O poeta, ensaísta e escritor Mário Dionísio. Fonte: http://ler.blogs.sapo.pt/
Depois de várias horas "a lidar," a artite, recomendou-me, que era hora de parar um pouco e descansar. Recostei-me no cadeirão do Ikea e estendi as pernas sobre o "pousa pés" (também do Ikea) e como não sou capaz de estar sem fazer nada, olhei a prateleira do móvel ao lado e "apanhei" um punhado de livros para deitar os olhos. O primeiro, e único, que abri, foi Terceira Idade, da autoria de Mário Dionísio, de quem eu apenas tinha ouvido falar. Comecei a ler calmamente, tranquilamente, e rapidamente me interessei por o que li; principalmente os poemas do início e os do fim do livro. No meio, estão a maior parte, encontrei poemas "revolucionários", que têm a ver com o 25 de Abril. Respeito-os, porém não são os meus preferidos.Como dizia, no princípio e no fim do livro, encontrei poemas muito belos, profundos e, muito interessantes, que "falam" da observação que o poeta faz de si mesmo e das coisas envolventes, quando o caminho da vida, já vai por aí além.Na página 101, encontrei este poema, que não tem título, apenas um número: LXXXI, que transcrevo a seguir:
É curioso como as mãos se encarquilham os dedos se deformam os ombros se conformam o ouvido endurece o andar firmemente se torna vagaroso com seu quê de avantesma o interesse esmorece o que se ouve esquece já tão pouco apetece e o sorriso indiferente irónico agradece o Mas tu estás na mesma
(Mário Dionísio)
Não sei quantos anos teria o autor quando escreveu este poema, mas sou levada a crer que não andaria muito longe, dos anos que contam no meu bilhete de identidade. Identifico no poema, sobretudo nas primeiras linhas, ou mesmo até ao meio,"alterações" que o meu corpo comprova.O andar...por exemplo. Como eu entendo o autor... Gostaria de estar por perto, quando ele "abriu esta frestazinha" da sua alma - o poema - por onde eu espreitei...e fiquei a saber como era o seu sentir. o seu sofrer. Dir-lhe-ia algumas palavras que eu digo habitualmente a quem eu quero bem...e eu quero bem a toda a gente. Falar-lhe-ia da minha fé, do meu Deus, da minha certeza, da minha esperança, da minha alegria, que encontro Naquele que é para mim, a minha melhor porção na vida - O meu Paizinho- (é assim que eu gosto de o tratar) Deus único - Criador e Sustentador da vida. Quem sabe, ele, o poeta triste, poderia entender! Como há milhões que entendem! |
Olá Viviana.
ResponderEliminarMas claro que entendemos do que fala a Viviana, do amor ao Pai.
Quanto ao poema, que real, que verdadeiro.
Também já começo a sentir algumas coisitas :))
Mas para aliviar dizemos, até aqui me ajudou o Senhor, e assim vamos continuando até que ELE assim o queira.
Viviana, uma tarde tranquila, e não dê importância á artrite, pode ser que assim ela fique chateada e deixe de a importunar :))
Abraços amiga.
Querida Rosa
ResponderEliminarDigo consigo, boa amiga:
"EBENEZER"!
Um Abraço
Viviana
Olá amiga Viviana,
ResponderEliminarQue bonito e verdadeiro!
Tão cheio de simplicidade,e riqueza também -logo nos cativa.
Beijinhos.
Dilita
Querida Dilita
ResponderEliminarÉ lindo, sem dúvida! Irei publicar mais poemas deste autor.se Deus quiaer.
Um beijinho
Viviana