segunda-feira, 1 de outubro de 2018

MANHÃ DE OUTONO NUM PALÁCIO DE SINTRA - Um poema de Sophia de Mello Breyer Andresen

Um lugar  aprazível da bela Sintra. 

MANHÃ DE OUTONO NUM PALÁCIO DE SINTRA

Um brilho de azulejo e de folhagem
povoa o palácio que um jovem rei trocou
Pela morte frontal no descampado.

Ele não quis ouvir o alaúde dos dias
Seu ombro sacudiu a frescura das salas
Sua mão rejeitou o sussurro das águas

Mas o pequeno palácio é nítido - sem nenhum fantasma - 
Sua sombra é clara como a sombra de um palmar
No seu pátio canta um alvoroço de início
Em suas águas brilha a juventude do tempo.

(Sophia de Mello Breyner Andresen - no livro - OBRA POÉTICA II)

2 comentários:

  1. Olá Viviana.


    O poema é lindinho (como diz a Viviana) mas a foto é o ainda mais.

    A natureza gosta de nos brindar com a sua beleza...

    Viviana, tenham uma boa noite

    Abraços.

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  2. Querida Rosa:

    Sim, minha boa amiga, a Natureza revela quem a criou e, porquê a criou!

    É "todinha" para nós!
    Os seres por Ele mais amados!

    E é só uma pequenina amostra do quanto Ele tem reservado para nós, mais à frente.
    Daí...eu amá-lo tanto...

    Deus, é a minha melhor porção na vida!
    Para Ele, toda a adoração e louvor.

    O meu abraço, amiga
    Viviana

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