sexta-feira, 2 de maio de 2008

Os Hospitais e a saúde que temos


Ontem o Jorge sentiu-se mal, com febre alta, vómitos, tremores intensos, micções constantes e ardor, e desorientação.
Telefonei ao INEM, que depois de me ouvir, me disse para o levar para o hospital de imediato numa ambulância dos Bombeiros.
Fomos para a Urgência do Hospital da Amadora – Sintra, onde ficámos desde as 15.30 ás 23.30. (8horas). Eu sempre em pé ao lado da maca.
Esperámos mais de 4 horas para ele ser atendido, por uma médica muito competente e afável que lhe mandou fazer análises e uma radiografia, que levaram ao diagnóstico de uma infecção urinária.
Quando me “queixei” de tanto tempo de espera, ela respondeu que era preciso estarem ali mais 10 médicos naquela hora a trabalhar. Disse que são poucos cada vez são menos e que um dia destes não sabe como é que a Urgência poderá funcionar.
Voltámos para a sala de observação onde esperámos mais outras quatro horas, entre o tempo de fazer os exames e os mostrar.
Os corredores e salas de observação, estavam a “abarrotar” de macas e cadeiras de rodas. Um calor imenso e um ar completamente viciado, com tectos muito baixos e espaços exíguos.
De repente, ao lado de onde eu estava, ouve-se um grande burburinho, com um homem e uma mulher a gritar e dar “urros”.O segurança vem a correr mas não consegue suster aqueles dois que se rebelavam pelo longo tempo de espera.
Chamam a polícia que está á entrada da urgência (2) que vem a correr e que também se sentem incapazes de acalmar a situação.
Tudo isto resultou numa enorme confusão, como podem imaginar. De repente, oiço os enfermeiros e auxiliares a dizer para abrirem todas as portas ao fundo dos corredores e as janelas de uma outra ala. Ao mesmo tempo eu começo a tossir, a tossir sem parar e com uma enorme impressão na garganta e nos olhos. Vejo então que toda a gente tosse está como eu. Apercebo-me que os enfermeiros e auxiliares correm, com as cadeiras de rodas e as macas dos doentes, por um corredor do outro lado. Eu não sabia o que se passava e perguntei ás enfermeiras, mas ninguém me respondeu. Foi quando já estávamos instalados noutra ala onde havia janelas e portas abertas, que uma jovem mulher que estava na maca ao lado do Jorge, me informou que “aquilo era gás - pimenta", que a polícia tinha usado para acalmar o tal homem e a mulher que estavam a ser violentos.
Imaginem agora a situação: Numa urgência de um Hospital com centenas de doentes por ali… a polícia lembra-se de usar”gás - pimenta!”
Continuámos a tossir e a sentir-nos mal, durante um bom bocado, passado o qual lá nos mandaram regressar ao local inicial.

18 comentários:

  1. É terrível ir às urgências...

    Há muita falta de meios.

    As melhoras

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  2. Incrível! Até parece um filme (triste). É uma vergonha.

    As melhoras.

    Abraço

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  3. Olá minha querida Amiga, belíssimo texto, sobre uma realidade muito triste...
    Bom fim de semana,
    Fernandinha

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  4. Olá minha amiga.
    Isso é vergonhoso.
    Até quando saúde está em primeiro lugar.
    Que situação. E fica por isso mesmo.
    Boas melhoras.
    bjs carinhosos.

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  5. minha amiga
    é assutador ir a qualquer hospital,
    é vergonhosa a saúde pública que temos no nosso país...
    fico-me por aqui, pois tenho "histórias" que são autênticos filmes de terror!
    as melhoras do Jorge e
    beijinhos grandessssss

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  6. Olá Viviana, hoje venho só deixar-lhe um sorriso!

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  7. Olá Maria João!

    Desejo que tenha tido um dia bom.

    Tem razão. Só de pensar em ir á urgência a gente fica bem mais doente.

    Um abraço
    Viviana

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  8. È verdade Jorge.

    Parece mesmo um filme.

    Aí por o Norte será que é melhor?

    Espero bem que sim.

    Um abraço
    viviana

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  9. Olá Fernandinha!

    Um excelente fim de semana tambem.

    Um grande abraçoe, lindas fotos
    viviana

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  10. Olá ana Maria!

    Esperemos por melhores dias para as urgências...

    Um bom fim de semana e um grande abraço
    viviana

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  11. Olá Gaivota!

    Acho que quse todos nós temos trites histórias para contar sobre os nossos hospitais...

    Quem dera que eles funcionassem bem!

    Bom fim de semana
    Um grande abralo
    viviana

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  12. Olá Isabel!

    Não imagina o quanto lhe agradeço esse sorriso!

    Hoje as nuvens escuras não me permitem ver a estrela Isabel.

    Mas eu sei~lhe o sitio...e já a fui cumprimentar e devolver o sorriso.
    um sorriso
    viviana

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  13. Viviana, por favor diga ao meu compadre que lhe desejo rápidas melhoras. Estou a orar por ele.
    Um abraço,
    Mimi

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  14. MIMI,

    vou já dizer-lhe.

    Obrigada.

    beijinhos
    viviana

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  15. Isso se parece com os hospitais universitários de São Paulo...
    A saúde é deteriorada em todas as partes do nosso planeta!

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  16. Olá Caio!

    Parece que se passa o mesmo um pouco, ou um muito, por todo o mundo.

    Felizmente há excepções, como os paíeses Nórdicos por exemplo, onde á saude é dada toda a atenção.

    um abraço
    viviana

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  17. Por aqui, o cenário também não é muito animador, por isso só recorro às urgências em casos muito, mas mesmo muito urgentes.
    O seu relato é impressionante. Vivemos numa sociedade doente a vários níveis. Há males de raiz que em vão tentamos extirpar pelos nossos próprios meios.
    Abraço fraterno.

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  18. Olá Paulo,

    È verdade. Há males que por tão graves serem... precisam mesmo de um tratamento radical!...

    Enquanto esperava aquelas longas horas... pensei como seria, se por acaso o nosso Primeiro Ministro ou a Ministra da saúde, estivessem precisamente ali no meu lugar... em pé junto de uma maca, 8 horas, aguardando que o "seu doente" fosse visto pelo médico"...

    "eles não sabem nem sonham"

    Neste caso - o que é o "povo" passa!...

    Eles vão Londres por exemplo...
    num aviãozinho do estado... ou vão aos consultórios chiques dos grandes professores...

    Enfim..

    Vamos em frente e... cara alegre!

    Um grande abraço em Cristo - O Rei e Mestre do Amor
    viviana

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