UM COMPROMISSO RADICAL
«Durante os cerca de três anos em que exerceu o seu ministério terreno, o
Senhor Jesus foi conhecido como mestre. A razão era simples: ele tinha
congregado à volta de si um grupo de seguidores (discípulos), cujo
número foi aumentando de dia para dia, chegando a produzir ciúmes nos
demais mestres, concorrentes, que havia em Jerusalém.
O seu ensino era admirado por todos os que o ouviam. A autoridade com
que expunha a verdade e fazia as suas afirmações era sublime e
incomparável. Dos seus lábios, a mensagem do reino de Deus era
proclamada com amor, com segurança, mas sem demagogias.
Não procurava subterfúgios para denunciar práticas reprováveis dos
líderes religiosos, não importando o grau de respeitabilidade que
possuíssem diante das massas.
Mesmo em relação aos próprios discípulos que o seguiam, nunca deixou de
lhes anunciar a temerosa mensagem acerca do inferno e dos insuportáveis
terrores que aguardam aqueles que rejeitam a mensagem da salvação, por
ele trazida, e que se recusam a aceitá-lo como o Messias prometido a
Israel.
Não restam dúvidas que quando fez afirmações, tais como: “filho,
perdoados estão os teus pecados” ou “...para que todos honrem o Filho,
como honram o Pai”, ou ainda, “eu e o Pai somos um”, estava a declarar,
embora de modo indireto, a sua divindade (Marcos 2:5; João 5:23; João
10:30).
Portanto, embora fosse um mestre igual aos outros, no sentido comum de
quem “instrui” os seu fiéis alunos, Ele era, ao mesmo tempo, diferente
de todos os outros.
Sendo um mestre singular, a lealdade a Ele devida tem de ultrapassar
todo e qualquer vínculo que alguém possa estabelecer com os que lhe são
mais próximos.
É nesta base de um compromisso sério e de uma lealdade completa e sem
reservas que o Senhor Jesus desafia todos aqueles que se prontificam a
segui-lo a colocarem em segundo plano todos os outros relacionamentos.
Para Ele, todo o vínculo de amor, de afeto e de lealdade que se iguale
ou ultrapasse aquele que o discípulo deve estabelecer com Ele, significa
desqualificação para o verdadeiro discipulado.
Segundo o parâmetro estabelecido pelo Senhor Jesus, ser seu discípulo é
prontificar-se a enfrentar, caso seja necessário, a própria morte. A
lealdade devida a Ele deve suplantar todo o tipo de dedicação a outros,
inclusive, à própria vida.
Não é de estranhar que o Senhor Jesus coloque o desafio dessa forma tão
radical. Afinal de contas, o amor a Deus deve ser vivido e expresso
“acima de todas as coisas”, isto é, acima de tudo e de todos.
Ser discípulo do Senhor Jesus exige uma dedicação e uma renúncia
completas (Lucas 14:33). Ou Ele ocupo lugar de primazia nas
prioridades do discípulo, ou tudo não passará de discipulado superficial
e temporário.
Ser discípulo do Senhor Jesus requer um completo abandono do amor pela
própria vida e uma prontidão destemida para anunciar o seu amor e a sua
graça a um mundo sem vida, sem luz e sem esperança (Lucas 9:23-26).
Que o Senhor tenha misericórdia de nós e derrame sobre nós a sua graça,
de modo a podermos viver a nossa espiritualidade de forma abnegada,
dando ao Senhor Jesus a primazia em nossos corações, dedicando-lhe todo o
nosso ser, assumindo o facto de que, para nós, tal como assumiu o
apóstolo Paulo, “o viver é Cristo, e o morrer é ganho”»
(Filipense 1:21).
Soli Deo Gloria!
Pastor Samuel Quimputo - Igreja ev. Baptista de Sete Rios - Lisboa
(No blogue http://ieb-7rios.blogspot.pt/)
Bom dia Viviana, este estudo veio na hora certa para mim. Foi uma resposta que eu há muito tempo andava a pedir e me abriu bem os olhos,
ResponderEliminarEste Sr. Pastor escreve coisas lindas que enchem o nosso coração. Bom domingo e um grande abraço.
Manuela
Querida Manuela
ResponderEliminarQue bom amiga!
Que o Senhor seja louvado e engrandecido.
A Ele toda a Glória!
O meu fraterno abraço para si e para o Carlos
Viviana