sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Um Poema de Edmond Holmes

Tordo 
   Como o tordo no Inverno, quando os céus
   estão tristes e sombrios e nuas estão as árvores,
   que canta sem desânimo, até despontarem 
   das suas melodias perfumes primaveris
   que flutuam no ar gelado - 
também no meu coração, quando o gélido hálito
da tristeza é desolador, amargo, e dura é a sua frieza,
      desponta, desafiando o desespero e a morte,
      uma áurea fonte de  canto triunfante.
Continua a cantar, gentil cantor, até virem as violetas
   e soprarem os ventos do sul, continua, ave profética!
   Oh, se os meus lábios, que para sempre emudeceram,
   pudessem cantar o que o meu triste coração escutou,
        os momentos mais negros da minha vida
        seriam dominados por canções de alegria,
   o frio mais negro da vida transformar se-ia em Primavera.

       (Edmond Holmes - Poeta Irlandês - 1850/1936)
No livro - A Alegria de viver com a Natureza - de Edith Holden

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