Meto-me para dentro, e fecho a janela.
Trazem o candeeiro e dão as boas – noites,
E a minha voz contente dá as boas – noites.
Oxalá a minha vida seja sempre isto:
O dia cheio de sol, ou suave de chuva,
Ou tempestuoso como se acabasse o mundo,
A tarde suave e os ranchos que passam
Fitados com interesse da janela,
O último olhar amigo dado ao sossego das árvores,
E depois, fechada a janela, o candeeiro aceso,
Sem ler nada, sem pensar em nada, nem dormir,
Sentir a vida a correr por mim como um rio por seu leito,
E lá fora um grande silêncio como um Deus que dorme.
(Alberto Caeiro)
Trazem o candeeiro e dão as boas – noites,
E a minha voz contente dá as boas – noites.
Oxalá a minha vida seja sempre isto:
O dia cheio de sol, ou suave de chuva,
Ou tempestuoso como se acabasse o mundo,
A tarde suave e os ranchos que passam
Fitados com interesse da janela,
O último olhar amigo dado ao sossego das árvores,
E depois, fechada a janela, o candeeiro aceso,
Sem ler nada, sem pensar em nada, nem dormir,
Sentir a vida a correr por mim como um rio por seu leito,
E lá fora um grande silêncio como um Deus que dorme.
(Alberto Caeiro)
Todas as nossas tribulações, grandes e pequenas, podem trazer mais das duas melhores coisas na vida:
ResponderEliminarAmor pela vida e amor pelos outros.
Um dia cheio de amor.
Muitos beijinhos
Anita (amor fraternal)
Um poema que se (re)lê sempre com redobrado interesse
ResponderEliminarbeijos
Boa tarde minha doce maninha Viviana.
ResponderEliminarQue poema mais lindo, este que tão bem escolheste, para nos oferecer. Fiquei cheia de recordações!!!...De tempos idos há muito!!!...Também nós tínhamos candeeiros a petróleo, lembraste ?
Não há nada melhor, "alem da saúde," do que, dormir tranquilamente. Deitar, ler... e por último, uma oração... no meu caso, por vezes, adormeço antes de acabar.
Um bom resto de dia.
beijos
Li e (re) senti... Obrigado
ResponderEliminarOlá Anita,
ResponderEliminarSim, as tribulações fazem-nos crescer.
E ajudam-nos a compreender e a aceitar melhor os outros.
Um grande abraço
Viviana
Olá Carla,
ResponderEliminarVejo que tambem gosta do Pessoa!
Haverá porventura alguem que não goste?
Tenha uma boa noite
Um abraço
Viviana
Olá maninha Esperança,
ResponderEliminarÈ verdade! Os candeeiros!
Sabes que ainda lá estão... no mesmo lugar onde a nossa mãe os guardava!?
Um abraço
Viviana
Olá Delfim,
ResponderEliminarRealmente a poesia do Fernando Pessoa é mesmo para ler. reler e...sentir.
Grande poeta!
Tenha um boa tarde
Viviana
Quando vejo estes candeeiros de petróleo faz-me lembrar as aldeias, o frio, as ceias, o cházinho, as lareiras.
ResponderEliminarQue bom, e depois um poema de Fernando Pessoa
BJ
Olá Isabel,
ResponderEliminarÉ verdade!
São os tradicionais candeeiros de petróleo...anteriores á electricidade nas casas...
Prece incrível como se podia viver á noite só com esta luz!
Como diria a minha saudosa Mãe:
Tudo tem o seu tempo.
Uma boa noite para si
um abraço
viviana
É ler e sentir-se dentro da cena.
ResponderEliminarQuando eu era criança tinhamos um candeeiro em casa, aqui no Brasil chamava-se lampião. A luz elétrica oscilava muito, e muitas vezes faltava, então o lampião era peça fundamental da casa.
O grande pessoa a provar que quando a alma não é pequena tudo se pode aceitar, superar, admirar e agradecer.
ResponderEliminarAbraço fraterno.
Olá Bete,
ResponderEliminarRealmente o Fernando Pessoa tinha uma forma única de se expressar.
Ele foi grande mesmo!
Eu calculava que o candeeiro de petróleo no Brasil, deveria ter outro nome... mas não imaginava que era Lampião.
Posso dizer que já aprendi mais uma coisa.
Um abraço
Viviana
Olá Paulo.
ResponderEliminarÈ muito bom vê-lo por aqui!
Quando a alma não é pequena...
Como tudo pode ser tão diferente, não é?
tenha um lindo dia
Viviana