Maria Estela Veloso de
Antas Varajão Costa Gomes, num retrato de Medina
«Era uma vez um pintor, um grande pintor, sobretudo apreciado pelos seus retratos. Um dia pintou uma linda rapariga com traje de minhota. O quadro era tão lindo, que um dos seus amigos, oficial militar, ao passar pelo seu atelier o viu e apaixonou-se pela rapariga, pedindo para a conhecer. Casaram-se em 1952: ela chamava-se Maria Estela Veloso de Antas Varajão, nascida em 1927 em Viana do Castelo, ele chamava-se Francisco da Costa Gomes, nascido em 1914, em Chaves.
O pintor era Mestre Henrique Medina. Francisco da Costa Gomes foi Presidente da Republica de 30 de Setembro de 1974 a 27 de Junho de 1976, um tempo muito complicado da nossa vida política, tendo sido posteriormente nomeado Marechal. Faleceu em 2001, com 87 anos de idade. Maria Estela Costa Gomes tem hoje 80 anos.»
( http://cronicas-portuguesas.blogspot.pt)
Para quem estiver interessado, deixo aqui alguma informação sobre a vida desta linda mulher:
«Maria Estela Veloso de Antas Varajão namorava com "um engenheiro de boas famílias" quando conheceu o seu futuro.
"Francisco Costa Gomes era rapaz de se divertir pelas boîtes da animada Lisboa de então, na companhia do pintor Henrique Medina, que aconselhava o amigo a casar-se e a tornar-se um homem de família. Contudo, garantia que o casamento não fazia parte dos seus projectos, a não ser que ele tivesse uma rapariga para lhe apresentar", pode ler-se em As Primeiras--Damas. Foi assim que conheceu a sua futura mulher a partir de um quadro pintado por Medina. Só dois anos depois da primeira apresentação, no Porto, é que começariam a namorar.
Depois do casamento, Maria Estela muda-se de Viana do Castelo para Lisboa e, passados dois anos, o casal viaja para os EUA, onde Costa Gomes, militar, estagia no quartel-general da NATO.
O 25 de Abril traz um novo desafio ao casal: após a demissão de Spínola, é o marido de Maria Estela quem assume o cargo, que ocuparia entre 1974 e 1976. "É assim, adormecida na sua serena vida de esposa e mãe dedicada, que tem de encarar a nova realidade." Contudo, era "totalmente avessa a intrometer-se em vertentes práticas ou em qualquer acção de cariz político, limita-se a esperar, com pouca paciência, que chegue a hora de Costa Gomes abandonar o poder".»
(http://www.dn.pt/)
"Francisco Costa Gomes era rapaz de se divertir pelas boîtes da animada Lisboa de então, na companhia do pintor Henrique Medina, que aconselhava o amigo a casar-se e a tornar-se um homem de família. Contudo, garantia que o casamento não fazia parte dos seus projectos, a não ser que ele tivesse uma rapariga para lhe apresentar", pode ler-se em As Primeiras--Damas. Foi assim que conheceu a sua futura mulher a partir de um quadro pintado por Medina. Só dois anos depois da primeira apresentação, no Porto, é que começariam a namorar.
Depois do casamento, Maria Estela muda-se de Viana do Castelo para Lisboa e, passados dois anos, o casal viaja para os EUA, onde Costa Gomes, militar, estagia no quartel-general da NATO.
O 25 de Abril traz um novo desafio ao casal: após a demissão de Spínola, é o marido de Maria Estela quem assume o cargo, que ocuparia entre 1974 e 1976. "É assim, adormecida na sua serena vida de esposa e mãe dedicada, que tem de encarar a nova realidade." Contudo, era "totalmente avessa a intrometer-se em vertentes práticas ou em qualquer acção de cariz político, limita-se a esperar, com pouca paciência, que chegue a hora de Costa Gomes abandonar o poder".»
(http://www.dn.pt/)
«Morreu Maria Estela de Antas Varejão Costa Gomes. A
viúva do ex-Presidente Francisco Costa Gomes, nascida em março de 1927
na freguesia de Santa Maria Maior, Viana do Castelo, vivia num Lar das
Forças Armadas, em Oeiras.
Ex-professora, Maria Estela acompanhou Costa Gomes, que
morreu em 2001, em várias visitas oficiais, principalmente à Europa. A
15 de abril de 1976, foi agraciada com a Classe I da Ordem "23 de
agosto" da Roménia.
No livro "Primeiras-damas do pós-25 de Abril", Manuela
Goucha Soares refere que Maria Estela "foi obrigada a abandonar a sua
casa na Av. Estados Unidos da América, em Lisboa, pouco tempo depois de o
marido ter assumido as funções de Presidente da República na sequência
da manifestação da Maioria Silenciosa, a 28 de setembro de 1974".
