«Quando pensamos na doutrina da salvação, o que, imediatamente, nos vem à
mente é a bondade da graça divina que nos garante o perdão dos nossos
pecados, a absolvição (ou libertação) da condenação eterna e a certeza e
o gozo da vida eterna, que nos é outorgada no presente e que será
plenamente desfrutada na presença de Deus, na nova terra que será
preparada para esse mesmo fim.
Embora estas bênçãos façam, de facto, parte das consequências da obra
expiatória que o Senhor Jesus realizou na cruz do Calvário, há, contudo,
um elemento qualificador que a todas elas dá sentido.
Segundo o ensino das Escrituras, o ponto mais alto da nossa experiência
cristã será a nossa glorificação, isto é, a plenitude da santidade que
irá caraterizar a nossa vida, adequando-a à nova realidade de
proximidade e de comunhão com o Deus santo (Romanos 8: 17,18).
A ressurreição dos nossos corpos (ou a sua transformação aquando da
vinda do Senhor Jesus) inaugurará o estado final e permanente da nossa
nova vida em Cristo, isto é, a redenção do nosso corpo (Romanos 8:23).
A santificação, portanto, é a operação sobrenatural que o Espírito santo
realiza no interior de cada um daqueles que foram regenerados e
justificados por Deus, realizando as “cirurgias” necessárias a fim de
que, no final, as marcas do caráter de Cristo estejam bem patentes na
personalidade de cada filho do Pai celeste.
O processo da operação espiritual levada a cabo pelo ministério e pelo
poder transformador do Espírito Santo requer uma resposta e uma entrega
voluntárias por parte do crente.
A evidência das mudanças que vão sendo operadas no coração (centro da
personalidade humana) garantem a qualidade da saúde espiritual,
necessária a todos aqueles que foram alcançados pela maravilhosa graça
divina. É por esta razão que o autor bíblico afirma que “sem a
santificação, ninguém verá a Deus” (Hebreus 12:14). Significa que a
santificação funciona como a “bússola” que garante a rota certa rumo à
bendita presença de Deus.
O desafio divino aos salvos em Cristo é que estes, diferentemente de
Moisés que resolveu ocultar a glória refletida em seu rosto, por ter
estado na presença de Deus, reflitam a imagem do caráter de Cristo, por
meio do seu viver.
A glória e a imagem de Cristo a serem reveladas têm a ver com o Seu
caráter. Por outras palavras, essa glória corresponde ao fruto do
Espírito, marca e evidência da presença e da Sua ação no interior de um
coração quebrantado, amolecido e transformado pelo poder divino (Gálatas
5: 22,23).
Essa transformação é um processo contínuo, por meio do qual a
experiência da fé vai alcançando, progressivamente, diferentes e
crescentes graus de glória, até ao “dia de Cristo” (Filipenses 1:6).
Esta é a razão pela qual o apóstolo Paulo apelou, com alguma emoção,
aos crentes em Roma, rogando-lhes que se deixassem transformar pela
renovação da sua mente (Romanos 12:2). É como se o apóstolo os
estimulasse a “deixar que o Espírito realizasse a sua sensível obra de
transformação interior” neles, a fim de que a beleza de Cristo, e não a
feiura do mundo, fosse vista por todos.
Que o Senhor de toda a glória nos dê a sua graça, capacitando-nos a
viver de modo tal que a glória, o caráter e a beleza de Cristo sejam
patentes diante daqueles que se encontram no nosso raio de ação ou que
connosco vivem.
Que o Senhor afaste de nós tudo o que venha ofuscar a santidade e a
beleza do nosso bom Mestre, impedindo muitos de verem a glória e os
resultados (maravilhosos) do poder da cruz em nós e através de nós».
Soli Deo Gloria!
Pastor Samuel Quimputo
Boletim 164
26 julho 2015
Bom dia, Viviana!
ResponderEliminarBelo texto.
Realmente só melhoramos e mudamos quando nos aproximamos de Cristo. Ouvir a Palavra, meditar, aprender... a cada dia nos coloca pais perto de Jesus e sendo assim, mudamos e podemos refletir os ensinamento do Mestre, ganhando almas.
Que Deus abençoe sua semana.
Abraços,
Márcia.
Olá, Márcia
ResponderEliminarQue boa surpresa a sua visita...
Muito obrigada.
Já fui "espreitar" o seu blogue,
penso voltar lá com mais tempo.
É surpreendente!
Um grande abraço
Viviana