quinta-feira, 30 de junho de 2011

POESIA: TERRA DE MINHA MÃE - Eugénio de Andrade


Dormindo no feno - Albert Anker (1831 - 1910)

«A minha relação com as terras baixas e interiores da Beira é materna, quero dizer: poética.A tão grande distância do tempo em que ali vivi os primeiros oito anos da minha vida, o rosto de minha mãe confunde-se com a cor doirada do restolho e daquela terra obscura onde emergem uns penedinhos com umas giestas á roda, e alguns sobreiros de passo largo a caminho doAlentejo. Mas também os olovais de muros baixos de pedra solta me chegam nas suas falas, as dela e as de toda essa gente de Póvoa de Atalaia, camponeses na sua quase totalidade; e quando o não eram, o seu ofício era ainda o de uma relação privilegiada com as coisas da terra: pedreiros, carpinteiros, ferreiros. Fora destes mesteres, o restante da população lavrava, semeava, sachava, colhia. Ou pastava o gado, e fabricava queijo, azeite, vinho, pão. Lembro-me do cheiro dos lagares, das queijeiras, do forno, da forja - eram cheiros que entravam pelas narinas como tantos outros, mas só esses se infiltraram no sangue e aí ficaram, depositados em sucessivas camadas, para sempre, como ficou ficou o aroma das estevas e do feno. E ainda o das folhas secas dos castanheiros, trazidos ás carradas e depositados ao lado do balcão - e eu já as esperava e precipitadamente atirava-me sobre o montão de folhagem, com restos ainda de verão de S. Martinho; outros corpos caíam, um até sobre o meu, quente, demasiado quente, a boca próxima da minha, um beijo quase; voltávamos a subir os degraus, e o prazer e os gritos repetiam-se, até que minha mãe chamava por mim; anoitecera, o avô já chegara, os tios também, toda a gente, por carreiros e quelhas de sombra, havia já regressado dos campos, o cheiro a coentros não tardaria a subir da panela. Ouvia a voz de minha mãe ralhar com doçura, enquanto me despia e mergulhava na selha; um porquinho, era o que eu era, um porquinho sem emenda - no dia seguinte regressaria ao montão de folhas, ou aos montes de feno, ou de palha, no canto da eira, tanto faz, porque todos serviam para nos escondermos uns dos outros, ou uns com os outros.»

(Eugénio de Andrade - in: Um olhar Português - Circulo de Leitores)

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Terno cuidado filial


Ceifando a erva. Imagem da net.

Cá em casa, decidimos fazer uma pequena horta, num pedaço de terra, junto ao rio. Demos início hoje de manhã á primeira etapa que é ceifar as ervas. Pegámos nas foicinhas, já gastas, de tanto manuseamento pelas mãos dos meus pais, e deitámos mãos á obra, eu e o Zé.
Eu, só precisei de lembrar o que fiz tantas vezes, na minha infância e juventude, enquanto o Zé foi a primeira vez que ceifou.
O sol estava quente, e o facto de termos de nos debruçar sobre a terra, para cortar as ervas, tornou o trabalho um tanto cansativo. Num certo momento, o Zé olhou para mim e disse-me : "Mãe, ceifa tu ali onde há sombra que eu ceifo aqui onde está o sol".Este terno cuidado filial deixou-me tão contente! Respondi-lhe: Está bem filho,então eu ceifo aqui onde há sombra.

terça-feira, 28 de junho de 2011

António Damásio - neurologista das emoções e da consciência


Professor Dr. António Damásio

«Radicou-se nos Estados Unidos em 1975 e aí desbravou caminho nas neurociências das funções superiores. É um dos cientistas mais proeminentes da actualidade na sua área.

Quando o júri do Prémio Pessoa anunciou em 1992 que as personalidades distinguidas nesse ano eram António Damásio e a mulher, Hanna, os seus nomes pouco diziam à maior parte dos portugueses. Mas, por essa altura, os dois neurocientistas portugueses, que estavam radicados nos Estados Unidos desde 1975, eram já bem conhecidos naquele país e, sobretudo, na comunidade científica internacional ligada às neurociências. Nesses quase 20 anos de vida e de trabalho fora do seu país, o casal Damásio já havia começado a desbravar caminho na investigação neurológica das funções superiores, como a linguagem, a memória e as emoções, e o papel pioneiro de Hanna Damásio nas tecnologias de imagiologia cerebral que estavam a desenvolver-se rapidamente mostrara-se decisivo nessa caminhada.

Das emoções aos sentimentos, e finalmente à possibilidade de estudo da consciência e do que nela se gera, como o juízo moral, a consciência social ou a criatividade e a sua experiência mais profunda e perene, que é a arte, tudo isto António Damásio convocou ao seu trabalho de investigação e de reflexão nas neurociências. E de tudo isso nos foi sucessivamente falando, na sua linguagem elegante e fluida - como a linguagem de um romance - nos seus livros.

Foi em 1975 que António Damásio partiu definitivamente para os Estados Unidos, mas o seu trabalho como neurocientista já se tinha iniciado muito antes, em Lisboa, no Centro Egas Moniz, no Hospital de Santa Maria, onde dirigiu o Laboratório da Linguagem e onde, juntamente com o neurocirurgião João Lobo Antunes, fez trabalho pioneiro com doentes de Parkinson. Juntos publicaram então artigos sobre esse trabalho. Conheciam-se bem desde os bancos da universidade.

