MINERAÇÃO
Tenho o oiro, e não posso
Arrancá-lo do cerne da montanha!
O filão do lirismo é um verso esquivo
Que atravessa a dureza do granito.
Rompo, perfuro dia e noite, e apenas
Cavo mais funda a própria sepultura...
Toupeira cega, mas obstinada,
Vou morrendo na lura
Que desejava ver iluminada.
Boa noite maninha querida.
ResponderEliminarComo sabes também gosto da escrita de Miguel Torga.
Neste poema, Torga canta a dureza da vida…Por vezes temos o precioso dom, para alcançar o que tanto queremos, mas está tão dificil, que por mais que a gente se esfalfe, fazendo o possível e o impossível, o tempo vai passando… E nós enfraquecendo, sem conseguir alcançar o almejado.
Tem, tenhamos todos, um bom resto de noite, e um bom Domingo, dia Do Senhor, amanhã.
Linda maninha Esperança
ResponderEliminar" ...fazendo o possível e o impossível, o tempo vai passando… E nós enfraquecendo, sem conseguir alcançar o almejado".
Creio que isso acontece um pouco com toda a gente...
Por isso, tentemos usar da sabedoria
"que vem do Alto" a fim de que sejamos achados "servos fiéis".
O mais importante não é o que fazemos mas o que somos.
Um beijinho
Viviana