    Quando era criança,eu e minha prima Adélia,quando chovia e voltávamos da escola,fechávamos os guarda-chuvas e vínhamos "chapinhando" pelas poças e nos molhávamos toda...saudades...bom e inocente tempo,de inocentes e graciosos prazeres!

    Um beijo molhado de chuva,rsrs!!

    Sonia Regina.

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  4. Olá Viviana,

    Belas recordações que a Viviana nos traz sempre que passo neste belo jardim, relativamente perto do mar!

    Porque a Terra e a Água fazem parte da natureza, será sempre muito bom poder contemplar estes dois elementos, sem os quais não poderíamos viver!

    Saltemos e deixemos as crianças saltar nas poças d'água deste Mundo!

    Um grande abraço do

    Renato

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  5. Querida Rosa

    Então a amiga apanhou uma molha!?

    Hoje, por aqui não choveu.

    Demanhã esteve sol e céu azul; á tarde escureceu bastante mas não choveu.

    Cuide-se, amiga.

    Cházinho de limão com mel e um benuron ao deitar.

    Durma bem

    Um abraço

    viviana

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  6. Querida Ana linda

    Que bom recordar tempos de criança, não?

    Um beijo

    viviana

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  7. Querida Sónia

    Claro, desse lado do mar as crianças faziam a mesma coisa!
    Era uma tentação...

    "Inocentes crianças, inocentes prazeres."

    Gostei

    Beijos, amiga linda

    viviana

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  8. Meu bom amigo Renato

    Quanta coisa linda para recordar, da infância que ficou lá para trás...

    Como diz o povo: "Recordar é viver".

    Um grande abraço

    viviana

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  9. Viviana,

    Obrigado mais uma vez, por ter se lembrado de seu amigo brasileiro neste texto. É uma honra pra mim!

    Olha... Lembrei-me com muita saudade de minha infância. Na periferia de São Paulo, os campos eram de terra e a brincadeira continuava independente da chuva. Quando parava de chover, as poças continuavam pra nos lembrar da benção que é a infância!

    Chegar em casa com a roupa cheia de lama era ótimo. Todo sujo! Sim... a alegria deixa suas marcas. Além das roupas, nossas vida ficaram marcadas por brincadeiras como essas. Tão simples e tão inesquecíveis!

    E quanta pena tenhos dos meninos que são criados em seus "seguros" condomínios. Não sabem o adorável gosto de uma brincadeira sujo de lama. Não sabem como é ver o arco-íris se formar bem acima de suas cabeças! Uma pena...

    Grande beijo.

    Leandro Possadagua

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  10. Olá, Leandro

    Que bom que também pôde brincar nas poças de água!

    Então sabe de que é que eu estou a falar...

    Os meninos de hoje, como por exemplo os meus netos, creio que nunca puseram o pézinho numa poça de água!

    Vivem protegidos...demasiado protegidos

    Mas, sempre que eu posso fujo com eles para o campo, para o bosque, para o rio...

    Um abraço

    viviana

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