O Poeta Silas Pego e a esposa |
O poema é m tanto extenso, porém creio que sendo tão rico, valerá a pena lê-lo na totalidade.
Uma introdução:
"Hoje, 26 de Junho de 2013, é o dia que ultrapasso os 70, esse número redondo de que a Bíblia nos fala assim:
A duração da nossa vida é de 70 anos e se alguns, pela sua robustez, chega aos 80 anos, o melhor deles é canseira e enfado, pois passa rápidamente e nós voamos.
Curiosamente, estas palavras são atribuidas a um homem que iniciou a sua epopeia aos 80 - Moisés! E será dele ainda esta belíssima oração:
Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos corações sábios. (Livro dos Salmos 90:7 e 12)
Este é um tempo de balaço que aqui pretendo assinalar com gratidão, nestes 7 degraus ou "migalhas", em saltitantes versos.
O FILME
Acção 1
Paragem na vida
que passa os 70
Já nada se inventa
Pois tudo é sabido...
Se o tempo nos foge
Não foge nem mente
E o que era aparente
Passou sem sentido...
E em beve balanço
De vida já longa
P`rá além se prolonga
O bem que ficou
E o saldo proclama
Com graça e verdade
Fé na eternidade
De quem nos amou!
Acção 2
No tempo que passa
Presente que morre
Futuro que corre
Quem diz onde estou?
E tu que me escreves
Com tinta a correr
Será que a escrever
Me dizes quem sou?
Espelho da vida
Que vês ao contrário
Meu ser solitário
Que dizes de mim?
E em sua magia
Que tudo devassa
Num filme que passa
Mostrou-me-...assim:
Acção 3
Já vejo ou vislumbro
Com olhos fechados
Meus dias passados
Num filme de mudos...
E a base sonora
Que envolve o cenário
Transforma o calvário
Das lanças e escudos!
Celestes poemas
De acordes e arranjos
Suspendem os anjos
Cantando alegria!
E vendo onde estive
Mas cheio de encanto
Surpreso me espanto
Ao ver cruz vazia...
Acção 4
E abrindo meus olhos
Eu vejoesse monte
Com novo horizonte
Que espraia harmonia!
Quem sou e onde estou
No tempo presente
Que sente o que sente
Ao ver cruz vazia?
Só a lança quebrada
Do centurião
Recorda, no chão,
A intensa agonia...
E o filme revela
Que a VIDA voou
E a morte deixou
Aos pés de Maria...
Acção 5
Subindo em vapor
No espaço do tempo
Meu tempo acrescento
Sem peias ou dor...
Saudades são asas
E a vida que tenho
Cravada no lenho
Renasce em fulgor!
Silêncio de mudo
Contemplo essa paz
Que Cristo me traz
Por graça e favor
E o novo cenário
Do filme que passa
Ostenta essa graça
Do meu Redentor!
Acção 6
E olhando p`ra trás
Quem és tu que passas
Chorando as desgraças
Do filme que é teu?
Quem és, meu amigo
Que gemes e choras
Mas deuses que adoras
Não chegam ao céu?
Se ao menos pudesse
Voltar ao passado
E dar-te o recado
Que está tudo feito...
Se ao menos pudesse
Com este poema
Romper-te o dilema
Que abrasa o teu peito...
Acção 7
Já solto no espaço
Que o filme projecta
Bem perto da meta
Já ouço um cantor!
E a música em canto
Batuta que é cetro
Traureio e soletro
Pois sei-a de cor!
E os astros que vejo
Tão perto de mim
Me dizem assim
Com voz de tenor
- Bem-vindo, que chegas
Por creres somente
Que a VIDA é um presente
De Cristo, o Senhor!
Silas Pego
Braga, 13.06.26
Olá amiga Viviana.
ResponderEliminarO poema! lindo e verdadeiro...
Alegre Domingo.
Abraços
Que bom ter recordado aqui o amigo Silas.
ResponderEliminarHá uns 15 anos que não o vejo, mas o carinho continua. Algumas vezes lembro-me dele a dizer os poemas que tão bem escreve, como este.
Beijos.