Marcas de maus tratos ainda permanecem,
após cinco anos de tratamento e de toda a comodidade
que lhe é dada por Rosa Mota, da família de acolhimento
Confesso que nunca entendi o que é "Uma pena suspensa."
Para mim, ou se é condenado e se vai preso, ou não se é, e fica em liberdade.
Tenho observado que há decisões judiciais que têm a ver com factos graves, ou muito graves, e o castigo resume-se a uma pena suspensa. Para mim, isso é uma falsa justiça. E não me venham dizer que eu sou ignorante, que não tenho cultura judicial, pois creio que qualquer um por aí entenderá que a pena suspensa é na prática como ser absolvido, pois que nada lhes acontece nem têm que ficar privados de liberdade, pelo contrário, continuam fazendo a sua vida normal.
Vem isto a propósito de uma decisão judicial que teve lugar hoje, em Vila Verde em Potugal.
Pena suspensa de quatro anos e meio por escravizar deficiente
27 JANEIRO 2011 (CM)
«A família de Vila Verde que durante 25 anos escravizou Rui Manuel, que sofre de uma deficiência mental, foi esta quinta-feira condenada a quatro anos e meio de pena suspensa. .
O colectivo de juízes condenou ainda o casal e os dois filhos a pagarem a Rui uma indemnização de 101 mil euros, quantia que terá que ser paga no prazo de um ano.Recorde-se que a vítima, que era sobrinha do casal, foi libertada em 2004 pela GNR. Durante o tempo em que foi escravizado, o homem era obrigado a trabalhar várias horas, dormia numa arrecadação e comia de panelas e tigelas velhas. Pedro, um dos filhos do casal, chegou mesmo a castigar Rui com um chicote de fios eléctricos. Nas alegações finais o procurador do Ministério Público referiu que Rui "foi espezinhado e reduzido a uma simples coisa".»
O Rui, assim se chama o jovem escravizado, vive há seis anos com uma família de acolhimento numa aldeia no Minho, por decisão da Segurança Social.As marcas estão lá, ficaram para toda a vida.
Esta até é uma história "soft" comparada com outras bem aberrantes que vão aparecendo por cá com frequência. Resta-nos a indignação, e pensar que enquanto houver pessoas capazes de (ainda) se indignar com histórias destas nem tudo está perdido.
ResponderEliminarCusta a aceitar os modos estranhos e incompreensíveis de agir e sentir de algumas pessoas (a que apelidamos de seres humanos)
ResponderEliminarDa mesma forma que não dá para entender a dita "justiça" que penso, deveria ser a justa balança, o equilíbrio perfeito,entre o bem e o que é mal.
Viviana, tenham uma noite abençoada,e bom fim de semana.
Beijos
Pedro, meu filhote
ResponderEliminarTu sabes que é assim...
Quantas vezes temos falado sobre este assunto!?
Justiça, Justiça, só a de Dus.
A dos homens a maior parte das cezes não o é.
Um beijo
mãe
Querida Rosa
ResponderEliminarSei que a amiga me entende...
O ser humano é capaz das maiores atrocidades contra o seu semelhante.
A justiça dos nossos tribunais está por as ruas da amargura.
E sem justiça como caminhará o país?
Que Deus tenha misericórdia de nós.
Um grande abraço
viviana