"Na faculdade [de Medicina de Lisboa] já se distinguia pelos seus interesses culturais, que iam muito para lá da medicina. Gostava de cinema, de música, de pintura e escrevia. Era invulgarmente cosmopolita para a sua geração", recorda João Lobo Antunes, que com ele firmou então uma sólida amizade. "Eu era na época director do jornal Encontro, da JUC [Juventude Universitária Católica], que tinha bastante prestígio, e ele fazia crítica cinematográfica para lá."

Era já a escrita, dimensão essencial da sua vida, a par da investigação, dos doentes que o ajudaram a desvendar os segredos cerebrais das emoções e da consciência e, claro, da arte e da leitura e do exercício permanente da curiosidade, que está na base de tudo.

Em 1994, Damásio publicou o Erro de Descartes - Emoção, Razão e Cérebro Humano nos Estados Unidos (publicado em Portugal pela Europa-América, no ano seguinte), e o êxito global foi ime- diato. Foi considerado um dos dez livros do ano pelo New York Times . Damásio repetiu a proeza com a segunda obra, O Sentimento de Si, em 2001. Depois disso, escreveu mais dois livros, Ao Encontro de Espinosa (2003) e, no ano passado, O Livro da Consciência, no qual discute também, as implicações sociais e filo- sóficas das suas descobertas.

Distinguido com inúmeros prémios internacionais, entre os quais os prestigiados Príncipe da Astúrias, em 2005, e o Honda, da Honda Foundation, do Japão, em 2010, Damásio é talvez o mais proeminente neurocientista da actualidade e, certamente, o mais lido no mundo. Nesse sentido, é também o mais popular. Afável, e atento, mantém sempre em público, no entanto, um perfil discreto»

Filomena Alves

Artigo parcial
D.N. - Gente 18/6/2011

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Um poema de Fernando Guedes


O Poeta Fernando Guedes

NA MORTE DE UM POETA

Morreste sem um adeus aos teus irmãos,
Irmão Poeta,
quando a Montanha abraçava mais as suas árvores
e nasciam flores.

Agora as palavras não exprimem
quanto pesou aos teus amigos essa fuga
tão precipitada,
como se receasses que a eternidade acabasse
antes de a conheceres.
Agora todos os lenços são excessivamente pequenos
para acenar boa viagem á tua memória
e só na curva dos nossos olhos
se manifesta a saudade.

Irmão Poeta.

Fernando Guedes

(Fernando Guedes nasceu no porto em 1928.É um escritor e editor portugês que se dedicou á poesia, ás belas-artes e á história da cultura.)

domingo, 26 de junho de 2011

Porque hoje é Domingo (159)


Capela em Chaves

Então Ana se levantou, depois que comeram e beberam em Siló; e Eli, sacerdote, estava assentado numa cadeira, junto a um pilar do templo do SENHOR.

Ela, pois, com amargura de alma, orou ao SENHOR, e chorou abundantemente.

E fez um voto, dizendo: SENHOR dos Exércitos! Se benignamente atentares para a aflição da tua serva, e de mim te lembrares, e da tua serva não te esqueceres, mas à tua serva deres um filho homem, ao SENHOR o darei todos os dias da sua vida, e sobre a sua cabeça não passará navalha. ( I Livro de Samuel cap.1:9 a 12)

E sucedeu que, passado algum tempo, Ana concebeu, e deu à luz um filho, ao qual chamou Samuel; porque, dizia ela, o tenho pedido ao SENHOR.

E subiu aquele homem Elcana com toda a sua casa, a oferecer ao SENHOR o sacrifício anual e a cumprir o seu voto.

Porém Ana não subiu; mas disse a seu marido: Quando o menino for desmamado, então o levarei, para que apareça perante o SENHOR, e lá fique para sempre.

E Elcana, seu marido, lhe disse: Faze o que bem te parecer aos teus olhos; fica até que o desmames; então somente confirme o SENHOR a sua palavra. Assim ficou a mulher, e deu leite a seu filho, até que o desmamou.

E, havendo-o desmamado, tomou-o consigo, com três bezerros, e um efa de farinha, e um odre de vinho, e levou-o à casa do SENHOR, em Siló, e era o menino ainda muito criança.

E degolaram um bezerro, e trouxeram o menino a Eli.

E disse ela: Ah, meu senhor, viva a tua alma, meu senhor; eu sou aquela mulher que aqui esteve contigo, para orar ao SENHOR.

Por este menino orava eu; e o SENHOR atendeu à minha petição, que eu lhe tinha feito.

Por isso também ao SENHOR eu o entreguei, por todos os dias que viver, pois ao SENHOR foi pedido. E adorou ali ao SENHOR (I Livro de Samuel cap.1:20 a 29)

sábado, 25 de junho de 2011

"Mãe, senta-te aqui e contempla a obra."


Olhares - Fotografias online. Foto de Eurico José Cirilo.


Ele veio lá de dentro trazendo uma cadeira de jardim que colocou á sombra, na relva e, numa voz doce e repassada de ternura, disse-me: "Mãe, senta-te aqui e contempla a obra." Eu sentei-me, e sorrindo feliz, olhei as flores e os vegetais que tínhamos acabado de plantar no jardim da casa nova. Estava lindo, tudo muito lindo.
Olhei para cima e os meus olhos bateram num céu azul, tão azul, que custava até a fixar.Da minha alma brotou então um cântico de adoração e louvor, repleto de gratidão por as incontáveis e contínuas bençãos que o meu Senhor vai derramando sobre mim, sob as mais diversas formas, incluindo o carinho e a ternura dos filhos que Ele me deu,que são para mim uma fonte de inesgotável alegria.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

CORAÇÕES IGUAIS A FLORES


Fonte da imagem: dyaraujo.com.br/

AQUELES QUE TÊM
O DESEJO ARDENTE
DE SE IGUALAR Á BELEZA DAS FLORES
POSSUEM CORAÇÕES
QUE A ELAS SE ASSEMELHAM.

