quinta-feira, 4 de maio de 2017

Não usar o nome de Deus em vão

O pastor e escritor Alan Pallister. 
Não usar o nome de Deus em vão - desafios da actualidade

«É curioso que o uso do nome de Deus, em provérbios populares portugueses, não levanta necessáriamente muitos problemas.Se forem ditos de ânimo leve, sem pensar,  é  óbvio que são condenáveis por essa razão. Se forem usados com alguma seriedade, muitos deles encerram uma sabedoria que se aproxima do texto bíblico: "Deus o dá, Deus o leva" tem  muito a ver com Job 1:21; "Deus não dorme" podia ser o lema da história da rebelião de Absalão contra David;  "Deus escreve direito por linhas tortas" podia ser o lema da vida de José.
"O futuro a Deus pertence" é uma frase  que não é retirada literalmente da Bíblia, mas perfeitamente válida à luz do seu ensino.
"Mais vale quem Deus ajuda do que quem muito madruga" também reflete o ensino da Bíblia, com um pequeno toque de graça para  contrariar a ênfase mais habitual nas obras que fazemos.
Noutros casos a sabedoria que encerram é mais banal, mas não deixa de ser válida: "Deus diz: faz que eu te ajudarei" (frase que o autor já ouviu ser citada muitas vezes , por crentes evangélicos, como se se tratasse de um texto bíblico!).
"Deus é pai, não é padrasto" expressa, em tom humorístico, uma verdade. E há alguma sabedoria no provérbio " Deus me defenda do amigo, que do inimigo  me defendo eu".
Em alguns casos, poucos,  os provérbios ensinam algo que é completamente errado: "Deus é bom e o Diabo também não é mau", por exemplo. 

Quando fazemos planos para o futuro, a Bíblia  ensina que devemos usar, com toda a reverência, o nome de Deus:

"Há por aí quem diga: Hoje ou amanhã vamos para tal terra, passamos lá um ano a fazer negócios e ganharemos bom dinheiro". Mas nem sequer sabem o que vos vai acontecer amanhã! Não passam de uma nuvenzinha, que aparece uns instantes e rapidamente desaparece. O que deviam dizer era: "Se Deus quiser, ainda estaremos vivos e poderemos fazer isto ou aquilo". Mas não! A vossa arrogância leva-vos ao orgulho. Porém  esse género de orgulho nunca é bom".
(Tiago 4:13 a 16)

"Se Deus quiser"  é uma expressão muitas vezes usada na linguagem popular. É bom que assim seja, e sobretudo que seja pensada e não, como muitas vezes acontece, uma mera frase feita.»

(Pastor Alan Pallister - no livro - Ética Cristã Hoje)

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