Chorar de tristeza - Chorar de alegria

Florinha do campo. Foto da minha nora Anabela.

Chorar de tristeza

Hoje, manhã cedo, cheguei  à sala  e liguei a televisão para ouvir as notícias.

Encaminhei-me  depois  para a cozinha, ao lado da sala e, ouvi como primeira notícia:

«Na Sertã, hoje de madrugada, num incêndio numa casa de habitação, morreu uma bébé de 11meses.»

Iiii...com o meu coração, de mulher - mãe - avó, crente em Deus, logo, que valoriza a vida de quem quer que seja...senti uma dor-de -alma  e uma tristeza tão grande!...

Chorei, chorei sentidamente a perda daquela preciosa vida, naquelas brutais circunstâncias. 

Mais tarde, numa outra notícia, era dada a informação de que os Bombeiros que acudiram à  bébé,  e a  procuraram reanimar (tinha inalado fumo) sem o conseguirem, estavam em estado de choque.

Chorar de alegria

 Talvez, uma/duas horas mais tarde, ouvi  uma outra notícia:

«O Bruno, um adolescente de 13 anos, que sofre de uma forma grave de Leucemia, "encontrou" um dador compatível, na Polónia.»

Rapidamente me aproximei da televisão, a fim de entender bem o que tinha acontecido.

As câmaras mostraram m um lindo e sorridente adolescente, com aquele aspecto característico  que a doença  trás consigo, dizendo que gostava muito de ser um jogador de futebol. 

Numa outra imagem, surge a sua jovem mãe, linda, mas com o olhar triste de quem tem um jovem filho com uma doença tão grave. À pergunta do jornalista, sobre como se sentia, a jovem mãe suavemente, com um brilho especial nos olhos, disse: "Estou muito feliz.".

Perante aquela cena e aquela excelente notícia, chorei, chorei sentidamente,  de alegria. 

Elevei os meus olhos ao céu, e agradeci reconhecida, por  ter sido encontrada a solução ideal para a grave doença daquele adolescente.

E assim, hoje de manhã, num curto espaço de tempo, chorei de tristeza e chorei de alegria.