MOKITI OCADA

quinta-feira, 23 de junho de 2011

O pão e o contra - peso


Forno de cozer pão-
Fonte da imagem:
rouxinoldepomares.blogs.sapo.pt

Há dias, falando com a maninha Esperança sobre a nosssa infância em Leiria, recordámos a boa broa que a nossa mãe cozia no forno. Era uma mistura de dez kilos de farinha de milho com três kilos de farinha de trigo. A mãe esmerava-se na amassadura e no aquecer do forno, o que fazia com que a brôa ficasse muito saborosa.
Cozia uma vez por semana e as seis ou sete brôas chegavam perfeitamente.
Em dias especiais comía-mos pão da padaria. As "merendeiras" -hoje, carçaças - custavam quarenta centavos cada uma. Havia também um pão de mistura - pão de dezassete - porque custava dezassete tostões. Pois este pão de dezassete deveria ter o peso de meio kilo, mas quase nunca tinha e então, a senhora Maria (padeira)tinha sempre em cima do balcão um pão de dezassete que ia sendo cortado em pequenos pedaços que eram usados para completar o meio kilo que o pão deveria pesar.Recordo tão bem como ela cortava tão rápido o pedaço e completava o peso na balança...
Hoje, alguém faz isso? Alguém se dá ao trabalho de pesar o pão ou as carcaças e completar o peso com um contra-peso? E olhem que ás vezes o pão que o Jorge trás do supermercado parece ser bem mais pequeno do que aquilo que deveria ser.
Razão tinha a Nena (mãe) quando dizia: "Tudo passa! Tudo tem o seu tempo!

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Assunção Esteves- foi hoje eleita como a primeira mulher Presidente da Assembleia da República.


Assunção Esteves - Presidente da Assembleia da República.

Hoje foi um dia histórico para Portugal. Na Assembleia da República foi eleita a primeira mulher como Presidente. Em cerca de quase quarenta anos de democracia, foi a primeira vez que um partido político, neste caso o PSD, propôs o nome de uma mulher, aliás, de uma grande mulher.Antiga Juíza do Tribunal Constituicional, onde foi também a primeira mulher a ocupar aquele notável cargo.
Foi eleita com uma margem confortável de votos: 81 por cento. Todos os representantes dos vários partidos lhe teceram considerações muito honrosas e, com todos os deputados de pé, foi largamente ovacionada.
O seu discurso foi seguido com todo o interesse, discurso esse, diferente, de tudo quanto ali até hoje se apresentou.Impressionou o seu constante sorriso e a sua alegria, caracterizada por ela de "alegria cristã".
Como cidadã deste País, e mulher, estou muito contente.Desejo muito que o bom Deus a abençoe e lhe mantenha o sorriso e a alegria até ao fim do seu mandato.
Prometo orar por ela.

Embora tendo consciência da já grande extensão deste texto, para os que se interessarem em conhecer uma parte do seu importante discurso, aqui fica. Creio que será interessante ler.

«Presidir ao Parlamento constitui a maior honra da minha vida» disse na sua primeira intervenção já como segunda figura do Estado.

Parlamento que «é a liberdade que se fez instituição» e que se «constrói sobre o discurso dos direitos evidenciado pelo voto universal», considerou a mulher que em legislaturas anteriores presidiu à comissão parlamentar de direitos, liberdades e garantias.

«Que orgulho e que responsabilidade é estarmos aqui» disse também à Assembleia. «Somos nós o cais da esperança que um domingo de Junho saiu de casa para nos eleger», mas também «a esperança dos que contam connosco para se reconciliar com a política» e ainda a «esperança dos mais fracos» que nem conseguem ir votar.

«Ou decidimos melhorar o mundo ou teremos de perguntar como se dorme o nosso sono» desafiou ainda a presidente do Parlamento, afirmando que «os lugares são definidos pelas pessoas e não as pessoas pelos lugares».

«Dedico este momento a todas as mulheres» foi uma das suas palavras finais, especialmente «às mulheres anónimas e oprimidas». E voltou a ser aplaudida de pé por todos os quadrantes.

(SOL)

terça-feira, 21 de junho de 2011

Deus no Parlamento - Quem me dera!


