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Dorme, criança, repousa
ao beijo da brisa mansa,
a tua própria estrela não ousa
Teu soninho perturbar.
Descansa, agora descansa,
como a terra, como a lousa,
porque mais tarde criança,
não poderás descansar.
As trevas são mornas vendas;
fecha os olhinhos, infante,
pouco importam oferendas
vinda de Terra Distante,
Apaga o olhar meigo e langue,
que amanhã ao despertar,
terás lágrimas de sangue,
em vez de calmo sonhar...
Descansa os róseos pezinhos
- aves de claras plumagens -
amanhã quantos caminhos
esses pés hão-de trilhar!
E depois, ao fim das viagens,
mãos pesadas, mãos selvagens
com, lanças. cravos e espinhos
hão-de fazê-los sangrar...
Dorme, criança travessa.
a noite é macia e boa,
amanhã torpe coroa
ferirá Tua cabeça...
Rolarão pelos espaços
as longas horas, Jesus,
hão-de crescer os teus braços
sob a medida da cruz.
Sejam~te os versos que escrevo,
neste momento de enlevo,
a paga do que Te devo
pelo que me dás do céu.
Dorme, Cristo Imaculado,
pois serás crucificado
e eu sou o maior culpado,
o mais desprezível réu!
(Gióia Júnior - no livro - Orações do Cotidiano)
Olá Viviana.
ResponderEliminarLindo, lindo poema, e que palavras tão certas.
Um bom sentir para esta semana, que não devemos esquecer.
Viviana, resto de uma boa tarde solarenga.
Abraços.
.
Querida Rosa
ResponderEliminarTambém acho lindo e, muito verdadeiro...este poema de Gióia Júnior.
Aliás, ele tem outros poemas belíssimos, tais como O "Poema dos pés de Cristo."
Amiga, vivamos com alegria e muita...gratidão! estes belos tempos de Natal.
Bom trabalho, amiga.
Um grande abraço
Viviana