quarta-feira, 28 de junho de 2017

Colhe quem semeia (2) - Pastor João António Marques


«Que seria de nós se a agricultura começasse a declinar, se as terras fossem abandonadas e deixassem de produzir, entregues ás ervas daninhas? De que nos valeriam as lindas habitações e os palácios? De que valeriam os automóveis  e os aviões? De que valeriam todos os produtos que saem das fábricas? De que valeria o ouro? De que valeriam as festas? Tudo seria inútil, sem os produtos indispensáveis à alimentação. Basta que haja anos agrícolas maus e  os géneros escasseiem para logo se verificarem graves  perturbações em todos os sectores da vida. Impõe-se,  portanto que os homens se dediquem à agricultura, para que haja alimentos. Não todos,  naturalmente - não seria necessário nem conveniente. Mas alguns têm de  dedicar-se ás tarefas agrícolas, para que  as terras produzam e todos tenham pão para comer.
Figuradamente falando, também há necessidade de colher:simpatia,  carinho, amor,  compreensão, misericórdia, perdão, enfim, colher tudo o que é bom e agradável na vida. É colhendo que viveremos. Aquele que nunca ceifa, que nunca recolhe nos  celeiros  do seu coração estes bens preciosos, esse não pode viver, estiola e, a pouco e pouco, morre espiritualmente, ainda que o seu corpo continue a viver..
Na vida cristã, mais do que em qualquer outro aspecto, temos absoluta necessidade  de colher, constantemente, os benefícios do Senhor. Mas para  isso é preciso,  como em tudo, semear. Como colheríamos sem ter semeado? Temos realmente de semear, se quisermos gozar as alegrias espirituais, ter paz na consciência, conhecer um coração tranquilo, em suma,  possuir aquela vida abundante de que falava Jesus Cristo. (João 10:10)»

(Pastor João António Marques - no livro - Olhai para os Lirios do Campo)

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