Chegaram os primeiros gatinhos deste ano

                                                Os gatinhos no canteiro                 

Junto á nossa casa da aldeia, há muitos gatos que por ali nasceram, por ali cresceram, - os que escaparam - e por ali andam. A minha irmã mais nova é uma protectora de animais, e como tal, todas as semanas vai carregada de comida para os alimentar. Quando entramos com o carro no páteo, é vê-los aparecer de todos os lados, á procura de comida.

Como as gatas não são esterilizadas, todos os anos em chegando esta altura, começam a nascer as ninhadas. O ano passado salvámos uma mãe e dois filhos, que hoje estão muito bem, em casas com todo o conforto.

 Já no fim do verão, uma gata nossa protegida, apareceu com a cria já crescidinha, que deve ter sido a única que sobreviveu da ninhada que ela teve por algum lugar ali perto. É, talvez, a gatinha mais linda que já vi É um animal perfeito. Branca e amarela e com uns olhos côr de mel. Teve sorte, um vizinho, o Chico, que vive só, ali numa casinha, ficou com ela e está muito bem cuidada. Há três semanas, quando chegámos á casa da aldeia e estávamos a observar as flores, a minha irmã chamou-me: "Viviana, anda cá! Vem ver uma coisa"!.Nem queríamos acreditar...essa gatinha "perfeita", tinha tido nessa noite, três lindos gatinhos, num canteiro de flores.Se os vizinhos os descobrissem, por certo que seriam afogados num balde de água,  por isso tratámos de os proteger, e a primeira coisa foi atar as plantas para formar um espécie de sebe, para não serem vistos. Mas a mãe, assim que nos viu junto do canteiro, veio logo  retirar as crias  para outro lugar, que ela considerava mais seguro. Eu, reparei no sítio para onde ela os levou. Coitada, tão "infantil" ainda, sem experiência...foi colocá-los ali á beira do caminho, "á chapa do sol". Eu e a minha irmã ainda pensámos colocá-los numa caixa de cartão e resguardá-los lá atrás, no páteo; mas, nós só vamos uma vez por semana  lá, como é que ela se ia alimentr?

Foi quando nos lembrámos de pedir  ao Chico, que cuida da mãe deles, para fazer o favor de  cuidar deles também. Arranjámos a tal caixa de carão e pedimos-lhe para os receber. Ele, pareceu hesitar um pouco, mas depressa se dispôs a aceitá-los; e agora, quando vamos á casa da aldeia, ele, discretamente, trá-los num pequeno balde e vem mostrar-nos como estão. Estão mesmo gordinhos e bonitos. E ainda nenhum outro vizinho sabe que ele os tem lá na casa dele. A minha irmã já está a tratar de ver quem vai ficar com eles.

Ah! já agora: Será que algum amigo gostaria de ficar com algum?