Assembleia da República Portuguesa

Ontem, 20 de junho, preparava-me eu para assistir- via televisão- á Abertura Solene do novo período Legislativo da Assembleia da República Portuguesa, quando, sentada, observava atentamente todo aquele cerimonial.
O presidente -Interino- e os secretários, ocupavam já o seu lugar. Os Deputados, alguns já bastante conhecidos, outros estreantes, instalados nos respéctivos lugares, aguardavam solenemente o inicio dos trabalhos.
Eu, seguia atentamente tudo o que ia acontecendo na sala, ciente do importante significado do que ali estava a acontecer.
Por fim, chegou a hora. O Presidente, Dr. Guilherme Silva, levantou-se, fixou a assistência por breves segundos e disse: "Pedia..." E eu, absorta, pensei que ele iria dizer:"Pedia a qualquer senhor deputado ou senhora deputada, para fazer o favor de dirigir a Deus uma oração pedindo a orientação do Senhor para esta sessão de trabalhos." É que estou tão habituada, desde criança, a que se comece assim, em toda e qualquer assembleia de Igreja, ou outro qualquer encontro entre os irmãos, ou mesmo nos encontros familiares.Tenho isto tão interiorizado, que naquele momento solene e numa situação de tamanha crise do País, senti em mim que só assim se poderia e deveria começar. Mas não! O que o Presidente disse a seguir ao "peço", nem sei o que foi, nem ouvi...tal a minha frustração por não ter sido o que o meu espírito me dizia que devia ser feito.
Infelizmente, em Portugal, que se diz país cristão - cerca de 96 por cento de Católicos - Deus não entra na Assembleia da República, nem em qualquer iniciativa ou função do Estado.
Nunca me lembro, nestes quase 40 ano anos de democracia, ter ouvido alguma vez na Assembleia da República ter sido pronunciado sequer...o nome de Deus. Será que têm vergonha de Deus? Ou será que Ele não faz mesmo parte da vida dos portugueses?
Mas trata-se de uma nação cristã! Se o não fosse, não admiraria.

Quem me dera! Quem me dera, que o meu País e o seu povo"cristão", se lembrassem de que o conhecimento e a aceitação da presença de Deus, quer na vida particular de cada um, quer nos momentos e decisões importantes da nação, fazem toda a diferença! Diz a Palavra Sagrada: "Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor e o povo que Ele escolheu para sua herança."

Quando comparo com o que acontece nos Estados Unidos da América, por exemplo, em que os cidadãos e os dirigentes da nação, habitualmente terminam as suas intervenções com a célebre frase: "God Bless America", sinto tristeza por tal não acontecer neste país que eu amo, que é a minha Pátria.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

No mistério do sem fim - Cecília Meireles


Fonte da imagem: ://captar-o-momento.blogspot.com

No misterio do sem-fim equilibra-se um planeta. E no planeta um jardim e no jardim um canteiro no canteiro uma violeta e sobre ela o dia inteiro entre o planeta e o sem-fim a asa de uma borboleta.
(Cecília Meireles)

domingo, 19 de junho de 2011

Porque hoje é Domingo (158)


Igreja Baptista das Boas Novas - Amadora

«Deixando, pois, toda a malícia, e todo o engano, e fingimentos, e invejas, e todas as murmurações,

Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo;

Se é que já provastes que o Senhor é benigno;

Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo.

Por isso também na Escritura se contém: Eis que ponho em Sião a pedra principal da esquina, eleita e preciosa; E quem nela crer não será confundido.

E assim para vós, os que credes, é preciosa, mas, para os rebeldes, A pedra que os edificadores reprovaram, Essa foi a principal da esquina,

E uma pedra de tropeço e rocha de escândalo,

Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;

Vós, que em outro tempo não éreis povo, mas agora sois povo de Deus; que não tínheis alcançado misericórdia, mas agora alcançastes misericórdia.

Amados, peço-vos, como a peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências carnais que combatem contra a alma;

Tendo o vosso viver honesto entre os gentios; para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, glorifiquem a Deus no dia da visitação, pelas boas obras que em vós observem.

Sujeitai-vos, pois, a toda a ordenação humana por amor do Senhor; quer ao rei, como superior;

Quer aos governadores, como por ele enviados para castigo dos malfeitores, e para louvor dos que fazem o bem.

Porque assim é a vontade de Deus, que, fazendo bem, tapeis a boca à ignorância dos homens insensatos;

Como livres, e não tendo a liberdade por cobertura da malícia, mas como servos de Deus.

Honrai a todos. Amai a fraternidade. Temei a Deus. Honrai ao rei.

Vós, servos, sujeitai-vos com todo o temor aos senhores, não somente aos bons e humanos, mas também aos maus.

Porque é coisa agradável, que alguém, por causa da consciência para com Deus, sofra agravos, padecendo injustamente.

Porque, que glória será essa, se, pecando, sois esbofeteados e sofreis? Mas se, fazendo o bem, sois afligidos e o sofreis, isso é agradável a Deus.

Porque para isto sois chamados; pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas pisadas.

O qual não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano.

O qual, quando o injuriavam, não injuriava, e quando padecia não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga justamente;

Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados.

Porque éreis como ovelhas desgarradas; mas agora tendes voltado ao Pastor e Bispo das vossas almas.

(I Ep. de S. Pedro cap. 2)

sábado, 18 de junho de 2011

Fazer da queda um passo de dança


Fonte da imagem: javivaavida.blogspot.com

"De tudo ficaram três coisas:

A certeza de que estamos sempre começando...
A certeza de que é preciso continuar...
A certeza de que seremos interrompidos antes de terminar...

Portanto devemos fazer:

Da interrupção um caminho novo
Da queda um passo de dança
Do medo, uma escada
Do sonho, uma ponte
Da procura... um encontro"
(Fernando Pessoa)

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Uma noticia chocante: Passa a ser legal matar melros


Melro comum - Turdus Merula

Quando eu ouvi a noticia não queria acreditar, achei que não podia ser verdade, que se tratava de um qualquer engano; mas depressa concluí que era mesmo assim, a caça ao melro tinha sido permitida por lei.Se há ave que eu aprecie e estime, é o melro preto. É tão gracioso, tão bonito! Há já vários anos que desde Março até ao fim de Setembro, todos os dias, por volta das seis horas da manhã e ao entardecer, vem um melro pousar na chaminé do prédio que fica aqui bem em frente do meu e canta, canta e encanta.
Não sei o que é que passou pela cabeça do responsável pelo sector da caça em Potugal, para, assim, de um dia para outro, aprovarem uma lei tão cruel e tão barbara quanto esta.