Segundo a co-autora do livro publicado pelo Museu da
Presidência, "a instabilidade política da época obrigou Francisco da
Costa Gomes a mudar-se com a família para o Palácio de Belém em novembro
de 1974.
"O período em que o marido foi Presidente da República
não foi um tempo feliz para Maria Estela (...)", acrescenta Manuela
Goucha.
Estela e Costa Gomes casaram em 1952 na Sé de Viana do
Castelo. "A menina oriunda de família da classe média que bordara todo o
seu enxoval assumiu sem dificuldade o papel demasiadamente discreto a
que estavam destinadas as mulheres dos militares de carreira no início
dos anos 50".
O seu único filho nasceria em 1956 no antigo Hospital da Família Militar e receberia o nome do pai.
Ainda segundo a jornalista, a vida tranquila de Maria Estela na capital
haveria de ser várias vezes interrompida pelas comissões de Costa Gomes
em África.
Olá Viviana!
ResponderEliminarFez muito bem em retomar este assunto. Estou convencido que a história do Presidente Costa Gomes e da sua Dona Estela, daria para escrever um volumoso livro. Quem diria que uma figura pública com um ar tão simples e discreto, que parece ter sido sempre empurrado para a ribalta, mais do que procurado o poder, teria atrás de si uma história de vida ao mesmo tempo romântica e dramática, mas sempre tão corajosa e interessante?
Cumprimentos
Ricardo Esteves
(cronicas-portuguesas.blogspot.pt)
Excelente post,grato pela partilha.
ResponderEliminarAbraço.
Olá, Ricardo
ResponderEliminarObrigada pela visita e pelas palavras aqui deixadas.
Na verdade, eu não fazia ideia da história bonita que este casal trazia consigo.
Apreciei deveras o que descobri.
Li vários registos a respeito e guardei algumas fotos muito interessantes, as quais "trarei" para aqui numa ocasião oportuna.
Obrigada por me ter entendido.
um abraço e boa sorte, para o seu blgue e para si
Viviana
Olá meu amigo Manuel
ResponderEliminarQue bom que apreciou o tema exposto.
Obrigada.
Um forte abraço
Viviana
Cara Amiga Viviana
ResponderEliminarÉ verdade tudo o que diz e escreveu sobre a minha tia Estela, sempre foi uma pessoa muito especial, culta e discreta quanto baste, nunca se quis intrometer nas decisões do meu tio, o seu amor por ele e pelo filho era eterno e especial, todos os seus irmãos a admiravam e em especial a minha mãe a irmã mais nova que a idolatrava (achava eu que algumas vezes até exagerava, mas não, de facto eram todos uns irmãos muito unidos. O seu maior desgosto foi a morte do filho. Quis Deus que t6erminasse a sua vida no lar dos Oficiais das Forças Armadas em Oeiras (IASFA) onde foi sempre muito bem tratada. Sobre o meu tio a minha admiração e orgulho era imensa, pois alem de um militar brilhante era uma pessoa muito inteligente e de muito fácil trato, acessível, falava com toda a gente da mesma maneira. Dava gosto est7ar horas a falar com ele pois sabia de tudo e tinha conhecimentos infinitos.
Beijo
João
Olá, João
ResponderEliminarQue agradável e interessante surpresa, a sua visita e o seu comentário, a este espaço!
Gostei muito de publicar o tema em questão.
Aprendi, que é uma coisa que eu pretendo fazer enquanto por aqui andar.
Dei a conhecer uma história bonita que, quanto a mim, merece e necessita ser divulgada.
Comoveram-me as suas palavras...
Foi como que uma compensação por ter exposto o assunto.
Um grande abraço e muito obrigada
Viviana
Gostei muito de " Uma Linda História de Amor" Gostei também de que o Município de Viana do Castelo, adquirisse por vontade da Senhora Dona Estela Costa Gomes, esta Belíssima obra de Henrique Medina.
ResponderEliminarParabéns, já tinha lido a história de amor, mas esta está mais completa, cheguei aqui por procurar pinturas de Medina para produzir um PPS e posteriormente um vídeo só com pinturas de Henrique Medina.
Dou conhecimento que a Camara Municipal de Viana, publicou a pintura que adquiriu à família da Senhora Dona Estela e informa ao pormenor todo o traje de mordoma, que é precisamente o traje da pintura
ResponderEliminarOlá, Carlos
ResponderEliminarQue agradável a sua visita a este cantinho...
Muito obrigada.
Que bom que apreciou "Uma linda história de amor"...
Não sabia da interessante decisão da Câmara de Viana, em relação ao retrato da Senhora Dona Estela.
Fiquei contente, creia.
Já estive no seu blogue, o qual muito apreciei.
E não é que já tinha ali colocado todas aquelas maravilhosas pinturas do saudoso Henrique Medina!?
Voltarei lá com mais tempo, se Deus quiser.
Parabéns! pelo excelente trabalho.
Um abraço
Viviana