O belo nardo marítimo, debruçado sobre a praia do Magoito -Sintra
como é admirável o teu nome
em toda a Terra!»
( Salmo 8:1)
«Bendiz ó minha alma, o Senhor!
Como és grande, SENHOR meu Deus!»
(Salmo 104:1)
O homem da sociedade industrial desligou-se da natureza e colocou-se acima dela, a fim de explorá-la ao máximo, por meio da técnica, monstro que desbarata a comunhão e favorece a dominação. Por este caminho, a natureza vem a ser, não só o instrumento de poder, mas também presa para a avidez humana, dos que lutam pelo poder. E, assim, a natureza, em vez de harmonizar as relações humanas, falsifica-as e prostitui-as. E, levado pelo espírito de dominação e posse, o homem subjuga a natureza, e explora-a de forma indiscriminada e sem compaixão. Agora, porém, começou a compreender que a morte da natureza é também a morte da humanidade.
Numa experiência cósmica dos salmos, ao contrário do que se acabou de dizer, desaparece o complexo se superioridade. O senhor homem desce do seu pedestal e torna-se presente na criação, não como um dominador que entra nos seus próprios territórios, mas como um amigo reverente e admirado, que estabelece relações afectivas e fraternas com todos os seres, considerando que esses seres trazem gravadas no seu íntimo a efígie de Deus. Trata-se, pois, de uma experiência de Deus, ampliada e aprofundada.
(IGNÁCIO LARRAÑAGA - no livro - SALMOS PARA A VIDA)
Olá Viviana.
ResponderEliminarGosto do texto, gosto do autor.
Temos,cá em casa, alguma literatura do Larranãga.
Viviana,mais um fim de semana se aproxima, que seja bem vivido por todos vós.
Abraços.