quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Cora Coralina - poetisa brasileira


Cora Coralina - Poetisa Brasileira

Cora Coralina, é o pseudónimo de Ana Lins de Guimarães Peixoto Brêtas, adoptado quando ainda bem jovem. Nasceu em 20/08/1889 e faleceu em10/04/1985.
É conhecida como a grande poetisa do Estado de Goiás. Aos catorze anos já escreve poemas sobre o seu quotidiano, e com duas amigas, em 1908, publica o Jornal de Poemas Femininos "A Rosa." Em 1911 conhece o advogado divorciado Cantídio Tolentino Brêtas, com quem foge.
Vai para Jaboticabal (SP), onde nascem seus seis filhos: Paraguaçu, Enéias, Cantídio, Jacintha, Ísis e Vicência. Seu marido a proíbe de integrar-se à Semana de Arte Moderna, a convite de Monteiro Lobato, em 1922. Em 1928 muda-se para São Paulo (SP). Em 1934, torna-se vendedora de livros da editora José Olimpio que, em 1965, lança seu primeiro livro, "O Poema dos Becos de Goiás e Estórias Mais".
Em 1976, é lançado "Meu Livro de Cordel", pela editora Cultura Goiana. Em 1980, Carlos Drummond de Andrade, como era de seu feitio, após ler alguns escritos da autora, manda-lhe uma carta elogiando seu trabalho, a qual, ao ser divulgada, desperta o interesse do público leitor e a faz ficar conhecida em todo o Brasil. Sintam a admiração do poeta, manifestada em carta dirigida a Cora em 1983:
"Minha querida amiga Cora Coralina: Seu "Vintém de Cobre" é, para mim, moeda de ouro, e de um ouro que não sofre as oscilações do mercado. É poesia das mais diretas e comunicativas que já tenho lido e amado. Que riqueza de experiência humana, que sensibilidade especial e que lirismo identificado com as fontes da vida! Aninha hoje não nos pertence. É patrimônio de nós todos, que nascemos no Brasil e amamos a poesia ( ...) Em 1984, torna-se a primeira mulher a receber o Prêmio Juca Pato, como intelectual do ano de 1983. Viveu 96 anos, teve seis filhos, quinze netos e 19 bisnetos, foi doceira e membro efetivo de diversas entidades culturais, tendo recebido o título de doutora "Honoris Causa" pela Universidade Federal de Goiás.
Aqui está um dos seus poemas:

Assim eu vejo a vida

A vida tem duas faces:
Positiva e negativa
O passado foi duro
mas deixou o seu legado
Saber viver é a grande sabedoria
Que eu possa dignificar
Minha condição de mulher,
Aceitar suas limitações
E me fazer pedra de segurança
dos valores que vão desmoronando.
Nasci em tempos rudes
Aceitei contradições
lutas e pedras
como lições de vida
e delas me sirvo
Aprendi a viver.

Cora Coralina

Desde que "descobri" a Cora Coralina, há cerca de dois/três anos, tenho-me deliciado muito com os seus escritos porque muito os aprecio. Fiquei muito contente a semana passada quando na Livraria Bertrand, do Forum Sintra, "dei de caras" com um dos seus livros: Poema do Milho, do qual já aqui publiquei uma parte.

2 comentários:

  1. Puxa que poema lindo.
    Amo Cora Coralina, mulher forte, guerreira.
    Amei seu blog, passarei sempre por aqui.

    ResponderEliminar
  2. QUE LINDO POEMA Cora coralina uma mulher a frente de seu tempo , que marcou e marca a historia dos seus leitores . Querida amei seu blog sou esposa do pastor jorge e tão bom encontrar pessoas lindas como vc que celebra a vida e a exaltam em cores e palavras , tornei-me sua amiga e seguidora Deus continue a te abençoar

    ResponderEliminar