Outras vezes encontro nuvens espessas.
Avisto crianças que vão para a escola.
Pardais que pulam pelo muro.
Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais.
Borboletas brancas, duas a duas,
como refletidas no espelho do ar.
Marimbondos que sempre me parecem
personagens de Lope de Vega.
Ás vezes, um galo canta.
Às vezes, um avião passa.
Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino.
E eu me sinto completamente feliz.
Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas,
que estão diante de cada janela,
uns dizem que essas coisas não existem,
outros que só existem diante das minhas janelas,
e outros, finalmente,
que é preciso aprender a olhar,
para poder vê-las assim.
Cecília Meireles
Recebido via e-mail
Olá Viviana.
ResponderEliminarLindo,lindo.
Para guardar e reler.
Viviana, tenha uma noite abençoada.
Abraços da amiga
Muito bonito! Pois o que existe depende dos olhos de quem olha. Quantas vezes olhamos e nao vemos. Como vai a Viviana? Beijinho grande!
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