Pedro Homem de Mello. Fonte da imagemchuviscos.blogspot.com |
CARTA DE AMOR
Mandei-te versos meus onde pusera,
No desejo subtil de te encontrar,
Por trás de uma canção de primavera,
A minha alma a sangrar.
Por sorte, naquele dia,
Toda a suave alegria
De viver, de rir, de amar,
Espalhara-se na luz, espalhara-se no ar...
E o meu canto, e os meus ais
Não ouviste sequer!
A culpa não tua que és mulher,
A culpa foi do céu, azul demais...
(Pedro Homem de Mello
No livro - Segredo
Prémio Antero de Quental (Poesia)
e menção da Academia das Ciências
Porto, 1953)
Olá Viviana querida.
ResponderEliminarComo ele declamava bem os versos que criava...A T.V. bem podia mostrar essas gravações,que tem guardadas.
Postagem bonita, a amiga sabe escolher.
Agora tenho de explicar sobre o meu comentário acerca dos actores Bibi e Procópio Ferreira.
Não quero "louros" pelo que não
vivi. Eu tenho o hábito de dizer que os artistas vêm até minha casa,quando trazidos pela T.V. ou pela rádio. E foi assim com estes grandes artistas brasileiros, não os conheci pessoalmente. Eu era muito nova, o meu pai ofereceu-me um rádio, e eu conheci musica e artistas através daquela caixa maravilhosa... vozes bonitas, musica, poesia, entrevistas, eu era "cliente assidua..."
Quanto à rádio (pirata)da qual guardamos boas recordações e saudades, não era em nossa casa,mas sim no respectivo estúdio.
Em nossa casa, criámos foi um jornal quinzenal, dedicado à nossa terra.Só viveu um ano certinho, mas teve boa colaboração e dignidade. Foi a nossa ultima maluquísse apoiada em grande pela nossa filha mais velha.
E pronto, tudo esclarecido; perdoe Viviana por eu ter ocupado este espaço,mas não estava certo permanecer este lapso.
Obrigada pelas suas palavras e simpatia.
Beijinho.
Dilita.
Querida Dilita
ResponderEliminarAcerca da Bibi Ferreira e do Procópio Ferreira...
Eu deveria ter depreendido...
Masfoi tal o entusiasno!
Quanto ao grande poeta Pedro Homem de Mello, já numa postagem anterior sobre ele, contei um pouco da sua triste história.
Um "senhor de sangue azul", tão amigo da sua pátria (o que fez pelo Folclore!) Tão amigo do seu povo... "Ó povo que lavas no rio..." Era professor do ensino Secundário, foi professor do meu marido em Matosinhos em 1953...quando do lençamento deste livro "Segredo", que tem uma dedicatória do autor, ao Jorge...este bom homem só porque "era da direita"? - foi saneado do cargo de professor, e acabou os seus dias vendendo os seus livros de porta em porta e vivendo da caridade alheia.
Nunca mais se falou nele! acho que é mais que tempo de o raabilitar! É o
minimo que se lhe pode fazer...
Enfim...é o pais que temos...
Um grande abraço e o desejo de um lindo dia já com sol
Viviana
Na verdade sou uma privilegiada por ser contemporânea de grandes figuras da cultura portuguesa.
ResponderEliminarLembro-me até de alguns pormenores dos seus discursos.
Com um bocadinho de sorte a RTP Memória vai-nos trazendo aqueles belos programas. Estou a seguir, diariamente, o Pf. Hermano Saraiva.
Como se aprende!...
Obrigada Viviana pela atenção para comigo.
ResponderEliminarDesconhecia essa fase triste da vida de Pedro Homem de Melo. Ele era mesmo um senhor, no aspecto, no saber, e no trato.Também o recordei no meu cantinho do poeta, na rádio pirata, tive esse prazer.
Li uma poesia intitulada O rapaz da camisola verde... (O Frei Hermano da Câmara canta estes versos.) A poesia de Pedro Homem de Melo tinha sempre algo ligado ao povo, uma certa ternura pelos mais simples.
Minha amiga,bem cedo afinal estes patriotas de meia tigela, começaram a matar Portugal...
Beijinho, e bom fim de semana que já vem perto.
Dilita
Querida Mimi
ResponderEliminarBem que eu gostava!!!
Garanto-lhe que faria tudo para não perder!
Um grande abraço
Viviana
Querida Dilita
ResponderEliminarPedro Homem de Mello era um "grande senhor" sim.
Aqui está o Poema do Rapaz da Camisola Verde, cantado por a grande Amália.
Pedro Homem de Melo : O rapaz da
camisola verde
De mãos nos bolso e de olhar distante,
Jeito de marinheiro ou de soldado,
Era um rapaz de camisola verde,
Negra madeixa ao vento,
Boina maruja ao lado.
Perguntei-lhe quem era e ele me disse
“Sou do monte, Senhor, e um seu criado”.
Pobre rapaz de camisola verde,
Negra madeixa ao vento,
Boina maruja ao lado.
Negra madeixa ao vento,
Boina maruja ao lado.
Negra madeixa ao vento,
Boina maruja ao lado.
Porque me assaltam turvos pensamentos?
Na minha frente estava um condenado.
Vai-te, rapaz da camisola verde,
Negra madeixa ao vento,
Boina maruja ao lado.
Ouvindo-me, quedou-se o bravo moço,
Indiferente à raiva do meu brado,
E ali ficou de camisola verde,
Negra madeixa ao vento,
Boina maruja ao lado.
Negra madeixa ao vento,
Boina maruja ao lado.
Negra madeixa ao vento,
Boina maruja ao lado.
Soube depois ali que se perdera
Esse que só eu pudera ter salvado.
Ai do rapaz da camisola verde,
Negra madeixa ao vento,
Boina maruja ao lado.
Ai do rapaz da camisola verde,
Negra madeixa ao vento,
Boina maruja ao lado.
Negra madeixa ao vento,
Boina maruja ao lado.
Negra madeixa ao vento,
Boina maruja ao lado.
Poema: Pedro Homem de Mello
Musica: Frei Hermano da Câmara
Uma boa noite de descanso e um grande abraço, amiga
Viviana