segunda-feira, 19 de maio de 2014

Poema L - de Armindo Rodrigues

Como uma estrela que, súbita, se despega
do céu irremediável e logo se some
na obtusa noite sem limites,
que pensamento foi este que  esvoaçou
agora por mim?
Procuro exprimi-lo, reconstitui-lo, fixá-lo,
na minha consecutiva perplexidade,
mas só
o deslumbramento fugaz que me encheu
consigo rever-lhe,
oco, porém, e surdo, e inquietador, e inquieto.

(Armindo Rodrigues)
No livro - Prisão

2 comentários:

  1. Um post lindo (adoro amores perfeitos)

    É mesmo assim, vivemos e sentimos as coisas, mas por vezes não as conseguimos expressar.


    Viviana, espero que tudo esteja bem por Mira Sintra :))

    Abraços.

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  2. Querida Rosa

    É mesmo isso, como diz...

    Um abraço
    Viviana

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