segunda-feira, 26 de março de 2018

Entre as cousas mais formosas - Um poema de Frei Agostinho da Cruz

Um belo lírio roxo- fotografado por mim aqui perto de casa.
Uma bela rosa do meu jardim.
Entre as cousas mais formosas
Busca a mais formosa delas;
Mais que o Sol, Lua e estrelas,
Mais que lírios mais que rosas.
...............................
Não te envolva o pensamento
No gosto da vida humana;
Que a folha que o vento abana
Não se defende do vento.
Há cousas  muito formosas,
Muito claras, muito belas
Uma só muito mais que elas,
Mais que lírios, mais que rosas.

Quanto mais formosa for
A cousa que podes ver,
Verás que não pode ser
Sem ser mais o Criador:
Se vires lírios e rosas,
O Sol,  a lua e as estrelas,
Busca no Criador delas
Outras mais formosas.

Quem tudo fez para nós
Fazer-nos quis para si.
Pôe os teus olhos em ri,
Verás Quem os em ti pôs;
Que lírios viste, que rosas,
Que Sol, que Lua, que estrelas,
Que não venhas a ver nelas
O Senhor das mais formosas?
 
 (Frei Agostinho da Cruz - no pequeno livro - ao encontro da alegria)

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