O poeta brasileiro Casimiro de Abreu. |
INFÂNCIA
Ó anjo da loura trança,
Que esperança
Nos traz a brisa do sul!
- Correm brisas das montanhas
Vê se apanhas
A borboleta de azul!...
Ó anjo da loura trança,
És criança,
A vida começa a rir.
- Vive e folga descansada,
Descuidada
Das tristezas do porvir.
Ó anjo da loura trança,
Não descansa
A primavera inda em flor;
Por isso aproveita a aurora,
Pois agora
Tudo é riso e tudo amor.
Ó anjo da loura trança
A dor lança
Em nossa alma agro descrer.
- Que não encontres na vida,
Flor querida,
Senão contínuo prazer.
Ó anjo da loura trança,
A onda é mansa,
O céu é lindo dossel.
E sobre o mar tão dormente,
Docemente
Deixa correr teu batel.
Ó anjo da loura trança,
Que esperança
Nos traz a brisa do sul!...
- Correm brisas das montanhas...
Vê se apanhas
A borboleta azul!...
(Rio de Janeiro - 1858
Casimiro de Abreu - 1839 / 1860)
Lindo!!! Simplesmente lindoooooooo…
ResponderEliminarManinha querida que estejas benzinho e tenhamos todos uma noite tranquila.
Belo!
ResponderEliminarOlá, L.
ResponderEliminarTambém achei lindo!
Sabe que o poeta escreveu este poema aos 19 anos e morreu aos 21?
Que pena...
Quantas mais coisas belas poderia ter escrito?
Um abraço
Viviana
Querida maninha Esperança
ResponderEliminarEu sei de quem te lembraste ao ler o poema...
Embora tenha olhos azuis, as tranças são castanhas.
Um beijinho e um bom dia
Viviana