Passo a transcrever um artigo publicado no Jornal "Sol" do dia 24 de Maio próximo passado:

"Os caçadores vão poder matar, por dia, 40 melros, aves emblemáticas e até agora protegidas por lei. A medida está a chocar as associações do sector, que garantem que tal não foi negociado na definição do calendário venatório para os próximos três anos.

«Abrir caça ao melro não faz sentido, nem do ponto de vista da caça, nem do ponto de vista gastronómico. Nenhum caçador se sentirá bem ao abater este ‘pássaro de jardim’», defende Helder Ramos, da Federação Portuguesa de Caçadores (APC), acusando a Autoridade Florestal Nacional (AFN), que elabora o calendário e define as espécies que podem ser abatidas, de ter agido à revelia das negociações com as associações: «Esta inclusão nunca foi colocada em cima da mesa».

Por outro lado, o dirigente avisa que está em causa uma caça perigosa, pois «o melro tem um voo baixo, ao nível do tórax do caçador, e costuma andar em zonas arborizadas, o que leva a um aumento de tiros com poucas condições de segurança».

Os ambientalistas, por seu lado, acreditam que a inclusão do melro como espécie cinegética (definida numa portaria publicada a 7 de Abril) só pode ser engano. «Não faz qualquer sentido, do ponto de vista técnico, considerar o melro uma espécie cinegética. Só admitimos que seja um erro, uma gralha», reage Samuel Infante, da Quercus, esperando que o assunto seja «rapidamente resolvido».

A opinião é partilhada por Carlos Cruz, da Liga de Protecção da Natureza, (LPN). «Só pode ser incompetência grave de alguém», considera o ornitólogo, e questiona: «Como é que alguém vai disparar contra um melro? A seguir serão os pardais?»

Mas, para Jacinto Amaro, presidente da Fencaça, há uma explicação: a tutela quer usar os caçadores para acabar com a praga de melros que existe no país desde 1986, e que, entre muitos outros problemas, destrói produções frutícolas: «Isto é a AFN a tentar livrar-se de um problema – o de ter de passar milhares de autorizações especiais aos agricultores para que possam espantar os melros das suas produções».

Esta ideia é, no entanto, liminarmente rejeitada pelos especialistas que lembram não existir dados conclusivos sobre a quantidades de melros em território nacional.

«Em primeiro lugar, não é aos caçadores que cabe o controlo sanitário; em segundo, os melros são uma espécie comum, sim, estão bem distribuídos por todo o território, mas nenhum dado científico aponta para o seu aumento ou diminuição», responde Helder Costa, autor do único estudo sobre este pássaro feito nos últimos anos em Portugal (publicado no Atlas das Aves, de 2008, pelo Instituto de Conservação da Natureza).

O ornitólogo e antigo presidente da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) sublinha que «apenas daqui a alguns anos serão conhecidos quais dados estatísticos relativos aos melros», uma vez que o comportamento destes pássaros está agora a ser estudado por aquela entidade. Por isso, também critica a inclusão do melro no calendário, considerando a decisão «estranhíssima». «Os fundamentos técnicos, a existir, estão no segredo dos deuses», conclui. A medida começa a ser aplicada já na próxima época de caça, no caso dos melros, de Novembro a Fevereiro.

Contactada pelo SOL, a AFN remeteu o assunto para a tutela, que não prestou esclarecimentos.

Entretanto, começou a circular na internet uma petiçãocontra a caça ao melro.

sonia.balasteiro@sol.pt

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Agricultura - Pagar para não produzir


Campo de milho

Este tema esteve em foco a semana passada na comunicaçãp social. Talvez um pouco fora de tempo, mas ainda assim, creio que a tempo, eu, como cidadã deste país, tenho a obrigação de dizer alguma coisa sobre este assunto estranho e perturbador com que somos confrontados.

Eu não sou péssimista e gosto sempre de pensar que talvez as coisas não sejam assim tão negras como as pintam; mas tenho que admitir que talvez por isso, eu seja um tanto ingénua, o que leva a que seja apanhada de surpresa por acontecimentos como este.
Eu sabia que no início da entrada de Portugal para a União Europeia, foi pago muito dinheiro"aos agricultores?"para não produzirem, e a partir daí, começámos a ver hectares e hectares de solo sem qualquer produção. Conhecia o panorama anterior em que tudo era "amanhado" e qualquer pedacinho de chão era aproveitado para uma pequena horta ou um pequeno pomar, por isso, tornou-e muito doloroso e preocupante para mim, assistir a esse abandono das terras.

O que eu não sabia, e aqui entra a minha ingénuidade, é que durante estes anos todos, até hoje, se continua a pagar para não produzir. Imaginem! Quando, segundo li, importamos setenta por cento do trigo que comemos e, não só, a fruta estrangeira enche quase por completo as prateleiras dos hipermercados e, até das pequenas mercearias que ainda vão sobrevivendo. Esta semana, eu, que "tenho a mania" de só comprar produtos portugueses, no sector da fruta onde fui ás compras, apenas encontrei no meio daquela enorme extensão, SÓ TRÊS PRODUTOS PORTUGUESES!: Umas perinhas rocha (eram pequenas - são as melhores) saborosíssimas, doces e crocantes; kiwis (para meu espanto) e laranjas. Nem um pero ou uma maçã portuguesa.

