segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

ESPANTO - Um poema de Maria Alberta Meneres


 
 Uma vista da casa da aldeia (a foto é minha)

ESPANTO

Uma gota de chuva
suspensa de um telhado

dá-lhe o sol  e parece
pequena maravilha

É um berlinde, dizem
crianças entre si

É uma bola, e bela
mas não rebola, brilha!

É a lua? Uma bolha
de sabão de brincar?

Um balão? Um brilhante
de uma estrela vaidosa?

Diz a velhinha olhando:
Quem chorou essa lágrima?

Uma gota de chuva
suspensa de um telhado:

chegou uma andorinha
engoliu-a e voou.

 (Maria Alberta Meneres - no pequeno livro- Poesias da Consulta aos Pulos)


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