O maior e o mais grave problema que o ser humano enfrenta é de caráter relacional; trata-se, essencialmente, do desejo mortal de viver fora do controlo e da soberania do seu Criador.
Esta atitude nasce de um desejo maligno e egocêntrico que considera Deus um opressor que procura restringir ou anular a liberdade pessoal do homem e que, em última análise, não passa de um ditador cuja satisfação consiste em suprimir todo e qualquer tipo de prazer que as suas criaturas desejem gozar.
Esta visão distorcida da pessoa e do caráter de Deus revela o orgulho irreverente que controla e domina o coração humano, impenitente e ingrato.
C.S Lewis afirmou certa vez que o orgulho é o pior pecado do ser humano. Em certa medida, esta afirmação contém uma doze de verdade, visto que o orgulho é uma espécie de rei solitário que não tolera concorrentes, mas a todos subjuga.
Uma das atitudes essencialmente ligadas ao orgulho é a ingratidão. Um coração orgulhoso, arrogante e egocêntrico não encontra razões para reconhecer o valor ou a importância dos outros.
Graças a Deus, um dos ministérios do Espírito Santo no ato da regeneração consiste em “arrancar” o veneno do orgulho do coração do pecador penitente e, consequentemente, implantar em seu lugar uma atitude de gratidão, que passará a caraterizar o coração transformado.
Segundo o ensino das Escrituras, o espírito de gratidão está intimamente ligado à verdadeira piedade. Um coração alcançado pela graça redentora de Cristo revela o reconhecimento do amor de Deus por meio de ações de graças, isto é, através de atitudes e ações concretas que provam a sua compreensão de que tudo o que é, e tem, vem de Deus e que nada lhe foi concedido por mérito próprio.
Quando tudo o que envolve a nossa vida passa a ser visto como uma dádiva vinda de Deus, então, o nosso coração aceitará a exortação do apóstolo Paulo “em tudo dai graças”.
Querendo completar a sua exortação, Paulo apresenta a razão principal pela qual devemos sempre dar graças. É que essa atitude de reconhecimento nasce do coração do próprio Deus. É da vontade de Deus que todos os que foram redimidos, perdoados e lavados pelo sangue do Cordeiro façam da atitude de gratidão o seu estilo de vida.
Se é verdade que o orgulho é um parceiro e “perfeito cúmplice” da ingratidão, é igualmente verdade que a gratidão é amiga da humildade. A atitude de reconhecer o que nos é feito (ou dado) pelos outros requer uma dose de humildade genuína que leva aquele que agradece a valorizar o outro, atribuindo-lhe os louvores que lhe são devidos.
Que o Senhor, na sua infinita misericórdia, nos conceda corações agradecidos, capazes de anunciar, em todas as áreas da nossa vida, as virtudes daquele que nos chamou “das trevas para a sua maravilhosa luz”, da morte para a vida, do domínio de satanás para “o reino do Filho do Seu amor”.
Pr. Samuel Quimputo
Soli Deo Gloria!
Nota:
Aprecio muito ler os artigos escritos pelo estimado Pastor Samuel Quimputo, da Igreja Baptista de Sete Rios em Lisboa.Também gosto de repartir o que encontro que acho que me enriquece como pessoa humana, por isso, decidi partilhar este texto aqui, com os amigos que habitualmente por aqui passam.
Olá Viviana.
ResponderEliminarMuito interessante este texto do Pastor Quimputo.
"Que o Senhor, na sua infinita misericórdia, nos conceda corações agradecidos, capazes de anunciar, em todas as áreas da nossa vida, as virtudes daquele que nos chamou “das trevas para a sua maravilhosa luz"
Viviana, tenha uma boa semana.
Abraços.
Querida Rosa
ResponderEliminarEste, é um homem de Deus!
Um abraço, amiga linda
Viviana