Depois, ouvi nas notícias, que os agricultores que recebem mais incentivos á agricultura, vivem todos na zona de Cascais - lugar chique onde vive a fina flor.
Depois, lembrei-me, que aqui há uns anos, visitando com o meu tio Francisco, irmão do meu pai, agricultor de uma vida inteira, nas serranias do Minho, as suas terras, admirando o esforço brutal que aquele homem já velho e doente fazia para subir a pé, até lá cima e carregar os materiais e as colheitas para baixo, olhando a floresta por ele plantada nos terrenos que recebeu do seu pai, meu avô Serafim; ele dissse-me: "Nunca recebi um tostão da União Europeia, embora várias vezes o tenha solicitado, mas os grandes agricultores daqui, esses sim, receberam e recebem muito.

Agora, no meio disto tudo, que pelos vistos se mantem tal e qual, vêm as autoridades deste país incentivar o retorno á agricultura. Eu pergunto: Em que condições? O pior de tudo é que dado este historial triste da agricultura em Portugal, não há gente nova a interessar-se por esta área; a maior parte dos "bons agricultores", morreram, ou estão velhos e incapazes, como é o caso do tio Francisco que já abendonou o amanho das terras há vários anos. Vive triste, sem ver a continuidade ao cultivo da terra, que recebeu dos pais e em que deu tudo por tudo a vida inteira, sem ver o sonho realizado.
Eu espero, eu desejo, que este novo governo traga consigo uma visão e actuação totalmente diferente para com a Agricultura e para com os "verdadeiros" agricultores.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Seis pintos e uma codorniz


Sabia que as novas águias do Benfica: Vitória (é outra) e Gloriosa, comem por dia, cada uma, nada mais, nada menos, que seis pintos e uma codorniz? Ou seja, cerca de 300 gramas de carne diárias num total de 9 kilos por mês.

A notícia "deixou-me com a pulga atrás da orelha!"
Porque é que têm que ser pintos?
"Tadinhos" dos pintos.

Quando observo as águias que sobrevoam umas matas aqui perto - geralmente é um casal- dá-me ideia de que elas andam lá de cima a procurar um rato, uma cobra, um coelho ou talvez uma toupeira...
Pensando bem... é capaz de ser difícil "arranjar" ratos, cobras ou toupeiras, mas coelhos creio que é fácil.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Estas jogadoras são uma autênticas heroínas!


Equipa de Futebol Feminino 1º Dezembro - Sintra

1º de Dezembro conquista mais uma vitória na Taça de Portugal de Futebol Feminino, a sexta do historial da equipa que não perde há 106 jogos consecutivos.
- 100 vitórias e seis empates.

«É a melhor equipa portuguesa, os resultados assim o dizem», afirmou à Agência Lusa Nuno Cristóvão, treinador do 1.º de Dezembro, enaltecendo um grupo de jogadoras «muito forte, com muita experiência e muitas chamadas às selecções nacionais».

Embora com algum atraso, quero felicitar vivamente a equipa e desejar-lhe a continuação de muitas vitórias e um bom resultado - ganhar - porque não? nas competições Europeias que terão lugar em Agosto próximo.
Parabéns "meninas"! Vamos em frente! Vamos lá a lutar por a nossa bela Sintra e por o nosso querido Portugal!

segunda-feira, 13 de junho de 2011

123º Aniversário de Fernando Pessoa


O Poeta e escritor Fernando Pessoa

É talvez o último dia da minha vida

É talvez o último dia da minha vida.
Saudei o sol, levantando a mão direita,
Mas não o saudei, dizendo-lhe adeus,
Fiz sinal de gostar de o ver antes: mais nada.

Alberto Caeiro


Passa hoje, dia 13 de Junho, o 123º aniversário de Fernando Pessoa.

Fernando António Nogueira Pessoa, conhecido por Fernando Pessoa, nasceu em Lisboa a 13 de Junho de 1888 e faleceu na mesma cidade a 30 de Novembro de 1935.
É considerado um dos maiores poetas da Lingua Portuguesa e da Literatura Universal, muitas vezes comparado a Luis de Camões. O crítico literário Harold Bloom considerou a sua obra "um legado da lingua portuguesa ao mundo".
Fernando Pessoa morreu de cirrose hepática aos 47 anos.
A sua última frase foi escrita em Inglês: "I know not what tomorrow will bring...
(Não sei o que o amanhã trará").
Em Lisboa, o dia de Santo António é também dia de recordar Pessoa.
A Casa Fernando Pessoa dedica o dia às comemorações do 123º ano sobre o seu nascimento com visitas guiadas, exposições, uma oficina para crianças, um lanche e um concerto.

domingo, 12 de junho de 2011

Porque hoje é Domingo (157)


E, falando ele ainda à multidão, eis que estavam fora sua mãe e seus irmãos, pretendendo falar-lhe.

E disse-lhe alguém: Eis que estão ali fora tua mãe e teus irmãos, que querem falar-te.

Ele, porém, respondendo, disse ao que lhe falara: Quem é minha mãe? E quem são meus irmãos?

E, estendendo a sua mão para os seus discípulos, disse: Eis aqui minha mãe e meus irmãos;

Porque, qualquer que fizer a vontade de meu Pai que está nos céus, este é meu irmão, e irmã e mãe.

(Ev. de S. Mateus cap.12: 46 a 50

sábado, 11 de junho de 2011

E, foi assim...


A Mesa: João, Tiago Cavaco e a jovem representante
da Editora (Quetazl) Clique para ampliar.


O João estava feliz


Vista geral da assistência.

