A Ribeira das Jardas - Foto da Viviana
Os que me conhecem sabem que "não tenho medo das cobras".
Talvez, porque "lidei" com cobras desde pequenita.Lembro-me, de na Argentina, onde nasci, caminhar por uma picada no mato, pela mão do meu pai, para ir-mos ao Culto, e encontrarmos cobras a apanhar sol no caminho; e estas eram cobras venenosas, perigosas. Mais tarde, vivendo em Leiria, nas nossas andanças pelos campos e bosques, encontrarmos cobras, algumas bem grandes. Já adulta, no lugar onde trabalhava, uma quinta, era frequente aparecerem por lá cobras. Em Maceira, a minha aldeia, aqui há tempos seguia por um carreiro , no campo, e ao meu lado, no restolho de um trigal, estava uma cobra grande, que começou a rastejar ao meu lado, separando-nos apenas por um pequeno murinho de uns 30 centímetros. Escondeu-se debaixo de um saco de cimento, e eu, imaginem...toquei com um pauzinho no saco para ela sair...para eu a ver melhor e "usufruir" da sua presença. Ela saiu, fixou-me e foi para o lado contrário onde eu ia. Há uns anitos, aqui no bairro, nas minhas caminhadas habituais, vi, que num passeio do Parque Urbano, logo ali á minha frente, estava uma enorme cobra preta enroscada a apanhar sol. Assim que me viu fugiu, mas não conseguia subir um murinho do passeio para ir para o lugar de onde tinha vindo, uns campos com erva alta.
Coitada! Ficou ali a tentar, a tentar, batendo com a cabeça no murinho...eu, cheia de pena fui chamar o jardineiro, o meu amigo Mustafá, africano, para me vir ajudar a salvar a cobra com a sua enxada.Claro que ele ficou espantadíssimo por eu querer salvar a cobra em vez de a matar, e começou a dizer-me que as cobras são perigosas, etc, ect, mas lá o conveci a ir comigo
mas, um bocado bom atrás de mim. Quando lá chegámos, ela continuava a tentar. Então eu, pedi-lhe a enxada e quando ia tentar içá-la, ela deu um salto maior e conseguiu subir o murinho e fugir.
A semana passada, fui plantar na minha pequena horta, que fica na margem da Ribeira das Jardas - para nós, é o rio.Dizemos: Vamos ao rio.
O meu filho Zé, que tinha ido ter connosco, estava á beira do "rio" a olhar a água e toda aquela verdura circundante. De repente, ele chamou-me e disse-me: "Mãe, olha aqui uma cobra na água!
Eu fui logo ver a cobra que nadava ali á nossa frente sem nenhum receio. Há uma pequenina praia de areia, ali, e ela foi para lá apanhar o sol quentinho da tarde.
Entretanto, o Zé viu uma outra cobra a passar a nadar, perto dele. Resumindo: Tanto ele como eu, ficámos encantados de "ter-mos" cobras de água no nosso rio, ou seja, na nossa horta. Há lá peixes, rãs, lagostins, um casal de patos reais, e agora...descobrimos as cobras. Alegramo-nos com isto, porque é sinal que o nosso rio não está poluído e tem condições para a vida animal. Ainda mais, nas muitas árvores e arbustos das margens há uma variedade enorme de aves que cantam e nos encantam com os seus "cantares e trinados".
Me arrepiei...
ResponderEliminarBom fim de semana amiga.
beijooo.
E que tal uma visita guiada à horta e a esse pequeno paraíso zoológico?
ResponderEliminarNo dia 2 os caminhamtes vão lá?
Um bom Domingo, cheiinho de bênçãos.
Beijos.
Querida Ana linda
ResponderEliminarEu sei que há pessoas...e são a maioria...que se impressionam com as cobras.
Compreendo-as perfeitamente.
Um beijo
viviana
Querida Mimi
ResponderEliminarNão...quanto sei. A caminhada é lá para os lados de Maceira - Pero Pinheiro; mas quem sabe, talvez algum dia o Pedro organize uma por estas bandas.
Um foreye abraço
Viviana