A poetisa portuguesa Florbela Espanca
Eu queria ser o Mar de altivo porte
Que ri e canta, a vastidão imensa!
Eu queria ser a Pedra que não pensa,
A pedra do caminho rude e forte!
Eu queria ser o Sol, a luz intensa,
O bem do que é humilde e não tem sorte!
Eu queria ser a árvore tosca e densa
Que ri do mundo vão e até da morte!
Mas o Mar também chora de tristeza...
As árvores também, como quem reza,
Abrem, aos Céus, os braços, como um crente!
E o Sol altivo e forte, ao fim de um dia,
Tem lágrimas de sangue na agonia!
E as Pedras...essas...pisa-as toda a gente!...
(Florbela Espanca - no livro - Sonetos de Florbela Espanca)
Olá Viviana.
ResponderEliminarLindo e emocionante este poema.
Sim, porque eu também acredito, que toda a natureza sente, ri e chora dos nossos comportamentos para com ela.
Radioso dia Viviana.
Abraços para os dois.
Querida Rosa
ResponderEliminarTambém gostei muito deste poema.
É de uma profundidade...
Li-o ao Jorge e ele ficou pensativo.
Um grande abraço
Viviana