quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Tudo passa! Tudo tem o seu tempo!
Esta travessa fica mesmo pertinho da nossa casa da aldeia onde viveram os nossos pais.
Porquê, Travessa do Pão Alvo? Conta-se que aqui se fazia há muitos, muitos anos, o pão mais branquinho da aldeia.
Esta. é casa "do Pão Alvo."
Vivia aqui uma família de lavradores que usavam os trages característicos dos "saloios"(habitantes das aldeias á volta de Sintra). Lembro-me da casa bem conservada, caiadínha e com a porta da entrada quase sempre aberta, vendo-se quando ali se passava as "mulheres" da casa" lidando" por ali. Recordo-me de me terem várias vezes convidado a entrar, e, eu entrei, claro, e achei muito interessantes os móveis e loiças antigas. As senhoras eram simpáticas e gostavam de mim...e dos meus pais e irmãos.
Agora, passo tantas vezes lá em frente! E nunca consigo deixar de olhar a casa e a porta e recordar as pessoas e as vivências naquele espaço.
Esses meus amigos morreram já há vários anos e não sei porquê, os descendentes deixaram que a casa e os cómodos a pouco e pouco se degradassem.
Na foto pode ver-se o que resta da cozinha. Ao fundo, a lareira, com um espaço por baixo para a lenha; imbutido na parede, á esquerda, está o pequeno armário onde se gurdavam os alimentos cozinhados. Pode ver-se ainda uma espécie de banco, que não é banco mas o "poial" onde estavam os cântaros com a água que se ia buscar lá abaixo á Fonte da Segueteira, que existe há 223 anos (é de 1788).
Interessante é notar como a moldura da janela, em granito, está inteira e em bom estado de conservação. Podemos mais uma vez aperceber-nos que as pessoas "passam" mas as coisas ficam; repare-se no pessegueiro que teima em brotar todas as primaveras.
Que bonito Viviana! Senti vontade de conhecer o lugar! =)
ResponderEliminarUm abraço e boa semana!
que linda recordação! quase me revi em casa daminha avó, onde também tinha o poial para o cântaro da água!e os limoeiros e as nespereiras...as galinhas e os coelhos...
ResponderEliminarque saudade, amiga!
beijinhos
Podia ser uma casa cuidada, para repouso dos familiares ou, simplesmente, para recordação. É pena as pessoas desleixarem a história; vai valendo a lembrança de poucos, como a Viviana.
ResponderEliminarBonita recordação!
Viviana
ResponderEliminarVoltei para compartilhar algo:
http://profmieseusdesvaneios.blogspot.com/2011/08/temporada-de-cartas-para-voce.html
Propus uma brincadeira para comemorar os dois anos do meu blog e gostaria que participasse! =)
Um abraço