sexta-feira, 23 de março de 2018

Hoje, o nosso doce gato Teco, não me veio acordar

O Teco dormimdo ao sol.
 O  GATO TECO DEIXOU-NOS

Ontem, foi um dia de lágrimas, aqui em casa.
O nosso terno e meigo gato Teco, morreu.

Enterrá- mo-lo, ao cair da noite, num canteiro do jardim do pateo da casa da aldeia.
Ao lado, está uma planta que dá umas flores brancas belíssimas, que  dentro de pouco tempo, cobrirão o local onde repousa. Creio que vai ficar muito lindo.

O Teco, era um gato amoroso, de uma  meiguice e ternura muito especial.
Foi sempre assim.
Desde a minha infância, conheci muitos gatos, porém, nunca conheci nenhum como o Teco.
Que o  digam  as pessoas amigas que o conheceram e que com ele privaram. Os meus  nove netos, por exemplo. Creio que todos guardarão dele uma doce deliciosa recordação.

Eis a sua história:

Já aqui contei a sua história, mas vou referí-la levemente outra vez.
Foi a "Neca", a cadela da minha amiga e vizinha Mitó, que o descobriu, escondido no meio da vegetação de um canteiro, aqui perto da minha casa, tão fraquinho e desnutrido que já não conseguia levantar-se.
     
O Teco é a  mancha clara no meio da erva
Era assim.
A Mitó e a Neca - ambas salvaram o Teco .
A Mitó, que aqui vos apresentei, é uma amante e protectora de animais, e como tal começou a levar-lhe comida e a acarinhá-lo, e quando ele já se conseguia levantar, pediu-me que ficasse com ele.
E eu fiquei.
E desde aí, o Teco passou a ser o nosso gato de estimação.
Ele é muito meigo, muito amigo, muito asseado, um bom companheiro, gosta muito das crianças, está sempre onde nós estamos, gosta de dormir connosco, ao nosso lado ou fazendo almofada dos ossos pés.
Enfim, numa palavra: Ele é o nosso gato de quem gostamos muito.
Seleccionei algumas fotografias dele para verem bem como é um belo gato.
O Teco à janela da casa da aldeia.


Tinha uns olhos azuis lindos.


 


O nosso  meigo e lindo gato Teco, dormindo uma boa soneca, aqui atrás de mim...tapando os olhos 
com a patita, por causa da claridade


Uma história linda :

Ontem, o meu neto Nuno de 6 anos entalou o dedo mais pequenino da mão direita numa porta. Ouvi-o gritar com dores e corremos com ele para a casa de banho para colocar o dedo debaixo de água fria corrente. Levei-o depois para o meu quarto e sentei-o ao meu lado na beira da cama, enquanto o Zé trazia o frasco de Betadine e algodão para desinfectar a feridinha.
Num ápice, o Teco, que áquela hora estaria a dormir a sua sesta num qualquer canto da casa, apareceu a correr com um ar muito aflito, quando ouviu o menino a gritar e, saltando para cima da cama, pôs-se ao lado do Nuno, apoiou a cabeça no ombro dele e dava-lhe marradinhas na cara como que a consolá-lo e a acarinhá-lo. Deu depois a volta e foi cheirar a mãozinha onde estava o ferimento. Eu pergunto: Como é que ele percebeu que o problema era na mão?
Deitei o Nuno ao meu lado em cima da cama e coloquei a mão no gelo, para aliviar a dôr e não inchar ou ficar negro. Então não é que o Teco se foi deitar, atravessado, em cima dos pés do Nuno como que a protegê-lo, a tomar conta dele?
Ele nunca tinha feito isso antes ao Nuno.

  O menino parou de chorar e ficou quietinho ali deitado, feliz, por o Teco estar deitado em cima dos pés dele. A sorrir disse: «O pior é o peso! Ele pesa muito!» E pesa...tem cerca de oito quilos.
Ficámos surpreendidos com a atitude do gato. Se fosse um cão...a gente não se admirava! Agora um gato...não esperáva-mos.
Como não haveremos nós de querer muito bem e mimar um gato tão especial?
Só uma nota: O dedinho melhorou e nem sequer lhe dói mais. Quando o pai chegou ao fim do dia já nem se notava praticamente nada
  
 O Nuno já mais crescido com o gato ao colo
Ainda o Nuno

 Dormem os dois: O neto Gil   "com o Teco ao colo".