...que decorreu a apresentação do "Alçapão" na FNAC., no passado dia sete de Junho. Foi bonito, muito bonito!.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

A sabedoria da Natureza


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"A SABEDORIA DA NATUREZA É TAL QUE NÃO PRODUZ NADA DE SUPÉRFULO OU INÚTIL."
( Nicolau Copérnico)

quinta-feira, 9 de junho de 2011

O Escudo fez cem anos


Quantas notas destas passaram pelas minhas mãos!


Moeda dos meus vinte anos

O Escudo - moeda portuguesa - foi criado há cem anos, ou seja, no dia 22 de Maio de 1911, cinco meses após a Proclamação da República, por decreto do Governo Provisório, sendo ministro das Finanças José Relvas.Durou 91 anos, tendo sido substituído pelo Euro em 2002.
»O Escudo renovou o sistema monetário português, colocou a unidade monetária portuguesa ao nível das dos outros países e evitou as desvantagens práticas do real (moeda da monarquia), cujo valor era muito pequeno, o que obrigava ao emprego de grande número de algarismos para representar na escrita uma quantia. Assim, a taxa de conversão foi fixada em mil réis (reais).»
Lembro-me perfeitamente que no Mercado de Leiria, onde ia quando era criança, os preços serem fixados em "Réis". Por exemplo, em vez de se dizer dez escudos, dizia-se dez mil réis. Um escudo eram mil réis.

Usamos o Euro há nove anos, porém eu "ainda funciono" muito em razão do escudo ou dos contos...um conto, mil escudos.Consigo a "proeza" de fazer mais rápidamente "contas de cabeça" (sempre fui muito boa em "contas de cabeça") em escudos ou contos, do que em Euros.
Naturalmene que tenho saudades do Escudo. Foram muitos anos a lidar com ele.

Aqui em casa temos guardado bastantes moedas e notas de escudos. Também em casa da Nena - a minha mãe - está guardada uma lata de bolachas cheia de moedas de dez escudos, o que ainda é bastante dinheiro.
Ouvi dizer que há na baixa de Lisboa uma casa comercial onde ainda se pode pagar as compras com escudos.Também no Banco de Portugal ainda trocam notas de escudos por Euros.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Pontes de Portugal (1)


Ponte de Vila de Prado - Braga (vila--verde.blogspot.com)
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Desde criança que as pontes sobre os rios me atraem. Não sei explicar porquê.
Portugal, um país com cerca de nove séculos de História, tem muitas e lindas pontes.
Hoje,neste espaço, quero divulgar uma da região de Braga - a Ponte Medieval da Vila de Prado.

«A Ponte do Prado está localizada sobre o rio Cávado, entre São Paio de Merelim e a vila homónima (Vila de Prado), no distrito de Braga, norte de Portugal. Foi construída em granito, em 1617, durante o reinado de Filipe I de Portugal (II de Espanha), pelo arquitecto António de Castro. A ponte é do tipo românica, constituída por nove arcos (5 ogivais e 4 redondos) e foi classificada como Monumento Nacional em 1910.

(Luis Louro)
(vila--verde.blogspot.com)

terça-feira, 7 de junho de 2011

É hoje



É hoje, pelas dezoito horas, que o "Alçapão," primeiro romance do meu filho João Leal, será apresentado ao público na Livraria Fnac, ao Chiado, por o amigo Tiago Cavaco.
Já se encontra á venda nas Livrarias desde o dia três de Junho.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

O povo português escolheu


O Dr. Pedro Passos Coelho - O novo Primeiro Ministro de Portugal.


O Dr. Paulo Portas- Lider do Partido Popular.

O povo português escolheu hoje, em eleições livres, um novo Primeiro Ministro para Portugal: O Dr. Pedro Passos Coelho, lider do Partido Social Democrata Português, que irá governar Portugal em coligação com o Dr. Paulo Portas, lider do Partido Popular.

Que Deus os abençoe e oriente, e lhes conceda a sabedoria e a força necessárias, para que este País com cerca de nove séculos de história, possa sair da crise profunda em que se encontra e volte a ter a projecção que lhe compete, na Europa e no mundo.

domingo, 5 de junho de 2011

Porque hoje é Domingo (156)





FELIZ È A NAÇÃO CUJO DEUS È O SENHOR, E O POVO QUE ELE ESCOLHEU PARA SUA HERANÇA:
(Salmo 33:12)

sábado, 4 de junho de 2011

Eleições Legislativas

Do blogue da Mimi - http://maria-elevive.blogspot.com/ - trouxe este texto que desejo partilhar convosco:

Eleições Legislativas

“Uns confiam em carros, outros em cavalos; nós, porém, nos gloriaremos no nome do Senhor nosso Deus.”
Salmos 20: 7

Estamos prestes a voltar às urnas.
Podia fazer uma dissertação sobre as minhas opções políticas; podia falar sobre a credibilidade dos políticos; podia tentar destruir toda a defesa ou o ataque feito a este ou aquele político. Eu podia; porque, obviamente, tenho opinião!
O que não tenho é a presunção de achar que, nesta matéria, a razão está mais do meu lado do que do lado dos que têm considerações diferentes, nem este meu espaço está vocacionado para esse tipo de discussão.

Então, porque é que estou hoje a falar disto?
Porque acredito que “uns confiam em carros, outros em cavalos” (*), mas o mais importante é confiar em Deus e interceder pelos nossos governantes.

