sábado, 28 de setembro de 2013

Do belíssimo Diário de Edith Holden

Edith Holden - Fonte da imagem: www.babelio.com

O Diário  no Original inglês


O mesmo Diário em português - o meu

Como os meus amigos que por aqui passam já perceberam, eu  gosto muito de livros. Tenho muitos, mesmo muitos...que tratam os mais diversos temas.Para além, dos meus livros pessoais...tenho aqui em casa uma biblioteca que, segundo o Jorge diz, tem mais de três mil exemplares.

Claro que o livro mais precioso e importante que possuo, é a Bíblia Sagrada - a Palavra de Deus. É através dela que me aproximo do meu  Abba - Paizinho - Deus e Senhor  - a minha melhor porção nesta terra.

Hoje, porém quero falar-vos de um livro maravilhoso que me foi oferecido há muitos anos - talvêz uns vinte...que é um meus preferidos. Trata-se do livro na imagem acima. A Alegria de viver com a Natureza. Isto, na versão portuguesa.
É um Diário, inteiramente escrito á mão com grande esmero, inclui os seus poemas favoritos e os seus pensamentos e observações pessoais acerca dos fenómenos  naturais que teve ocasião de presenciar nas proximidades da sua casa  em Warwickshire, bem como  durante as suas viagens pela Inglaterra e pela Escócia. As maravilhosas e excelentes aguarelas   de aves, borboletas, abelhas e flores que encontramos em cada página constituem o reflexo fiel do seu profundo amor á natureza; têm  o sentido do pormenor de um naturalista e a sensibilidade de um artista.
Este livro único e encantador permaneceu ignorado durante setenta anos.
 
Para começar, escolhi para partilhar hoje com os amigos, um texto escrito por a artista no dia 22 de Setembro de 1906, tendo em conta que entre nós chegou o Outono.
 
SETEMBRO
 
Set.22. Havia lá (na Escócia) uns enormes castanheiros que, segundo se diz, foram plantados pelos monges, e umas nogueiras gigantescas, as maiores que já vi na vida. Também há um buxo  que, ao que parece,  foi plantado pela raínha Mary. A maior parte dos castanheiros eram frondosos e fortes e tinham uns lindíssimos troncos retorcidos. Tanto os castanheiros como as nogueiras estavam carregados de frutos. Os muros das ruínas do convento estavam cobertos de avenca.
Em muitas das gretas que apareciam no alto, entre as pedras,  pendiam as delicadas campânulas lilases das campaínhas. Ao atravessarmos as altas colinas que separam o vale do Teith da zona  de Menteith, passámos por várias turfeiras. As cores  de alguns musgos e de algumas plantas do lameiro eram muito vivas. As mais notáveis eram as das espigas com sementes dos hartécios cor-de-laranja. e alguns musgos de um verde incrívelmente pálido. Agora a urze está a tornar-se castanha e só  de vez em quando aparece algum pedacito côr-de-rosa.

2 comentários:

  1. Olá viviana.
    Deve ser sem duvida nenhuma muito interessante esse diário.
    Os livros são tesouros, que depende de nós querermos ou não "enriquecer" com eles.

    "De três coisas precisa o homem para ser feliz: bênção divina, livros e amigos".

    ( Henri Lacordaire )


    Viviana, bom resto de sábado, e amanhã, bom dia do Senhor.

    Abraços.

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  2. querida Rosa

    Que lindo e verdadeiro esse pensamento!
    Eu, pela graça do Senhor...possuo as três coisas!

    Creio que tal como por aqui, deve estar a chover bem por as "bandas de Águeda"
    Aqui acabou de cair uma enorme chuvada.
    AH! mas a natureza está agradecida por essa dessetentação.
    Um grande abraço, amiga linda
    Viviana

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