Hoje, o Teco não me  veio acordar, como fazia todos os dias ás sete da manhã, quando queria comer.
Miava à porta do meu quarto, mas apenas o necessário para eu ouvir. Depois, ficava caladinho na sala, à espera que eu aparecesse,  e seguia-me até à cozinha  ao local onde comia.

Está-nos a custar bastante a sua ausência. Foram cerca de 11 anos connosco, sempre dócil e meigo, "pedindo cólinho" - pelava-se todo por um cólinho.  
 Parece que a casa está vazia, falta o nosso Teco.

Dou muitas graças ao Deus-Criador, por nos ter dado a bênção de ter o Teco estes cerca de 11 anos.

Obrigada, Senhor!
Muito obrigada.

Ainda temos a gata Méli, de 4 anos, que recolhemos de uma mata aqui perto, pequenina e sem mãe.
É preta. Tem um pelo lustroso e brilhante.  Também gostamos muito dela e acarinha-mo-la muito.
Por sinal, está aqui ao meu lado a dormir. Onde eu estou, está ela.

Dava-se muito bem com o Teco. Brincavam muito. Apercebo-me que ela está tristinha, pois não tem o seu companheiro  por perto.

Enfim! 
A vida é mesmo assim, constituída por belos e menos belos momentos.
Creio que com o tempo, a minha saudade do Teco vai acalmar.
Tudo está bem! Muito bem, mesmo.

6 comentários:

  1. OLá Viviana.


    Até eu fiquei triste.

    Conheci o Teco, era um belo gato.

    Afeiçoamos-nos aos animais, e claro, sofremos quando saem das nossas vidas.

    Por isso, não compreendo, como há pessoas que os abandonam, temos em casa 3 que nos foram aparecendo e ficando.

    São bons amigos e fazem-nos companhia.

    Agora, com a Serena, vemos que se deixam acariciar e até a consentir brincadeira mais rudes

    Viviana, um abraço à Eduarda...

    e um bom fim de semana.

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  2. Boa tarde querida maninha.

    Também fiquei com pena do Teco, faço ideia vocês aí em casa.

    Bem me disseste que duraria talvez, 2 dias. É a ordem de tudo quanto vive, mas custa muito, mesmo acontecendo por ser velhinho.

    Ele miava por ti, só queria o teu colinho e tu deste-lhe colo e carinho.

    não pensei que fosse tão rápido, foi uma surpresa, mas na verdade, para ele foi melhor assim.

    Beijinhos para os 3 e para todos que gostavem do Teco

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  3. Querida Rosa

    Obrigada, boa amiga, pelas suas palavras.

    É como diz...afeiçoa- mo-nos aos nossos "animais" a quem aprendemos a estimar e a querer muito bem...
    Depois, quando eles nos deixam, ah! como sentimos a sua falta!

    Uma abraço e, uma boa noite de descanso
    viviana

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  4. Querida maninha

    Obrigada por as tuas boas palavras.

    Sim, dei/lhe muito c]olinho nos seus ]ultimos dias.

    Beijinhos e boa noite
    viviana

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  5. Oh! minha linda e doce Viviana, que noticia tristinha.
    Já passei por momentos assim e o nosso coração fica apertadinho e saudoso de tantos momentos
    marcantes, carinhosos e cheinhos de vida.
    Creio que um dia vamos nos encontrar e imagina, só ve-lo a correr nos imensos jardins do Senhor.
    Que o Senhor aquiete teu coração e te dê forças para passar por esta perda.
    Fique bem, San

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  6. Querida Sandrinha

    Sofremos muito quando os nossos "companheirinhos" de longos anos, se vão.

    Quanto sentimos a sua falta em toda a casa...

    É tempo de agradecer ao Deus Criador "O presentinho bonito" que foi aquele animalzinho querido.

    Obrigada, boa amiga, por as suas palavras consoladoras.
    O meu abraço
    viviana

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