sábado, 11 de fevereiro de 2012

A escassês de dádivas de Sangue e a Comunicação Social



Há alguns dias atrás, os meios de comunicação social: Televisão - Rádio e Jornais,
anunciaram com grande destaque que o Instituto Nacional de Sangue estava a " deitar fora" milhares de embalagens de Plasma. Já não deram tanta ênfase ao motivo: Falta de espaço para armazenamento. Quando eu ouvi e li esta notícia fiquei muito preocupada com o efeito que ela iria provocar. Não me enganei. Passados dois dias, o Presidente do Instituto de Sangue, veio urgentemente informar que estavam com falta de sangue, sendo o stok diminuto para as necessidades. A quebra de colheitas desceu vinte por cento em dois dias. Ele fez um forte apelo aos dadores e informou que estariam já a adiar intervenções cirúrgicas por falta de sangue. Informou ainda que neste fim de semana estarão a funcionar em pleno os Centros de recolha de sangue em Lisboa, Porto e Coímbra.

Há momentos, na T.V. ouvi a leitura e comentário da Imprensa diária escrita, por a Professora da Universidade do Minho - Felisbela Lopes- que oiço todos os sábados sempre que posso. Lá veio "á baila" a notícia da grave falta de sangue; porém, concluíram, satisteitas e sorrindo - ela e a Jornalista - que aqui se podia ver como a Comunicação Social pode ser importante e útil na divulgação do pedido urgente de dádivas de sangue. Porém, nem uma referência sobre a causa real da diminuição grave das dádivas. Apeteceu-me telefonar imediatamente para o programa e dizer-lhe que é preciso reconhecer os erros graves que são cometidos impunemente por a Comunicação Social.
É que há notícias e assuntos que devem ser ponderados antes de, querendo ser o primeiro, os lançar na opinião pública. Isto não tem nada a ver com a liberdade de informação, que respeito absolutamente, mas sim com o mal que poderá ser muito grave, quando não se avaliam as consequências que daí irão resultar. A comunicação social devia fazer uma mêa-culpa, por a grave situação criada.
O que é o povo português ganhou com a divulgação da notícia que registo no início deste texto?

É com tristeza e revolta que me apercebo da forma tão prejudicial e negativa para este país, como alguns dos jornalistas funcionam. Saliento uma honrosa excepcção: O Jornalista Mário Crespo - que é sensato e mostra, dá provas, de que sabe bem o que é uma boa informação.

Nota importante:

Como dadora de sangue que fui, enquanto pude, como enfermeira que trabalhou numa sala de operações e vi como são preciosas as dádivas de sangue, como cidadã deste país que eu amo e como crente em Jesus Cristo, eu peço, encarecidamente, que todos os que o puderem fazer, por favor, vão dar sangue este fim de semana e sempre que puderem.
Obrigada.

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