O Salmo 20 é uma oração a favor do rei. Tomando-o como modelo, oremos pelo futuro governo:
Para os seus dirigentes não falharem, nem fazerem o povo sofrer.
Para que os líderes estejam num lugar protegido.
Para que a nossa pequena nação não seja asfixiada pelos poderosos países aliados.
Para os governantes aceitarem conhecer Deus, ouvindo a Sua vontade e sabendo que a nação que tem Deus como Senhor é abençoada.

Oremos também pelos eleitores, especialmente por nós próprios:
Para não nos demitirmos do acto de escolha descarregando a responsabilidade nos outros.
Para que na hora de votar, possamos fazê-lo conscientemente.
Para sermos actuantes, analisando e corrigindo as atitudes que possam prejudicar o povo e ultrajar o nome de Deus.




Então, dia 5 vamos às urnas, mas antes façamos a nossa campanha, começando já a orar pelo futuro governo de Portugal.


“Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões e acções de graças, em favor de todos os homens, em favor dos reis e de todos os que se acham investidos de autoridade, para que vivamos vida tranquila e mansa, com toda a piedade e respeito.” I Timóteo 2:1-2
Maria Emília dos Santos Rodrigues

http://maria-elevive.blogspot.com/

sexta-feira, 3 de junho de 2011

A Maior Aula de Judo do Mundo no Terreiro do Paço - Lisboa


Em Portugal
- Nuno Miguel Delgado


Quatro mil pessoas reuniram-se no
Terreiro do Paço.



Todos os participantes usaram Kimonos
e cintos arco - iris.
(Correio da manhã)


Teve lugar ontem em Lisboa um acontecimento, que pelas suas características me marcou profundamente. Daí, a minha decisão de o publicar neste espaço, para que todos juntos nos possamos alegrar não só pelo acontecimento em si, mas também por existirem pessoas valorosas e lindas como o seu promotor - o Judoca Nuno Miguel Delgado.

"Licenciado em Ciências do Desporto pela Faculdade de Motricidade Humana e graduado pela Fundation Degree of Sports Performance in Judo, Universidade de Bath em Inglaterra, Nuno Delgado, considerado o melhor judoca de sempre em Portugal, alcançou, ao longo da sua carreira, inúmeros êxitos enquanto pessoa e atleta de alta competição, tornando-se uma referência e símbolo do desporto nacional. Conquistou, em 2000, a medalha de bronze nos jogos Olímpicos de Sydney, tendo sido, no mesmo ano, distinguido com a Medalha de Honra ao Mérito Desportivo. Actualmente é o mentor da maior Escola de Judo do País, a Escola de Judo Nuno Delgado, um projecto de cariz desportivo e social que ajuda a formar campeões para a vida." (www.nunodelgado.net)

«A Maior Aula de Judo do Mundo, inserida nas celebrações do lançamento mundial da iniciativa Mandela Day 2011, reuniu ontem mais de quatro mil pessoas no Terreiro do Paço, em Lisboa.

"Não foi só a maior aula de judo do Mundo, mas foi a maior de todas as artes marciais", afirmou o judoca Nuno Delgado, dinamizador da iniciativa, que decorreu no Dia da Criança e voltou a colocar Portugal no livro de recordes do Guinness.

"O nosso grande objectivo é formar campeões para a vida", afirmou o medalhado olímpico no decorrer da aula.

"A iniciativa é uma chamada de atenção para a união das pessoas e a solidariedade", disse ao CM Ana Brito, 32 anos, professora da Escola Luís Madureira, em Alfragide (Amadora). Para as crianças, foi muito importante a aula "por ser uma boa causa".» (Correio da manhã)

Obrigado, Nuno, por esse gesto bonito, por esse amor ao próximo, por essa grandeza de alma, por essa alegria imensa de querer valorizar os outros e fazê-los felizes.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Mais uma "gracinha" de Deus para mim


Era parecida com esta, De um castanho mais escuro e
uns desenhos vermelhos nas extremidades das asas.



Ontem, como faço todas as Terças-feiras, fui com a minha irmã Teresinha á aldeia.Quando eu estava sentada numa cadeira, no pateo, á saída da porta da cozinha, a "mondar" - arrancar as ervas daninhas - de umas sementeiras que fiz nuns alegretes e nuns vasos,surgiu uma borboleta que se aproximou de mim e pousou na minha saia. Uma saia comprida, com fundo azul-escuro, com desenhos de flores grandes coloridas. Pousou numa flor.
Ali ficou algum tempo, parada, quietinha. Eu, espantada e feliz, chamei a Teresinha que estava ali ao lado a varrer as folhas secas, e disse-lhe: Teresinha! Anda ver uma borboleta pousada na minha saia! Ela veio, e, sorrindo, admirada, disse: "Eu nunca vi uma coisa assim!" Calmanente, a borboleta levantou vôo e subiu á altura do meu rosto; então eu, deliciada, estendi a minha mão direita, com a palma virada para cima, e ela pousou na palma da minha mão, que até tinha uma luva de borracha! Onde é que se viu uma coisa assim!?
Eu e a minha irmã nem sabíamos o que pensar nem o que o que dizer, até que eu concluí:
Esta, é mais uma "gracinha" muito especial de Deus para mim. A juntar a tantas outras... que Ele últimamente me tem ofertado, como aquela de eu apanhar o meu canarinho fugido, que andava com um bando de pardais.
Eu sei. Ele faz isto porque me ama e gosta muio de mim! Eu u sou a "criança" dele... a sua "menina" de cabelos brancos... e Ele quer mimar-me.
Obrigada Senhor! Por todas estas pequenas - grandes coisas que fazes para mim.