sábado, 20 de dezembro de 2014

De um irmão que ficou, para um irmão que partiu para a Eternidade

Fonte da imagem: http://pelos-caminhos-de-deus.blogspot.pt/
ESCRITO E FALADO NAQUELE DIA
   (sem interesse)

A NÃO SER PARA ALGUNS

"O meu irmão Daniel partiu.
É uma  das realidades da vida não surpresa

Estamos perante uma situação não descartável.

A vida é só o que pode ser, embora lhe possamos e devamos dar uma ajuda.

O Daniel foi o meu primeiro companheiro, talvez o meu primeiro écran de televisão, o meu  primeiro desenho animado que eu olharia curioso.

Quando cheguei, ele  tinha quase dois anos. Certamente teria achado alguma estranheza quando eu chorava ( não tenho a certeza se eu chorava) ...e depois quando eu tentei e consegui tocar-lhe a cara deve  ter achado alguma graça, sorrindo, e dito coisas divertidas que eu não lembro. É obrigatório.

Tivemos uma aprendizagem conjunta do que era gostar de gente. Do sentimento de gostar, eu com meses, ele com pouco mais de 2 anos. Connosco divertiam-se os pais  e a mana Lídia.

Ele era meu gémeo ( apesar de 2 anos de diferença), à moda dos gémeos mais gémeos, que quando dói a um dói ao outro, quando se alegra um se alegra o outro, mesmo à distância e sem falarmos.
Tínha-mos "chips" telepáticos.

Quando se atingem os oitenta e dois no caso dele, e se passou por todos os títulos duma família, alegre e conscientemente: filho, irmão, sobrinho, primo, neto,  namorado, marido, genro, pai, tio, sogro, tio - avô,  e avô, quase  não há direito moral, ético,  e até estético, sobre o percurso de vida de alguém, de existirem queixas, lamentos, mesmo na ida embora para outro patamar.

Amou e foi amado dum modo intenso, distribuindo e recebendo amores e humores, embrulhados em sorrisos".

Nota:

Escreveu Tito Machado  para o seu irmão  Pastor Daniel Machado, no dia em que  este  bom homem de Deus, partiu para a Eternidade.
Publico com  permissão.

Há uma segunda parte que, publicarei, querendo Deus, num outro dia,

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