quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Maria da Renda - Um poema de António Ferreira de Sousa

Belos naperons - Fonte:http://http://www.rendasebordados.com/
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MARIA DAS RENDAS

Maria, Maria, que é da alegria
Que em ti  eu via sempre a bailar?
Maria, que é feito daquele teu geito,
Tardes a eito sempre a cantar?

A vida serena, tão calma e amena,
Que tinhas, pequena, alegre, sem par
Sofreu tal mudança que eu julgo, criança,
Teu peito se cansa de soluçar.

Maria, em teu rosto há tanto desgosto,
Parece sol-posto no teu olhar.
Que dôr, que tristeza te esconde a beleza
Com que a natureza te quis enfeitar?

Maria da Renda, não há quem entenda
A ideia tremenda que te faz cismar.
Que dôr, que segredo te causa um tal medo?
Não vês qu´inda é cedo p´ ra tanto penar?!

    (António Ferreira de Sousa
  António Madalena - no livro - Fogos Fátuos - 1943)

6 comentários:

  1. Que bonitos versos.

    Tenha um lindo dia, Viviana,

    beijinhos,

    Lígia e =^.^=

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  2. Olá, Manuela!

    Também gosto!

    O meu abraço
    Viviana

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  3. Querida Lígia

    Tão simples e tão belo!

    O meu abraço
    Viviana

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  4. Renda e poesia... Estão no rol das coisas belas de que eu tanto gosto.

    A renda dos naperons é frioleira, mas também pode ser feito o mesmo modelo em crochet; fica um pouco diferente, mas na mesma bonito.

    Os versos cheios de ternura e
    beleza,um encanto!!!

    Vir ao seu blog, é ter a certeza de sair sempre com mais...

    Abraço.
    Dilita

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  5. Querida Dilita

    Ah! como a minha amiga "entende" de rendas!
    Ou o seu cantinho não se chamasse "Rendas de Birras"!
    Eu gosto muito de crochet...fiz tanto!

    Os versos...são lindos!

    Um abraço
    Viviana

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